05.05.2017 Views

2 - TARTUCE, Flávio. Direito Civil - Vol. 01 - Lei de Introdução a Parte Geral (2017)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

eferido doutrinador informa que em alguns or<strong>de</strong>namentos jurídicos, como, por exemplo,<br />

O<br />

alemão, o erro obstativo (também conhecido por erro obstáculo ou, ainda, erro impróprio) é tão<br />

o<br />

que o negócio jurídico é consi<strong>de</strong>rado inexistente. Pelo fato <strong>de</strong> esse erro não ter recebido<br />

grave,<br />

específico pelo Código <strong>de</strong> 2002, a sua incidência sobre o negócio jurídico produzirá<br />

tratamento<br />

a sua anulabilida<strong>de</strong>, caso o negócio acabe sendo celebrado (art. 171, II, do CC),<br />

somente<br />

que igualmente é seguido por Álvaro Villaça Azevedo (AZEVEDO, Álvaro Villaça.<br />

pensamento<br />

2<strong>01</strong>2, p. 364). Todavia, é difícil imaginar tal hipótese, uma vez que pelo erro obstativo o<br />

Teoria…,<br />

não chega a ser constituído.<br />

negócio<br />

ponto <strong>de</strong> vista prático, esclareça-se que o prazo para anular o negócio jurídico eivado <strong>de</strong><br />

Do<br />

é <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>ncial <strong>de</strong> quatro anos, contados da celebração do negócio jurídico (art. 178, II, do<br />

erro<br />

CC).<br />

fim, vale <strong>de</strong>ixar claro que o erro não se confun<strong>de</strong> com o vício redibitório. No primeiro<br />

Por<br />

o problema atinge a vonta<strong>de</strong>, já que a pessoa se engana sozinha. No segundo, atinge o<br />

caso,<br />

do contrato, sendo certo que a pessoa toma conhecimento do problema <strong>de</strong>pois da<br />

objeto<br />

do contrato. No primeiro caso – <strong>de</strong> erro –, haverá extinção do contrato por motivo<br />

celebração<br />

à celebração (anulabilida<strong>de</strong>) – plano da valida<strong>de</strong>. No segundo – <strong>de</strong> vício redibitório –, a<br />

anterior<br />

é por motivo posterior à celebração, eventualmente (resolução) – plano da eficácia. Para<br />

extinção<br />

consulte-se a obra específica <strong>de</strong> José Fernando Simão (Vícios do produto…,<br />

aprofundamentos,<br />

DOLO DO<br />

dolo po<strong>de</strong> ser conceituado como sendo o artifício ardiloso empregado para enganar<br />

O<br />

com intuito <strong>de</strong> benefício próprio. O dolo é a arma do estelionatário, como diziam os<br />

alguém,<br />

civilistas. De acordo com o art. 145 do CC, o negócio praticado com dolo é anulável, no<br />

antigos<br />

<strong>de</strong> ser o mesmo a sua causa. Esse dolo, causa do negócio jurídico, é conceituado como dolo<br />

caso<br />

substancial ou principal (dolus causam).<br />

essencial,<br />

dolo essencial, uma das partes do negócio utiliza artifícios maliciosos, para levar a outra a<br />

No<br />

um ato que não praticaria normalmente, visando a obter vantagem, geralmente com<br />

praticar<br />

ao enriquecimento sem causa.<br />

vistas<br />

fato, não se po<strong>de</strong> confundir o dolo-vício do negócio jurídico com o dolo da<br />

De<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong> - <strong>Vol</strong>. I<br />

2003), bem como o <strong>Vol</strong>ume 3 da presente coleção (<strong>TARTUCE</strong>, <strong>Flávio</strong>. <strong>Direito</strong> civil…, 2<strong>01</strong>7, v. 3).<br />

7.3<br />

responsabilida<strong>de</strong> civil. As diferenças constam no quadro a seguir:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!