O AtlÃ¢ntico AÃ§oriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

More documents

Recommendations

Info

289 Para cada um dos casais deverá ser dado, logo que estiverem instalados, duas vacas e uma égua, que se tirarão das minhas estâncias. Em cada lugar, em comum, também quatro touros e dois cavalos. Também, a cada casal, no tempo oportuno, para fazer as suas sementeiras, dar-se-á dois alqueires de sementes. Em cada um dos navios que fizer o transporte dessa gente haverá de se remeter, deste Reino, as espingardas e as ferramentas. O Brigadeiro José da Silva Paes fará a distribuição. Tão logo assentados, a cada um se entregará uma espingarda, uma foice roçadora e as demais ferramentas conforme prometido no mencionado edital. Cuidar-se-á para que sejam observadas as normas e não se venda esses instrumentos, especialmente as espingardas. Em cada lugar deverá existir uma companhia de ordenança, devendo ser nomeados oficiais no caso em que não vá de cá nomeado algum capitão. Nestas companhias se alistarão todos os moradores casados e solteiros e dareis ordens à sua disciplina, na mesma forma como acorrem nas outras terras do nosso governo. O Brigadeiro José da Silva Paes providenciará para que em cada um dos ditos lugares, se constitua logo um juiz na forma da ordenação. Deveis me informar, com o vosso parecer, em razão da distância da Ouvidoria de Paranaguá, quando for conveniente alguma povoação ter Ouvidor, separando a administração da Justiça. Por enquanto, o primeiro cuidado deve ser no sentido de que todos os colonos sejam assistidos na parte espiritual, e nos sacramentos. Em cada um dos ditos lugares o Brigadeiro José da Silva Paes levantará uma igreja de estrutura que baste para o exercício do culto divino, e se remeta por navio o que for preciso, calculando-se uma igreja, para cada sessenta casais. O Bispo de São Paulo (a quem, presentemente, pertence aquele território), mando avisar, pela Mesa da Consciência, que constitua em cada Igreja um Vigário, ao qual (no primeiro ano) se dará o sustento e demais cômodos. Como aos outros colonos terá sessenta mil reis por ano para o seu sacerdócio e uma outra quantia pela repartição dos dízimos daquele distrito. Para que não ocorra, no princípio, como é fácil prever, falta de sacerdotes às vigorarias, mando pela dita Mesa, avisar aos Bispos de Funchal e de Angra, que convidem clérigos daquelas ilhas para seguirem em companhia dos mesmos casais. A estes sacerdotes serão dados, à chegada, dez mil reis a cada um, a título de ajuda de custo, e terá o Brigadeiro José da Silva Paes o especial cuidado para que não sejam afastados das igrejas em que forem postos para outras terras do Brasil, nos termos expressados ao Bispo de São Paulo. A cada um dos ditos vigários se dará também um quarto de légua em quadro. Para todas as despesas na execução do que ficou dito deveis pedir auxilio à Provedoria do Rio de Janeiro, conforme mando escrever ao Provedor da Fazenda. Ao Provincial da Companhia de Jesus, mandei escrever a carta que vai inclusa, para que envie àquelas terras dois missionários. Informareis, com o vosso parecer, quantos