05.05.2017 Views

2 - TARTUCE, Flávio. Direito Civil - Vol. 01 - Lei de Introdução a Parte Geral (2017)

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

–<br />

–<br />

–<br />

–<br />

prenome, nome próprio da pessoa (v.g. <strong>Flávio</strong>, Enzo, Laís);<br />

o<br />

sobrenome, nome, apelido ou patronímico, nome <strong>de</strong> família (v.g. Monteiro, Tartuce, Silva);<br />

o<br />

partícula (da, dos, <strong>de</strong>);<br />

a<br />

agnome, que visa perpetuar um nome anterior já existente (Júnior, Filho, Neto, Sobrinho).<br />

o<br />

proteção <strong>de</strong> todos esses elementos consta expressamente no art. 17 pelo qual “o nome da<br />

A<br />

não po<strong>de</strong> ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham<br />

pessoa<br />

<strong>de</strong>sprezo público, ainda que não haja intenção difamatória”. Deve ficar claro, como bem<br />

ao<br />

Silmara Chinellato, que a tutela do nome cabe mesmo sendo este utilizado<br />

pon<strong>de</strong>ra<br />

sem que exponha a pessoa ao <strong>de</strong>sprezo público. Por isso, a jurista consi<strong>de</strong>ra a<br />

in<strong>de</strong>vidamente,<br />

do preceito um retrocesso, o que é seguido por este autor (CHINELLATO, Silmara Juny.<br />

dicção<br />

<strong>Civil</strong>…, 3. ed., 2<strong>01</strong>0, p. 44).<br />

Código<br />

nome também não po<strong>de</strong> ser utilizado, sem autorização, para fins <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> ou<br />

O<br />

comercial (art. 18 do CC). Nos dois casos, tratados pelos arts. 17 e 18 do CC, em<br />

propaganda<br />

lesão, caberá reparação civil, fundamentada nos arts. 186 e 927 da codificação privada.<br />

havendo<br />

possível, cabem ainda medidas <strong>de</strong> prevenção do prejuízo.<br />

Sendo<br />

sentido, dispõe o Enunciado n. 278, também da IV Jornada <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong>, que “A<br />

Nesse<br />

que venha a divulgar, sem autorização, qualida<strong>de</strong>s inerentes a <strong>de</strong>terminada pessoa,<br />

publicida<strong>de</strong><br />

que sem mencionar seu nome, mas sendo capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificá-la, constitui violação a direito<br />

ainda<br />

personalida<strong>de</strong>”. Para ilustrar, aplicando expressamente o enunciado doutrinário, <strong>de</strong>staque-se<br />

da<br />

do Tribunal Paulista, que con<strong>de</strong>nou curso <strong>de</strong> línguas a in<strong>de</strong>nizar o apresentador <strong>de</strong><br />

julgado<br />

Cazé Peçanha no montante <strong>de</strong> R$ 20.000,00 (vinte mil reais), pela utilização <strong>de</strong> sua<br />

televisão<br />

por meio <strong>de</strong> sósia: “Utilização simulada <strong>de</strong> imagem do autor em publicida<strong>de</strong>. Dano<br />

imagem<br />

configurado. A<strong>de</strong>quação do valor dos danos morais” (TJSP, Apelação 994.03.<strong>01</strong>5985-0,<br />

moral<br />

4402991, São Paulo, 9.ª Câmara <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> Privado, Rel. Des. Antonio Vilenilson, j.<br />

Acórdão<br />

DJESP 22.04.2<strong>01</strong>0).<br />

02.02.2<strong>01</strong>0,<br />

art. 19 do CC/2002 trata da proteção do pseudônimo, nome atrás do qual se escon<strong>de</strong> um<br />

O<br />

<strong>de</strong> obra artística, literária ou científica. Essa proteção não constitui novida<strong>de</strong>, pois já<br />

autor<br />

no art. 24, II, da <strong>Lei</strong> 9.610/1998, que elenca os direitos morais do autor. Aliás, prevê o<br />

constava<br />

27 <strong>de</strong>ssa lei específica que os “direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis”.<br />

art.<br />

da falta <strong>de</strong> previsão, <strong>de</strong>ve-se concluir que a proteção constante no art. 19 do Código <strong>Civil</strong><br />

Apesar<br />

também o cognome ou alcunha, nome artístico utilizado por alguém, mesmo não<br />

atinge<br />

esse no registro da pessoa. Aplicando tal premissa para uma dupla sertaneja, do<br />

constando<br />

cautelar. Cautelar inominada. Utilização <strong>de</strong> nome artístico do autor em nova dupla sertaneja.<br />

“Medida<br />

Requisitos legais. Presença. Pseudônimo adotado para ativida<strong>de</strong>s lícitas que goza da mesma<br />

Impedimento.<br />

dada ao nome. Artigo 19, do Código <strong>Civil</strong>. Recurso improvido” (TJSP, Agravo <strong>de</strong> Instrumento<br />

proteção<br />

São Paulo, 9.ª Câmara <strong>de</strong> <strong>Direito</strong> Privado, Rel. Des. Osni <strong>de</strong> Souza, j. 13.12.2005).<br />

4.021.314/3-00,<br />

<strong>Lei</strong> <strong>de</strong> Registros Públicos (<strong>Lei</strong> 6.<strong>01</strong>5/1973) traz tratamento específico quanto ao nome.<br />

A<br />

o art. 58 <strong>de</strong>ssa lei especial que “o prenome é <strong>de</strong>finitivo, admitindo-se, todavia, a sua<br />

Estabelece<br />

por apelidos públicos e notórios”. A experiência <strong>de</strong>monstra, na verda<strong>de</strong>, que é mais<br />

substituição<br />

a alteração do prenome do que do sobrenome, sendo certo que o nome, com todos os seus<br />

fácil<br />

<strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong> - <strong>Vol</strong>. I<br />

Tribunal <strong>de</strong> São Paulo:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!