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escolha dos promovidos era terem realizados o curso <strong>de</strong> aperfeiçoamento:<br />

90<br />

Para ser promovido a subtenente ou subtenente radiotelegrafista, o sargento-ajudante<br />

ou 1º sargento, em serviço nos corpos <strong>de</strong> tropa, fortalezas e quadro <strong>de</strong><br />

radiotelegrafistas <strong>de</strong>ve satisfazer aos seguintes requisitos : a) ter aprovação no curso<br />

da Escola <strong>de</strong> Arma, com a nota "Apto" para o comando <strong>de</strong> pelotão ou secção ou<br />

“Distinto" 150<br />

Os cursos <strong>de</strong> aperfeiçoamento também eram critérios para as promoções <strong>de</strong>ntro das<br />

vagas dos Quadros <strong>de</strong> Instrutores. 151 Esse quadro <strong>de</strong> sargentos havia sido criado em 1917,<br />

para suprirem a falta <strong>de</strong> tenentes instrutores nos chamados “Tiros”. Mesmo com o serviço<br />

militar obrigatório, muitos jovens recusavam-se ao alistamento e o Exército passou a indicar<br />

às classes médias modos legais <strong>de</strong> safarem-se do serviço militar, que eram ser membro <strong>de</strong> um<br />

“Tiro”, participar como voluntário <strong>de</strong> manobras ou frequentar escolas que ministrassem<br />

instrução militar (MCCANN, 2009, p. 234).<br />

Os Tiros foram crescendo e foram faltando tenentes para neles ministrarem instrução.<br />

O ministro José Caetano <strong>de</strong> Faria, então, aprovou a criação <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> treinamento <strong>de</strong><br />

instrutores na Vila Militar, a ser ministrado a sargentos e oficiais já reformados que se<br />

interessassem em retornar ao serviço ativo. Criou-se o Centro <strong>de</strong> Instrução e Aperfeiçoamento<br />

<strong>de</strong> Infantaria, servindo, inicialmente, para a formação dos sargentos instrutores dos Tiros <strong>de</strong><br />

Guerra, tornando-se mais tar<strong>de</strong> a Escola <strong>de</strong> Sargentos <strong>de</strong> Infantaria (ESI). Ela estabeleceria,<br />

também, as bases para a educação física no Exército e no Brasil. 152<br />

Para os sargentos, aquilo era uma novida<strong>de</strong> inimaginável anos anteriores, dada a<br />

doutrina militar brasileira <strong>de</strong> monopólio da li<strong>de</strong>rança nas mãos da oficialida<strong>de</strong>.<br />

Possivelmente, pelo já inchaço do quadro <strong>de</strong> oficiais, a cúpula do Exército, em vez <strong>de</strong><br />

comissionarem sargentos a tenentes, como era comum em boa parte das crises bélicas em que<br />

houve falta contumaz <strong>de</strong> oficiais, foi a primeira vez em que se cogitou serem <strong>de</strong>legadas<br />

funções <strong>de</strong> comando a sargentos, sem que houvesse comissionamentos. A triagem dos<br />

sargentos voluntários ao Quadro <strong>de</strong> Instrutores era bastante rigorosa, exigindo distinção<br />

quanto ao vigor físico e conduta moral.<br />

150 Decreto nº 23.347, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1933 ( Aprova o regulamento para a formação e manutenção do<br />

posto <strong>de</strong> subtenente, crendo pelo <strong>de</strong>creto n. 22.837, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1933), Art. 7º.<br />

151 Boletim do Exército nº 3, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1940, p.99.<br />

152 GRUNENNVALDT, José Tarcício. Os militares e a construção das condições para criação <strong>de</strong> escolas<br />

para formação <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> educação física: um caso <strong>de</strong> revolução passiva. Disponível em:<br />

http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe4/individuaiscoautorais/eixo03/jose%20tarcisio%20grunennvaldt%20-%20texto.pdf<br />

; acesso em: 13 <strong>de</strong>z 11.

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