casais é conveniente mandar à Ilha de Santa Catarina e em quais outros lugares se repartirá o número dos quatro mil que ordenei que conduzisse. Quando nestas disposições determinadas a vós ou ao Brigadeiro José da Silva Paes entendais que por outro modo se pode conseguir melhor o intento, deixo ao vosso arbítrio e prudência essa decisão. Ao Brigadeiro José da Silva Paes, no que lhe toca, tomareis o expediente que parecer melhor, dandolhe parte do que se inovar, bem como da execução do que nestas ordens se contém. Por enquanto é conveniente que a minha Fazenda, para o transporte destes casais, fique sabendo à proporção da despesa, que com eles se fizer. Hei por bem ordenar que, na Alfândega do Rio de Janeiro e também na de Santos, haja um livro separado de Registro, em que se assente todas as atividades fazendárias ocorridas com os portos da Costa do Sul, do Rio São Francisco a diante, até o de São Paulo. Inclusive, sigam somente com guias dos juízes ou provedores das alfândegas do Rio de Janeiro ou Santos, sem a qual guia não se permita a descarga (nos ditos portos do sul), que os mesmos juízes ou provedores possam me dar conta, anualmente, (por este Conselho), do que importam os direitos das fazendas assim transportadas, devidas a este Reino. Outrossim, acabado o Contrato atual da Comarca de São Paulo em que, presentemente, se incluem os dízimas daqueles distritos do sul, se faça registro à parte do rendimento que pertence a essa
290 provedoria do Rio de Janeiro, do qual se pagam as côngruas dos vigários, igrejas e missionários do dito distrito. Confio na inteligência, no acerto com que costumais obrar, no zelo e na atividade com que cumpris as vossas obrigações e que poreis o particular cuidado em regular este importante negócio, como exige a eficácia do meu serviço. Dessa conquista, El Rei Nosso Senhor mandou essa Provisão pelos desembargadores Alexandre Metelo de Sousa e Menezes e Tomé Gomes Moreira, conselheiros do seu Conselho Ultramarino e a lavrou em duas vias. Pedro José Corrêa a fez em Lisboa a nove de agosto de mil setecentos e quarenta e sete". Fonte: Enciclopédia digital Simpósio. Disponível em: http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/EncReg/EncSC/MegaHSC/M-hsc.htm#Top_of_page
Page 1 and 2:
EUGENIO PASCELE LACERDA O ATLÂNTIC
Page 3 and 4:
Programa de Pós Graduação em Ant
Page 5 and 6:
RESUMO O tema condutor do trabalho
Page 7 and 8:
SUMARIO AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTR
Page 9 and 10:
8 NOTA PREFACIAL Nesta introdução
Page 11 and 12:
10 aos objetivos, temas e problemas
Page 13 and 14:
12 dimensões temáticas, segundo p
Page 15 and 16:
14 contexto de intensas disputas si
Page 17 and 18:
16 e do dom, para discutir a atuali
Page 19 and 20:
18 entrevistas gravadas com intelec
Page 21 and 22:
20 quaisquer que sejam suas opçõe
Page 23 and 24:
22 evolução. O ponto de vista nat
Page 25 and 26:
24 chamado o “encontro colonial
Page 27 and 28:
26 entre o autor individual e as im
Page 29 and 30:
28 experimentais. Vejamos. Marcus (
Page 31 and 32:
30 casais, em situações de contat
Page 33 and 34:
32 (GOLDMAN, 1999). A antropologia
