Download tese - Setor de CiÃªncias Humanas UFPR - Universidade ...

More documents

Recommendations

Info

RODRIGUES, Gustavo Everton. Noises and voices from the underground in regimentals: socialization, identity and imaginary of the Brazilian Army sergeants (1945-2000). Thesis (PhD in History). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013. xvi Abstract Since the end of the nineteenth century, the sergeants of Brazilian Army used to demand internal power and prestige which were not fulfilled by the summit of that institution. Understanding the effective role of the sergeants on the battlefield during World War II, saw the group grow up their professional self-esteem. At the same time, contact with more liberal armies became more intense shades of distinction in relational praxis of the Brazilian Army. When they returned to Brazil, they organized themselves in associations and clubs that became open to some party politics and made some public criticism to the asymmetrical relations of power that they had experienced in the Army. During the Cold War, because of the high officialdom, the dispute was associated to the communist penetration in the Armed Forces. When the Military Coup of 1964 became incendiary, the sergeants’ claims were quickly censored as the military summit controlled its requirements with palliatives. In a hidden way, the tense relations between sergeants and officers had remained and accumulated throughout the years. More than a decade after the political opening, the latency became explicit and the sergeants, individually and collectively, were involved in a legal dispute over their rights. Hence, it is important to comprehend that the end of the war and the turn of the millennium were the two moments of inflection in the sergeants’ power axis. Therefore, this thesis has privileged that interim period to be analyzed. Based on the life experience of six military people who have served in the Army since 1950, this study focuses on the sergeants’ professional socialization processes, their group identity and the representation they make of themselves and of other independent groups. From these processes this paper analyzes the dynamics of the relationship among those groups as well as how the sergeants measure and qualify the power distribution among them. Keywords: sergeants, professional identity, socialization, Brazilian Army.
PREFÁCIO 1 1. POR QUE ESTUDAR OS MILITARES A PARTIR DO “PORÃO” a. O lugar do “porão” da sociedade militar A resposta a essa questão proposta no título é provocativa e não é simples. Tentar respondê-la infere remeter-se a outras questões de suma importância para a compreensão do locus desta tese. Primeiramente, há que se referir ao fato de o termo “porão” não ter sido utilizado de maneira indiscriminada. Houve uma razão empírica na escolha da metáfora da casa. O quadro a seguir seria autoexplicativo: Ilustração 1: Postos e Graduações nas Forças Armadas brasileiras. Disponível em: http://www.mikrus.com.br/~classe35/corresponde.JPG. Acesso em 15 Fev 2010.
Page 1 and 2: EVERTON GUSTAVO RODRIGUES RUÍDOS E
Page 3: iii Catalogação na publicação F
Page 6 and 7: AGRADECIMENTOS vi Jamais solitária
Page 8 and 9: viii SUMÁRIO DEDICATÓRIA AGRADECI
Page 10 and 11: x CAPÍTULO III - VOZES IRROMPIDAS:
Page 12 and 13: LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração
Page 14 and 15: G Rev: Guerra Revolucionária HCEx:
Page 18 and 19: De acordo com o atual Estatuto dos
Page 20 and 21: 4 160.000 139.617 140.000 135.534 1
Page 22 and 23: próprias ou, mesmo, de ouvir falar
Page 24 and 25: e sociedade, participam os pesquisa
Page 26 and 27: objeto de pesquisa, no seu nível m
Page 28 and 29: 12 De qualquer maneira, avaliando a
Page 30 and 31: Podemos resumir, diante de todo ess
Page 32 and 33: superiores, o que também não pare
Page 34 and 35: progresso 17 do saber, elas possuem
Page 36 and 37: pelos membros da sociedade. Sob a
Page 38 and 39: individualmente, pode-se dizer que
Page 40 and 41: cursos de aperfeiçoamento, funçõ
Page 42 and 43: A história da criação do posto d
Page 44 and 45: 28 Fico procurando uma maneira de n
Page 46 and 47: general. Idealmente, o peso moral d
Page 48 and 49: elação à desalienação da figur
Page 50 and 51: dependência por conceito e prestí
Page 52 and 53: Frente a esse diálogo, somos levad
Page 54 and 55: A todos os entrevistados foram ofer
Page 56 and 57: 40 CAPÍTULO I CAPÍTULO I - O SIL
Page 58 and 59: generalizado para com a profissão
