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O Atlântico Açoriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

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Açores, um stand para o Banco Comercial dos Açores, bancas para venda <strong>de</strong> CDs <strong>de</strong> artistas<br />

locais, dos Açores e do Brasil e um gran<strong>de</strong> balcão da “Budweiser” para venda <strong>de</strong> cerveja. O<br />

segundo balcão, <strong>de</strong>stinado às comidas, vendia no cardápio: “caçoilas, chouriço, lingüiça,<br />

favas, hamburgers, hot-dogs, french-fries, malassadas, soda, café e cerveja”. Notei que os<br />

preços da comidas típicas dos Açores eram maiores que o dos “fast-food” americanos.<br />

Indaguei à voluntária do balcão o porquê <strong>de</strong>ssa diferença e ela disse que a maioria dos<br />

produtos vinha dos Açores e por isso eram mais caros. O terceiro pavilhão estava vazio e<br />

preparado para as apresentações folclóricas e os leilões (“arrematações”) das “pensões”<br />

(prendas: vinhos, porcelanas, artesanato, tapetes, etc) e massas (gran<strong>de</strong>s pães doces) ofertados<br />

pelos grupos visitantes e pelo comércio local, tudo “em louvor do Espírito Santo”.<br />

Afora os três pavilhões oficiais, espalhavam-se pelo parque inúmeras barracas avulsas,<br />

ven<strong>de</strong>ndo brinquedos, camisetas e souvernirs com motivos lusitanos (brasão, ban<strong>de</strong>ira, times<br />

<strong>de</strong> futebol etc). Notei uma presença muito forte da música brasileira, especialmente a música<br />

sertaneja e o axé-music. Um dos barraqueiros disse-me que importa gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

CDs do Brasil “porque há gran<strong>de</strong> saída, que todos adoram e que a música brasileira é bem<br />

melhor do que a açoriana que é triste”. Instalado na praça, um Império do Divino, montado<br />

em ma<strong>de</strong>ira, azul e branco, com um pequeno altar no interior, on<strong>de</strong> repousava a coroa do<br />

Espírito Santo. Ao lado do Império, um cercadinho com figuras miniaturizadas <strong>de</strong> animais <strong>de</strong><br />

criação e carroças, tudo feito com material <strong>de</strong> enchimento. A instalação evocava os Impérios<br />

dos Açores, construídos em alvenaria, mas ali o império era provisório e soube que os<br />

organizadores estavam tentando, ainda sem sucesso, obter autorização da prefeitura para<br />

construir um império <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>. A principal festa dos Açores (a do Espírito Santo), parecia<br />

ali recriada num misto <strong>de</strong> evocação e emulação da região <strong>de</strong> origem. Ao lado do império, no<br />

centro da praça, figurava uma gran<strong>de</strong> coroa do Espírito Santo com <strong>de</strong>z metros <strong>de</strong> altura.

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