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O Atlântico Açoriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

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saber como um serviço comunitário <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública. No que tange ao conteúdo, um<br />

aspecto bastante recorrente nas falas é o uso <strong>de</strong> adversativas (sublinhados meus), <strong>de</strong>notando<br />

como a experiência do <strong>de</strong>slocamento marca o modo <strong>de</strong> auto-referenciação do imigrante:<br />

Boa tar<strong>de</strong>. Chamo-me Michael Costa e sou francês. Tenho 17 anos, vivo em Marselha. Minha<br />

mãe e minha irmã nasceram em Ponta Delgada. Recebo a RTP Internacional mas é a primeira<br />

vez que vejo o vosso programa que me interessa muito. Sou também neto <strong>de</strong> Teófilo Justino e<br />

aproveito esse momento para abraçar o meu avô.<br />

O meu nome e Stacey Braga e tenho 14 anos. Nasci nos Estados Unidos, mas os meus pais<br />

são açorianos. Tenho muito orgulho <strong>de</strong> ser filha <strong>de</strong> pais açorianos. Quero mandar muitos<br />

beijinhos aos meus avos, tios e tias, e também aos meus primos que vivem em Vila franca do<br />

Campo e na Ponta Garca em São Miguel. Somerville, Massachusetts<br />

Aproveito o ensejo para enviar parabéns a duas primas que fazem aniversario na segunda<br />

feira, dia 8. Trata-se <strong>de</strong> Maria das Dores, na Ribeirinha (Ilha do Faial) e Maria Rodrigues, em<br />

Winnipeg (Canadá). Rio <strong>de</strong> Janeiro - Jose Aparício<br />

Quero mandar saudações para minha sogra Maria Novais <strong>de</strong> Ponta Delgada, São Miguel mas<br />

que está <strong>de</strong>s<strong>de</strong> algumas semanas entre nos <strong>de</strong> ferias aqui na Califórnia, saudações a minha tia<br />

Maria <strong>de</strong> Fátima na, Madalena, Ilha do Pico, para meu tio Jose Furtado nas Angustias, Ilha<br />

do Faial e para a Fátima Moresa e família em Ponta Delgada, Ilha <strong>de</strong> São Miguel e para todas<br />

as pessoas amigas nossas por todas as ilhas.<br />

Como se estivessem reunidos em um arraial ou participando <strong>de</strong> uma quermesse (em<br />

tempo real), portanto, como se estivessem imaginando um lugar familiar, apropriam-se <strong>de</strong> um<br />

espaço que a mais mo<strong>de</strong>rna tecnologia po<strong>de</strong> oferecer para expressarem formas tradicionais <strong>de</strong><br />

sociabilida<strong>de</strong> que a todos i<strong>de</strong>ntifica. Assim, enviando toda sorte <strong>de</strong> saudações, avisos,<br />

lembranças, recados <strong>de</strong> procuras <strong>de</strong> parentes, mandando notícias a amigos e familiares<br />

distantes nos mais longínquos pontos do planeta. Como numa apresentação daqueles serviços<br />

<strong>de</strong> rádios comunitárias - pe<strong>de</strong>m, agra<strong>de</strong>cem, mandam lembranças e pedidos àqueles da sua<br />

freguesia e aos parentes espalhados pela diáspora. A diáspora em tempo real e num espaço <strong>de</strong><br />

comunicação sem fronteiras, comunica-se, performatizando novamente a “homeland” através<br />

<strong>de</strong> práticas comuns <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong>.

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