Page 60 and 61: O padrão de tratamento apenas refo
Page 62 and 63: Mas essas ações disciplinares tin
Page 64 and 65: ajudei a dar aulas de beabá e aula
Page 66 and 67:
Fortaleza de São João, mesma sede
Page 68 and 69:
eorganizada, “para não ser extin
Page 70 and 71:
idade, incluídos 10 no 1º batalh
Page 72 and 73:
figuras de generais, coronéis, maj
Page 74 and 75:
postos superiores e outras vantagen
Page 76 and 77:
expulsão sumária, no Rio de Janei
Page 78 and 79:
disciplina da praça indicada. E, a
Page 80 and 81:
De acordo com o coronel do Exércit
Page 82 and 83:
exclusivista, voltado ao grupo, em
Page 84 and 85:
devesse permanecer nas fileiras do
Page 86 and 87:
suas vidas ante o alvitre de seus s
Page 88 and 89:
de casa, à noite, à paisana, e fu
Page 90 and 91:
egulamentar. Isso seria um grave in
Page 92 and 93:
indevidamente e contra a lei, recla
Page 94 and 95:
irregularidades; porém, é certo q
Page 96 and 97:
subitens, tais como Binômio de New
Page 98 and 99:
sociais, intimamente ligadas à hie
Page 100 and 101:
solicitar sua transferência do Reg
Page 102 and 103:
A média aritmética entre o concei
Page 104 and 105:
Centro e de ajudantes dos oficiais
Page 106 and 107:
escolha dos promovidos era terem re
Page 108 and 109:
da Guerra, mostra a irreflexão dos
Page 110 and 111:
particularmente dos sargentos: 94 2
Page 112 and 113:
a atuação de unidades da Paraíba
Page 114 and 115:
98 É uma coisa muito simples. O br
Page 116 and 117:
100 O ministro de Estado da Guerra
Page 118 and 119:
demais. 169 Em novembro de 1935, ho
Page 120 and 121:
de resistirem para serem tratados e
Page 122 and 123:
superiores, sejam eles os próprios
Page 124 and 125:
do Exército, por meio de uma corre
Page 126 and 127:
oficialidade a essas indisciplinas
Page 128 and 129:
Mas nem todos os sargentos almejava
Page 130 and 131:
114 a necessidade de limitar o temp
Page 132 and 133:
saída do Exército para o serviço
Page 134 and 135:
118 As observações feitas por Leo
Page 136 and 137:
morre logo. Eles irão lhe atribuir
Page 138 and 139:
social é explicitada na letra da l
Page 140 and 141:
principal e maior guarnição milit
Page 142 and 143:
sem qualquer honraria formal. Algun
Page 144 and 145:
Ao retornarem, é bem possível que
Page 146 and 147:
sargentos serem encarregads das ins
Page 148 and 149:
poder. O capixaba 2º Sargento Val
Page 150 and 151:
134 posto e consideram-se não um c
Page 152 and 153:
136 se diretamente ao Presidente da
Page 154 and 155:
vínculo com a associação. Do lad
Page 156 and 157:
podiam ser consideradas naturais nu
Page 158 and 159:
do alto comando, que via nos altos
Page 160 and 161:
oriundos dos quadros dos sargentos,
Page 162 and 163:
social e historicamente, de maneira
Page 164 and 165:
ser transferido para outra unidade,
Page 166 and 167:
curso, continuavam na presença dos
Page 168 and 169:
não se desviou do seu propósito i
Page 170 and 171:
confirmando o fato de que a autoima
Page 172 and 173:
em época anterior, vivida por ele,
Page 174 and 175:
sociabilidades dos sargentos dessa
Page 176 and 177:
O alinho da roupa, o vestir-se com
Page 178 and 179:
desempenharia importante papel na c
Page 180 and 181:
Rebelou-se contra o que pensava ser
Page 182 and 183:
“Dali a pouco, os sargentos enten
Page 184 and 185:
Reproduziu-o, tentando otimizar a s
Page 186 and 187:
sargento naturalmente contra a aç
Page 188 and 189:
crime não cometido, ou uma maneira
Page 190 and 191:
associação dessa competência pro
Page 192 and 193:
Miguel Vicente de Paula Oliveira, a
Page 194 and 195:
idade. 284 Houve, no ano de 1950, u
Page 196 and 197:
Apenas essa situação indicaria o
Page 198 and 199:
182 onde prestou serviço e estudou
Page 200 and 201:
pelos sargentos de tentarem resisti
Page 202 and 203:
disputa entre nacionalistas de um l
Page 204 and 205:
Exército como uma “estufa para m
Page 206 and 207:
ealizarem o policiamento das estrad
Page 208 and 209:
Adão Barriles passou os anos de 19
Page 210 and 211:
material, que houve casos em que se
Page 212 and 213:
aumentados. Foram também beneficia
Page 214 and 215:
militar no comunismo, onde não hav
Page 216 and 217:
nas ruas para treinar o 'sangue fri
Page 218 and 219:
Aliás, inúmeros foram os casos na
Page 220 and 221:
impostos. Para Barriles, a promessa
Page 222 and 223:
Exército, desde os anos de 1930, j
Page 224 and 225:
Mesmo tendo visto e sofrido com emb
Page 226 and 227:
fora dele, de que, dentro da Instit
Page 228 and 229:
Durante sua permanência no Exérci
Page 230 and 231:
um brevê, encantava e convencia. O
Page 232 and 233:
