05.05.2017 Views

2 - TARTUCE, Flávio. Direito Civil - Vol. 01 - Lei de Introdução a Parte Geral (2017)

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Turma, Rel. Min. Wal<strong>de</strong>mar Zveiter, j. 23.09.1997).<br />

Terceira<br />

<strong>de</strong> acordo com a jurisprudência, esclareça-se que os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes po<strong>de</strong>m prestar<br />

Ainda<br />

em causas que envolvam o casamento ou a união estável <strong>de</strong> seus ascen<strong>de</strong>ntes: “A<br />

<strong>de</strong>poimentos<br />

é pacífica no entendimento <strong>de</strong> que, a exemplo do que ocorre no direito canônico,<br />

jurisprudência<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes prestem <strong>de</strong>poimento em causas matrimoniais” (TJSP, Ap. 224760, Rel. Barbosa<br />

os<br />

RF 248/2<strong>01</strong>). Trata-se <strong>de</strong> aplicação da parte final do dispositivo em análise, ora mantido,<br />

Pereira,<br />

o qual se admite a prova testemunhal dos parentes tratando-se <strong>de</strong> causa relativa ao<br />

segundo<br />

<strong>de</strong> pessoa, caso não se possa obter <strong>de</strong> outro modo a prova que o juiz repute necessária ao<br />

estado<br />

do mérito da <strong>de</strong>manda.<br />

julgamento<br />

ao interessado no litígio – primeira parte do art. 228, inciso IV, do Código<br />

Relativamente<br />

–, há hipótese <strong>de</strong> suspeição, <strong>de</strong> acordo com o que estava art. 405, § 3.º, inciso IV, do<br />

<strong>Civil</strong><br />

confirmado pelo art. 447, § 3.º, inciso II, do CPC/2<strong>01</strong>5. Destaque-se, a propósito, que<br />

CPC/1973,<br />

se menciona mais, como suspeito, o con<strong>de</strong>nado por crime <strong>de</strong> falso testemunho, havendo<br />

não<br />

em julgado a sentença (art. 405, § 3.º, inciso I, do CPC/1973). Isso porque a mentira<br />

transitado<br />

em uma <strong>de</strong>manda não po<strong>de</strong>, automaticamente, con<strong>de</strong>nar a outra; o que viola a i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong>clarada<br />

<strong>de</strong> presunção <strong>de</strong> inocência.<br />

constitucional<br />

se <strong>de</strong>clara também como suspeito aquele que, por seus costumes, não for digno <strong>de</strong> fé<br />

Não<br />

405, § 3.º, inciso II, do CPC/1973), por não estar <strong>de</strong> acordo com a presunção <strong>de</strong> boa-fé que<br />

(art.<br />

o sistema privado, seja o material e, agora, o processual. Manteve-se a menção ao inimigo da<br />

guia<br />

– que não precisa ser mais capital – e ao seu amigo íntimo (art. 405, § 3.º, inciso III, do<br />

parte<br />

e art. 447, § 3.º, inciso I, do CPC/2<strong>01</strong>5).<br />

CPC/1973<br />

o antigo parágrafo único do art. 228 do Código <strong>Civil</strong>, atual § 1.º, foi ampliada a<br />

Conforme<br />

<strong>de</strong> se ouvirem pessoas impedidas e suspeitas, a <strong>de</strong>speito do que constava do art. 143<br />

possibilida<strong>de</strong><br />

Código <strong>Civil</strong> revogado. De qualquer forma, pelo tom genérico, a hipótese dos ascen<strong>de</strong>ntes por<br />

do<br />

ou afinida<strong>de</strong> enquadra-se no parágrafo único ora comentado, principalmente<br />

consanguinida<strong>de</strong><br />

relação àquelas ações que envolvam o nascimento e o óbito dos filhos. Não se po<strong>de</strong> esquecer,<br />

em<br />

da viabilida<strong>de</strong> sempre existente <strong>de</strong> oitiva <strong>de</strong> pessoas como informantes do juízo,<br />

a<strong>de</strong>mais,<br />

mantida pelo § 5.º do novo art. 447 do Estatuto Processual.<br />

premissa<br />

sobre a prova testemunhal, previa o art. 229 do Código <strong>Civil</strong> que ninguém po<strong>de</strong> ser<br />

Ainda<br />

a <strong>de</strong>por sobre fato: a) a cujo respeito, por estado ou profissão, <strong>de</strong>va guardar segredo; b)<br />

obrigado<br />

que não possa respon<strong>de</strong>r sem <strong>de</strong>sonra própria, <strong>de</strong> seu cônjuge, parente em grau sucessível, ou<br />

a<br />

íntimo; c) que o exponha, ou às pessoas referidas no inciso antece<strong>de</strong>nte, a perigo <strong>de</strong> vida,<br />

amigo<br />

<strong>de</strong>manda, ou <strong>de</strong> dano patrimonial imediato. Pelo que constava anteriormente, no Código<br />

<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 1916, percebia-se que o texto material antece<strong>de</strong>nte era genérico ao proteger o sigilo<br />

<strong>Civil</strong><br />

e a ética, em total consonância com o Texto Constitucional (art. 5.º, XIV, da<br />

profissional<br />

A regra anterior, constante do art. 144 do CC/1916, era <strong>de</strong> que “Ninguém po<strong>de</strong> ser<br />

CF/1988).<br />

a <strong>de</strong>por <strong>de</strong> fatos, a cujo respeito, por estado ou profissão, <strong>de</strong>va guardar segredo”.<br />

obrigado<br />

foi citado o exemplo do padre, que não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>por sobre fatos a ele levados pela<br />

Sempre<br />

confissão.<br />

então art. 229 do Código <strong>Civil</strong> <strong>de</strong> 2002 estava mais bem adaptado à lei processual anterior,<br />

O<br />

ao art. 406 do CPC/1973, que assim dispunha: “Art. 406. A testemunha não é<br />

particularmente<br />

a <strong>de</strong>por <strong>de</strong> fatos: I – que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge e aos seus<br />

obrigada<br />

<strong>Direito</strong> <strong>Civil</strong> - <strong>Vol</strong>. I

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!