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Hacking growth_ A estratégia de marketing inovadora das empresas de crescimento mais rápido

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em todas as frentes. Não importa se tenha 5 ou 500 pessoas, tampouco se

pertence a uma companhia avaliada em milhões ou a um negócio recémsaído

do papel.

EVITE O “GROWTH STALL”

Uma das maiores ameaças ao sucesso de uma empresa no longo prazo é

baixar a guarda e não responder a mudanças no mercado: não detectar a

fadiga do produto ou de um canal, não reconhecer novos concorrentes,

não melhorar o produto ou não ajustar o marketing a tempo, não abraçar

novas tecnologias que vão surgindo. Um bom exemplo do perigo

embutido nessa acomodação é o Skype, que teve uma fase de sucesso

inquestionável, mas não foi capaz de continuar inovando depois da

compra pela Microsoft e vem perdendo terreno depressa para aplicativos

de troca de mensagens como Facebook Messenger, WhatsApp e Slack

(aplicativo para comunicação de equipes em empresas que não para de

crescer). Onde foi que o Skype errou? Em demorar a entender o apelo da

troca de mensagens no mobile e perceber a rapidez com que o celular e o

tablet estavam sendo incorporados à comunicação no local de trabalho.

Esses lapsos na visão estratégica e na inovação no produto costumam

levar uma organização a viver o chamado “growth stall”, termo cunhado

por Matthew Olson, Derek van Bever e Seth Verry, do instituto de

consultoria de gestão CEB (ex-Corporate Executive Board). A

desaceleração do crescimento costuma chegar sem aviso prévio e acomete

tanto empresas grandes e estabelecidas como startups cujo crescimento

parecia irrefreável. É dificílima de prever e, em muitos casos, vem na

esteira de um período de forte crescimento. Em um artigo na Harvard

Business Review em que analisam os resultados de um importante estudo

que fizeram sobre o tema, Olson e outros pesquisadores citam o caso da

Levi Strauss, cujo faturamento em 1995 chegou a US$ 7 bilhões, um

recorde para a companhia. Em 1996, no entanto, a receita entrou em

queda livre, a ponto de, em 2000, encolher 35%, para US$ 4,6 bilhões.

Outras grandes marcas que, segundo os autores, viveram essa crise de

desaceleração foram 3M, Apple, Banc One, Caterpillar, Daimler-Benz,

Toys “R” Us e Volvo. Embora seja natural pensar que a causa tenha sido

alguma mudança súbita no mercado, o estudo mostrou que, em geral, a

desaceleração não é provocado pela chegada de um novo concorrente ou

alguma inovação disruptiva como o smartphone, e sim pela incapacidade

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