centralizadores, do lado dos oficia
Page 234 and 235:
profissional esforçado, que para s
Page 236 and 237:
que deveria usar. As únicas ativid
Page 238 and 239:
2011). Algum tempo depois, descobri
Page 240 and 241:
(OLIVEIRA, 2011). Por meio de apost
Page 242 and 243:
pelas ações e conversas do grupo
Page 244 and 245:
mal”. Aquele oficial teria respon
Page 246 and 247:
considerados indesejavelmente polit
Page 248 and 249:
oficiais no ambiente profissional d
Page 250 and 251:
elação ao seu grupo, no nível in
Page 252 and 253:
Brasileiro, que chegaria a extrapol
Page 254 and 255:
fizesse distinção nesses aspectos
Page 256 and 257:
de força assimétricos, e que, nes
Page 258 and 259:
Saindo da ficção e indo para a du
Page 260 and 261:
De qualquer forma, o sargento Olive
Page 262 and 263:
Curso de Formação de Cabos (CFC)
Page 264 and 265:
anônimas - o resultado do seu trab
Page 266 and 267:
ecrutas para crerem que cada uma da
Page 268 and 269:
Emocionalmente fragilizados, os ind
Page 270 and 271:
acabaram interferindo no relacionam
Page 272 and 273:
sobre os colegas. Para Adeir, o cum
Page 274 and 275:
tempo diferente d´ “aquela époc
Page 276 and 277:
CAPÍTULO IV 260 CAPÍTULO IV - VOZ
Page 278 and 279:
Ao término do seu estágio, fora c
Page 280 and 281:
mais ou menos disciplinada agressiv
Page 282 and 283:
si, ou - algumas vezes, como result
Page 284 and 285:
Ajudante de Ordens. Mesmo desligado
Page 286 and 287:
assumir a função de Ordenança, n
Page 288 and 289:
social dos exemplares, aparecem tan
Page 290 and 291:
interferiu imediatamente: 274 ‘Co
Page 292 and 293:
276 forçada a optar não são, em
Page 294 and 295:
pelo menos o grupo dos sargentos é
Page 296 and 297:
datilografavam ipsis literis, pois
Page 298 and 299:
sargento! O oficial não! Ele faz q
Page 300 and 301:
e. As negociações diante das norm
Page 302 and 303:
tenente, do Quadro Auxiliar de Ofic
Page 304 and 305:
Ao conversar com o tenente, seu che
Page 306 and 307:
justiça, o que passaria, em últim
Page 308 and 309:
Não só a APEB, mas mesmo os sarge
Page 310 and 311:
das praças terem reconhecida a sua
Page 312 and 313:
não autorizar a renovação de seu
Page 314 and 315:
muitas vezes sob o olhar desconfiad
Page 316 and 317:
uma verdadeira categoria profission
Page 318 and 319:
possui algo em torno de 55 mil mili
Page 320 and 321:
oficiais estabelecidos e os sargent
Page 322 and 323:
em suas aspirações sociais. Outra
Page 324 and 325:
desenvolvido que Paciência, antigo
Page 326 and 327:
compreendesse muito bem toda essa d
Page 328 and 329:
vários critérios, dentre eles a l
Page 330 and 331:
era muito boa, que era muito bom se
Page 332 and 333:
haviam ensinado a trabalhar com uma
Page 334 and 335:
acerca de conspirações de cabos,
Page 336 and 337:
quanto com os oficiais. Existia um
Page 338 and 339:
vestibular para História. Este ins
Page 340 and 341:
que o pressionaram (Entrevista nº
Page 342 and 343:
abandonassem o local e deixasse soz
Page 344 and 345:
coronel, posto a teste por um solda
Page 346 and 347:
figuração, cuja maior reserva de
Page 348 and 349:
332 ele poderia ser punido por qual
Page 350 and 351:
ameaças externas vão sendo intern
Page 352 and 353:
do próprio âmbito dos sargentos,
Page 354 and 355:
castigos físicos seriam normalment
Page 356 and 357:
“outsiders” como pessoas biolog
Page 358 and 359:
não haveria mais esse ritual, pois
Page 360 and 361:
Elias, que, de longo prazo, na maio
Page 362 and 363:
publicados. As revistas e noticiár
Page 364 and 365:
e não vai conseguir. Ou vice versa
Page 366 and 367:
350 Não havendo, na Instituição,
Page 368 and 369:
ogado pelo sargento, parece que sim
Page 370 and 371:
354 Dependendo também da faixa et
Page 372 and 373:
à sua realidade profissional, perc
Page 374 and 375:
antropólogos, e só depois com his
Page 376 and 377:
por critérios nada transparentes),
Page 378 and 379:
únicos no drama relacional que viv
Page 380 and 381:
BRASIL. Relatório do Ministro da G
Page 382 and 383:
BRASIL. Decreto nº 8835, 23 Fev 19
Page 384 and 385:
BRASIL. EXÉRCITO BRASILEIRO. Estad
Page 386 and 387:
http://www.fgv.br/cpdoc/historal/ar
Page 388 and 389:
Army. Montreal & Kingston: MGills-Q
Page 390 and 391:
DIXON, Norman. A psicologia da inco
Page 392 and 393:
___________ Em defesa da sociedade.
Page 394 and 395:
Estudos Históricos, Rio de Janeiro
Page 396 and 397:
Ciência Política) - Departamento
show all

Download tese - Setor de CiÃªncias Humanas UFPR - Universidade ...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?