Page 35 and 36:
34 CAPITULO 1 - A DIÁSPORA AÇORIA
Page 37 and 38:
36 nacional” (IANNI, 1998). Noç
Page 39 and 40:
38 quebrando a relação dual entre
Page 41 and 42:
40 que refletem apelos, trajetória
Page 43 and 44:
42 A ocupação humana do solo deu-
Page 45 and 46:
44 dos Açores determinada pelo Mar
Page 47 and 48:
46 1.2.2 - O Atlantico açoriano: t
Page 49 and 50:
48 de luso-descendentes, sendo este
Page 51 and 52:
50 imigrantes açorianos na ilha de
Page 53 and 54:
52 laços que interessam ser contin
Page 55 and 56:
Fig. 3 - Fonte do mapa: www.nationa
Page 57 and 58:
56 vulcanismo, telurismo e, paradox
Page 59 and 60:
58 período que se pode visar o cre
Page 61 and 62:
60 (Califórnia - EUA); as “Grand
Page 63 and 64:
62 Tabela 1 - Número de pedidos de
Page 65 and 66:
64 revelando os diferentes impactos
Page 67 and 68:
66 Fig 4 - Panoramica do Kennedy Pa
Page 69 and 70:
68 um hábito irem lá e, responder
Page 71 and 72:
70 como secretarias de estado, asso
Page 73 and 74:
72 prestavam, noite adentro, em tra
Page 75 and 76:
74 João, brasileiro, artista plás
Page 77 and 78:
76 existencial de estar “sem raí
Page 79 and 80:
78 saber como um serviço comunitá
Page 81 and 82:
80 análises das diásporas que me
Page 83 and 84:
82 tipológica, Cohen (p. 127) dist
Page 85 and 86:
84 CAPITULO 2 - DE “PRAIANO INDOL
Page 87 and 88:
86 afirmar que as tradições, cult
Page 89 and 90:
88 - verá em Florianópolis uma eq
Page 91 and 92:
90 Preocupávamos com o desenvolvim
Page 93 and 94:
92 historiográfica e folclórica s
Page 95 and 96:
94 A própria questão da farra do
Page 97 and 98:
96 formação de um conselho region
Page 99 and 100:
98 pratica de processos de etnizaç
Page 101 and 102:
100 Fonte: FARIAS, Vilson. Dos Aço
Page 103 and 104:
102 ... Terra aonde a cultura dos A
Page 105 and 106:
104 5. Uma representação de si, a
Page 107 and 108:
106 Vale lembrar finalmente a impor
Page 109 and 110:
108 TABELA 1 - Relação dos partic
Page 111 and 112:
110 Em termos pontuais e fazendo um
Page 113 and 114:
112 açorianos têm vindo ao Brasil
Page 115 and 116:
114 folclóricos” dos “Kristang
Page 117 and 118:
116 envolvente, passaram a reivindi
Page 119 and 120:
118 utilizados para a interpretaç
Page 121 and 122:
120 emergem “sociedades e cultura
Page 123 and 124:
122 Sabemos também que há muito e
Page 125 and 126:
124 mobilizações e os apelos à s
Page 127 and 128:
126 através da pesquisa bibliográ
Page 129 and 130:
128 3.2 - PEQUENA HISTORIA DOS AÇO
Page 131 and 132:
130 crescimento do turismo como ind
Page 133 and 134:
132 quinhões de terra. A perspecti
Page 135 and 136:
134 consumo. Enquanto ao marido/pai
Page 137 and 138:
136 dos açorianos, descreveremos o
Page 139 and 140:
138 os ciclos lunares e das marés
Page 141 and 142:
140 Fig. 1 - Boi de Mamão do Samba
Page 143 and 144:
142 Fig 3 - Procissão de Santos Pa
Page 145 and 146:
144 sendo a de Florianópolis a mai
Page 147 and 148:
146 Cobrem-se os santos com panos r
Page 149 and 150:
148 Fig. 9 - Boi mangueirado Dispon
Page 151 and 152:
150 Fig. 11 - Bandeira peditória d
Page 153 and 154:
152 pesca. Pedacinhos de fita a cor
Page 155 and 156:
