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O Atlântico Açoriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

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transnacionalização da açorianida<strong>de</strong> coinci<strong>de</strong> com a obtenção da autonomia políticoadministrativa<br />

dos Açores em 1976. De fato, uma das primeiras medidas tomada pelo governo<br />

regional dos Açores após a obtenção da autonomia foi a institucionalização <strong>de</strong> organismos <strong>de</strong><br />

apoio às “comunida<strong>de</strong>s açorianas” emigradas. Primeiro em 1977, com a criação dos Serviços<br />

<strong>de</strong> Emigração. Depois em 1989, com o Gabinete <strong>de</strong> Emigração e Apoio às Comunida<strong>de</strong>s<br />

Açorianas, diretamente ligado ao Presi<strong>de</strong>nte do Governo Regional. Em 1997, os serviços são<br />

ampliados, com a criação da Direção Regional das Comunida<strong>de</strong>s, também ligada a<br />

Presidência. Estes organismos foram responsáveis por um conjunto <strong>de</strong> apoios às ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvidas por centenas <strong>de</strong> organizações <strong>de</strong> imigrantes e <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes (Anexo 1). Dentre<br />

as ações <strong>de</strong> maior relevo assinalamos a realização dos Congressos Mundiais das Comunida<strong>de</strong>s<br />

Açorianas (ANAIS,1978, 1986, 1991 e 1995). Seja em conseqüência do impacto <strong>de</strong>stas ações<br />

do governo regional, seja como resultado das iniciativas diretas dos ativistas, o movimento<br />

açorianista possuía, em 1995 − quando da realização do 4º Congresso das Comunida<strong>de</strong>s<br />

Açorianas − uma expressão razoavelmente consolidada, tanto nos EUA e no Canadá, como no<br />

Brasil. Nos EUA ele era integrado por cerca <strong>de</strong> 35 organizações, no Canadá por 39, e no<br />

Brasil, era possível listar 27 organizações, majoritariamente baseadas no estado <strong>de</strong> <strong>Santa</strong><br />

<strong>Catarina</strong> (ANAIS, 1995). Além dos congressos mundiais, uma série <strong>de</strong> outras iniciativas,<br />

todas localizadas no Arquipélago, têm promovido o encontro <strong>de</strong> imigrantes e <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

açorianos. Tais são os seminários <strong>de</strong> atualização da língua para estudantes resi<strong>de</strong>ntes no<br />

Canadá e Estados Unidos; cursos <strong>de</strong> sensibilização para brasileiros; colóquios internacionais<br />

e encontros <strong>de</strong> políticos e profissionais <strong>de</strong> comunicação (AÇORES, 2001).<br />

A gama <strong>de</strong> iniciativas promovidas pelas organizações da “diáspora” é também<br />

relativamente extensa e diversificada, envolvendo colóquios, ciclos e conferências <strong>de</strong> temática<br />

açorianista, ações <strong>de</strong> difusão da cultura tradicional açoriana, programas <strong>de</strong> rádio e televisão,<br />

edição <strong>de</strong> jornais e outras publicações, etc. Os principais nesta área são o “Festival Cabrilho”<br />

(em San Diego) e o “Simpósio Literário Filamentos da Herança Atlântida” em Tulare

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