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Hacking growth_ A estratégia de marketing inovadora das empresas de crescimento mais rápido

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gastar mais, poder, acesso a eventos especiais e viagens e, obviamente,

obtenção de coisas de graça com pontos acumulados. Já o Starbucks

Rewards possui mais de 12 milhões de membros que usam um cartão prépago

Starbucks ou o aplicativo mobile da empresa para ganhar “estrelas”

cada vez que compram um café. As estrelas podem ser trocadas por mais

bebidas e outros produtos na rede. Quanto mais estrelas a pessoa tem,

melhor a recompensa que pode obter. Além disso, vai subindo de

categoria e acumulando mais prestígio. O programa faz tanto sucesso que

a Starbucks tem mais de US$ 1 bilhão em dinheiro de clientes em cartões

pré-pagos e no aplicativo. 12

COMO FUNCIONA UM TRIGGER

A gamificação não funciona para toda situação. Já os triggers, ou

gatilhos, são usados a torto e a direito. Entretanto, para que um trigger

contribua para a ativação, precisa ser pensado muito bem. Um trigger é

qualquer prompt ou mensagem que provoque uma resposta de quem o

recebe. Os mais comuns são notificações de e-mail, notificações push de

dispositivos móveis e, menos invasivos, calls to action em uma landing

page. Não há como negar que o gatilho é uma das estratégias mais eficazes

para aumentar o uso de um produto. Só que, para cada benefício possível,

há uma série de potenciais desvantagens. Recebemos tantos triggers hoje

em dia – notificações do Facebook avisando que um amigo curtiu uma

foto, e-mails do LinkedIn com alguém pedindo para ser aceito em sua

rede, alertas da Amazon sobre o paradeiro de encomendas – que é fácil a

coisa passar de útil a irritante. Quem já não saiu do sério ao receber uma

sucessão desesperada de mensagens clamando “Volte!!”, “Tem certeza que

não quer voltar?”, “Queríamos tanto ver você de volta”!!!”. Em geral, são

mensagens de uma empresa cujo produto abandonamos há muito tempo,

o que só aumenta a irritação, além de fazer a empresa parecer

desesperada. Logo, é preciso pegar leve com triggers, testando a estratégia

com muita cautela.

O poder de um trigger depende de dois grandes fatores: se motiva ou

não o usuário a realizar a ação que você está querendo dele e se é fácil,

para o usuário, agir no momento em que recebe o trigger. B. J. Fogg, que

faz pesquisas sobre psicologia em Stanford, desenvolveu um modelo útil

para a criação de gatilhos eficazes, apresentado na figura a seguir. A curva

do gráfico representa o ponto além (ou aquém) do qual o usuário vai (ou

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