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Hacking growth_ A estratégia de marketing inovadora das empresas de crescimento mais rápido

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link do Hotmail para abertura da conta de e-mail era baixo. O segundo

fator é a taxa de conversão do convite, bastante alta no caso do Hotmail,

pois à época e-mail grátis era uma novidade interessante. O último fator é

a frequência com que as pessoas serão expostas aos convites (ou seja, com

que frequência os e-mails serão enviados). Para o Hotmail, era alta, uma

vez que a maioria das pessoas mandava e-mails para amigos, familiares e

colegas de trabalho com bastante frequência. Logo, apesar do payload

baixo, a taxa de conversão e a frequência elevadas tornaram o link do

Hotmail extremamente viral. Portanto, na hora de criar um loop viral,

tenha como meta otimizar as três variáveis para gerar crescimento.

Quando você começa a considerar que tipo de loop viral vai testar, tem

de tomar um monte de decisões importantes. A primeira é como distribuir

os convites. Nos melhores loops virais, o convite é resultado natural do uso

do produto, como no caso do Hotmail, cujos usuários não tiveram de fazer

nada além de mandar um e-mail; o convite para abrir uma conta estava

incorporado ao próprio e-mail, de modo que a indicação foi totalmente

passiva. Pedir esse favor aos usuários nem sempre é possível; em geral,

deve-se dar algum incentivo. Aqui, a melhor saída é criar um incentivo

duplo, ou seja, tanto o remetente como o destinatário ganham algo. Se o

payload for alto, talvez não seja preciso um incentivo tão forte para

conseguir bons resultados, pois, ainda que a parcela de interessados seja

pequena, o acréscimo será bom. Já se o payload for baixo, provavelmente

será necessário um incentivo melhor, para ambas as partes, para elevar a

taxa e a frequência de conversão. 18

Um erro comum cometido por empresas na hora de otimizar um loop

é tentar aumentar o número de pessoas convidadas a baixar ou a

experimentar algo de tal modo que acabam irritando não só os usuários,

como também aqueles que foram indicados. Quem, sem querer, já

mandou um convite para baixar um aplicativo a sua lista inteira de

contatos sabe quanto isso é desagradável. Manobras para levar um usuário

a fazer algo que normalmente não faria são conhecidas entre especialistas

em experiência do usuário como “dark patterns” e, embora essas

interfaces do mal possam surtir efeito no curto prazo, a antipatia que

despertam no usuário dura muito e emperra o crescimento no longo

prazo. A publicidade negativa e a animosidade que uma armadilha dessas

provoca podem ser suficientes para arruinar o melhor dos produtos. Já

vimos isso acontecer.

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