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O Atlântico Açoriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

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As Festas <strong>de</strong> Santo Antonio (13.6), São João (24.6) , São Pedro e São Paulo (29.6)<br />

ocorrem nas quadras <strong>de</strong> escolas e praças publicas. Normalmente se realizam em torno <strong>de</strong><br />

fogueiras preparadas para durar toda a noite. Apresentam comidas e bebidas <strong>de</strong> época, como<br />

ocorre aliás em todas as festas populares da Ilha, <strong>de</strong> acordo com o ciclo das estações. Na<br />

culinária joanina predomina o quentão, caldo <strong>de</strong> cana, pinhão, aipim, melado, beiju,<br />

amendoim, laranja, pipoca, batata-doce, cocada, pé-<strong>de</strong>-moleque, canjica e pamonha.<br />

Apresentam a dança da quadrilha, encenam casamentos jocosos, gincanas e a dança do Pau <strong>de</strong><br />

Fita, como ocorre em muitas cida<strong>de</strong>s do País. A dança do Pau <strong>de</strong> Fita, <strong>de</strong> múltipla origem<br />

portuguesa, alemã e hispânica, é também chamada Jardineira ou Dança dos Arcos e Flores. 16<br />

Costuma-se pratica-la como recreação infantil nas escolas básicas. Há outras danças, como a<br />

Ratoeira que é a ciranda brasileira, e a do Capote, uma espécie <strong>de</strong> jogo praticado na época da<br />

farinhada que <strong>de</strong>sapareceu junto com os engenhos <strong>de</strong> farinha. A festa <strong>de</strong>dicada a São João é a<br />

que tem maior expressão. Tem novena, montam altar na sala principal da casa e <strong>de</strong>pois das<br />

rezas, viram o santo <strong>de</strong> costas.<br />

Depois <strong>de</strong> julho ocorre o fim da safra da tainha e inicio da safra da anchova. Os<br />

pescadores artesanais recolhem as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arrasto. Muitos embarcam nas frotas industriais. Os<br />

que ficam em terra têm se <strong>de</strong>dicado cada vez mais à maricultura – criação <strong>de</strong> ostras e mariscos<br />

– uma ativida<strong>de</strong> cada vez mais rentável e que tem crescido vertiginosamente na região em<br />

substituição progressiva à pesca artesanal 17 . Afora as festas <strong>de</strong> santos padroeiros que tem datas<br />

16 Sobre a dança do pau <strong>de</strong> fita ver Cascudo ([1954] 1972: 688).<br />

17 Segundo dados da Empresa <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) e <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, a produção <strong>de</strong> ostras cresceu quase 40 vezes entre 1991 e 2001, quando foram produzidas 1,7<br />

milhão <strong>de</strong> dúzias. Existem mil produtores <strong>de</strong> moluscos que ocupam a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maricultura e estão cadastrados<br />

no Ibama como aquicultores; 15 associações, uma fe<strong>de</strong>ração, quatro processadoras comunitárias e quatro<br />

particulares. A ativida<strong>de</strong> gera cerca <strong>de</strong> 5.000 empregos diretos. Mais informações: Jornal A Noticia. 15.09.2002.<br />

Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Economia. Versão online.

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