154 As Festas de Santo Antonio (13.
Page 157 and 158:
156 Fig.15 - Painel do Pão por Deu
Page 159 and 160:
158 Finalmente, como escreve Olivei
Page 161 and 162:
160 como um guia, no sentido de com
Page 163 and 164:
162 Já Arjun Appadurai, reportando
Page 165 and 166:
164 cultural em termos de épocas,
Page 167 and 168:
166 nos arranjos hierárquicos, na
Page 169 and 170:
168 acontecendo sem que se possa di
Page 171 and 172:
170 Acredito que esta relação pr
Page 173 and 174:
172 Na mesma direção em que a abo
Page 175 and 176:
174 Mais adiante, conclui a autora
Page 177 and 178:
176 Bombinhas, que há “sociedade
Page 179 and 180:
178 (donatário) de dívidas, este
Page 181 and 182:
180 Centro de Florianópolis, um an
Page 183 and 184:
ajuda mútua e o olhar sempre vigil
Page 185 and 186:
184 argentinos, uruguaios, gaúchos
Page 187 and 188:
186 uma rifa. Isso feito, começara
Page 189 and 190:
188 e fez uma homenagem a ele. Enfi
Page 191 and 192:
190 Pântano do Sul, no Morro das P
Page 193 and 194:
192 as tocavam ou beijavam. É o mo
Page 195 and 196:
194 era devido, mas, no alarido da
Page 197 and 198:
196 coadjuvante. Seguiu então, aco
Page 199 and 200:
198 vereador é um do executivo tam
Page 201 and 202:
200 A política do favor explicita-
Page 203 and 204:
202 Ao fixar-me nos dados etnográf
Page 205 and 206:
204 E - Como nasceu a sociedade da
Page 207 and 208:
Jair - O vigia não é qualquer pes
Page 209 and 210:
208 semana anterior, deu na televis
Page 211 and 212:
aqueles 400 também é dividido par
Page 213 and 214:
212 tripulação. Neste universo de
Page 215 and 216:
214 um conjunto por referência ao
Page 217 and 218:
216 sistema definido e estável de
Page 219 and 220:
218 participantes operam lá e cá,
Page 221 and 222:
220 possibilidade (paradoxal) que o
Page 223 and 224:
222 haveria uma generalizada “cre
Page 225 and 226:
224 Voltando aos dois universos tem
Page 227 and 228:
226 autoridades, ativistas e public
Page 229 and 230:
228 terra de origem para criar modo
Page 231 and 232:
230 texto etnográfico. Mais recent
Page 233 and 234:
232 2. A demarcação de uma fronte
Page 235 and 236:
234 Agora bem, valendo-me da estrat
Page 237 and 238:
236 Na segunda parte da pesquisa lo
Page 239 and 240: 238 liberdade do donatário em retr
Page 241 and 242: 240 ato das promessas. De que manei
Page 243 and 244: 242 demais para que nos demoremos s
Page 245 and 246: 244 desenhado para começar com not
Page 247 and 248: 246 ______ . 1998. 1 o Congresso de
Page 249 and 250: 248 CAILLÉ, Alain. 1998. Nem holis
Page 251 and 252: 250 COSTA PEREIRA, Neli Eugênia. 2
Page 253 and 254: 252 ______. 1988. Anti-anti relativ
Page 255 and 256: 254 ________2003. Bom para brincar,
Page 257 and 258: 256 http://www.scielo.br/scielo.php
Page 259 and 260: 258 ________. 1983. Santa Catarina:
Page 261 and 262: 260 ________ 1996. Construindo a Na
Page 263 and 264: 262 HOME PAGES Jornal Digital Azore
Page 265 and 266: 264 REFERENCIAS CITADAS ABREU, Mart
Page 267 and 268: 266 _______. 2002 a . Penha: 243 an
Page 269 and 270: 268 MAURO, Frédéric. 1988. Les A
Page 271 and 272: 270 SAFRAN, Willian. 1991. Diaspora
Page 273 and 274: 24.Prefeitura Municipal mat. divers
Page 275 and 276: 30.Associação de Cultura e Arte N
Page 277 and 278: 28.Rancho Folcl. Cantares e Bailare
Page 279 and 280: 1995 1. Coral Herança Portuguesa d
Page 281 and 282: 63.Grupo Folclórico Tempos de Outr
Page 283 and 284: 282 4 o AÇOR -- Penha - 1997 Na qu
Page 285 and 286: 284 ANEXO 3 TROFÉU AÇORIANIDADE A
Page 287 and 288: 286 TROFÉU ILHA DO PICO - Veículo
Page 289: 288 Dadas essas providências para
show all

O AtlÃ¢ntico AÃ§oriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?