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A média aritmética entre o conceito e o aproveitamento dava a pontuação final do<br />

aluno e sua colocação na turma. 137<br />

As instruções <strong>de</strong>veriam i<strong>de</strong>almente envolver o emprego sistemático e articulado entre<br />

a teoria e a prática. Contudo, afirmando uma relação assimétrica entre ambas<br />

86<br />

as preocupações práticas <strong>de</strong>vem estar sempre subordinadas a necessida<strong>de</strong> do cultivo<br />

da aptidão <strong>de</strong> refletir, <strong>de</strong> investigar, <strong>de</strong> formular hipó<strong>tese</strong>s, em suma, <strong>de</strong> uma<br />

permanente ginástica intelectual que dê à inteligência sua máxima eficiência 138<br />

Os alunos, em <strong>tese</strong>, <strong>de</strong>veriam ser levados a pensar por si próprios, <strong>de</strong>vendo ser<br />

estimuladas as suas iniciativas, evitando-se a “intervenção dogmática do instrutor.” 139<br />

Essa era uma diretriz muito mais retórica, pertencente ao universo da expectativa<br />

para o futuro, do que do universo da prática, já que o próprio regulamento do Centro,<br />

contraditoriamente ao discurso da autonomia do instruendo, já previa sua incondicional<br />

subordinação aos instrutores, que nas salas <strong>de</strong> aula, seriam os <strong>de</strong>tentores absolutos do<br />

“prestígio moral”. O Regulamento do Centro prescrevia que:<br />

A disciplina que se impõe à vida escolar é a ativa, que tem como fator direto e<br />

imediato a boa organização da ativida<strong>de</strong> didática e, como fatores mediatos, mas<br />

essenciais – o prestígio moral do instrutor, o seu exemplo, e o próprio sentimento<br />

moral do discente para quem a disciplina é um <strong>de</strong>ver (…). As recompensas <strong>de</strong>vem<br />

ser dirigidas ao sentimento do aluno. As melhores são as que <strong>de</strong>spidas <strong>de</strong> valor<br />

material, põem em evidência motivos éticos superiores, sem <strong>de</strong>spertar nenhuma<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> interesse subalterno. 140<br />

O regulamento do Centro <strong>de</strong>terminava que os instrutores não possuíssem somente a<br />

incumbência <strong>de</strong> ministrar as matérias técnicas ofertadas pelos cursos. Além da preocupação<br />

com a continuada formação da disciplina dos instruendos – mantendo a figura do instrutor,<br />

valorativamente, numa posição sempre <strong>de</strong>stacada, conforme citação acima –, os instrutores<br />

colaborariam, também, para a educação moral e cívica dos alunos.<br />

Os instrutores aproveitarão todas as oportunida<strong>de</strong>s a fim <strong>de</strong> que o ensino concorra<br />

sempre para a educação moral e cívica do aluno. Dever-se-á procurar incutir no<br />

espírito dos alunos, que as unida<strong>de</strong>s e os elementos constitutivos <strong>de</strong>stas, agindo em<br />

estreita inter<strong>de</strong>pendência, mantêm o funcionamento harmônico do todo, cuja força<br />

repousa essencialmente no valor moral <strong>de</strong> cada um. 141<br />

137 I<strong>de</strong>m, p. 211.<br />

138 I<strong>de</strong>m.<br />

139 I<strong>de</strong>m, pp.210-211.<br />

140 I<strong>de</strong>m, p. 226.<br />

141 I<strong>de</strong>m, p. 202.

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