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Hacking growth_ A estratégia de marketing inovadora das empresas de crescimento mais rápido

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breve”. Uma comparação da retenção desses dois grupos revelaria o

impacto quantitativo do teste. Se a mensagem “em breve” surtir efeito e

segurar mais dos assinantes que viram aquele programa e outros similares,

o time de crescimento poderia incluir o “em breve” permanentemente na

estratégia de comunicação com o cliente.

RETENÇÃO DE LONGO PRAZO

Assim que conseguir produzir uma forte retenção de uma boa base de

usuários, é hora trabalhar para garantir que continuem satisfeitos e

bastante ativos no longo prazo. Aqui, sugerimos uma abordagem dupla,

que envolve (1) otimizar funcionalidades atuais do produto, notificações e

recompensas pelo uso recorrente e (2) espaçar bem, no decurso do

tempo, o lançamento de um fluxo constante de novos recursos. Esse

equilíbrio é extremamente importante. Diversas empresas cometem o erro

de lançar um excesso de novidades depressa demais, produzindo o que

equipe de produtos chamam de “feature bloat”. Muitas vezes, isso torna o

produto complicado demais e acaba ocultando seu grande valor. Em um

estudo de 2005, os pesquisadores Debora Viana Thompson, Rebecca

Hamilton e Roland Rust, do Marketing Science Institute, nos Estados

Unidos, descobriu que é comum a empresa prejudicar a retenção de

longo prazo ao incluir recursos demais em um produto, explicando que “o

número de funcionalidades que maximizam a escolha inicial pode resultar

na inclusão de um excesso de recursos, potencialmente diminuindo o

valor vitalício do cliente”. O trio concluiu que é melhor “considerar lançar

um número maior de produtos mais especializados, cada qual com um

número limitado de recursos, do que incorporar todo recurso possível a

um só produto”. 25

David Pogue, colunista que escreve sobre tecnologia, ilustrou bem essa

triste realidade em uma TED talk de 2006. Nela, Pogue exibiu o

horripilante screenshot a seguir, que mostra como seria a tela do

Microsoft Word se todas as barras de ferramentas estivessem ativadas.

Calcular a hora de apresentar novos recursos de produtos digitais pode

ser especialmente difícil, em parte porque é muito mais fácil lançá-los do

que no caso de produtos físicos. Fazer mudanças de maneira muito rápida

ou abrupta pode provocar chiadeira, pois as pessoas se apegam ao visual e

às funções de um produto. É só ver a gritaria provocada pelo novo feed do

Instagram, agora organizado por um algoritmo, ou pela mexida em

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