19.04.2013 Views

zen e a arte da manutenção de motocicletas

zen e a arte da manutenção de motocicletas

zen e a arte da manutenção de motocicletas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>de</strong>senvolvendo sobre a “Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>”?<br />

─ Está diretamente relacionado a ele ─ respondo.<br />

Então me lembro <strong>de</strong> algo e olho para DeWeese.<br />

─ Não foi você que me aconselhou a esquecer esse assunto?<br />

─ Eu disse que ninguém havia conseguido realizar o que você<br />

estava preten<strong>de</strong>ndo.<br />

─ Você acha que é possível?<br />

─ Não sei. Quem sabe? ─ Ele está mesmo interessado. ─ A<br />

maioria <strong>da</strong>s pessoas mostra-se atualmente mais receptiva. Sobretudo<br />

as mais moças. Elas estão realmente prestando atenção, não<br />

apenas a você, mas em você. Em você. É muito diferente.<br />

O vento que <strong>de</strong>sce dos campos <strong>de</strong> neve <strong>da</strong>s montanhas uiva<br />

durante muito tempo ao redor <strong>da</strong> casa. O som fica ca<strong>da</strong> vez mais<br />

alto e mais agudo, como se o vento quisesse arrancar a casa dos<br />

alicerces e reduzir-nos a pó, <strong>de</strong>ixando o <strong>de</strong>sfila<strong>de</strong>iro como era antes;<br />

mas a casa agüenta firme e o vento diminui novamente, <strong>de</strong>rrotado.<br />

Depois retorna, simulando soprar fracamente contra a pare<strong>de</strong> mais<br />

afasta<strong>da</strong>, e a seguir castiga violentamente as pare<strong>de</strong>s próximas.<br />

─ Costumo ficar ouvindo o vento ─ digo, acrescentando em<br />

segui<strong>da</strong>: ─ Acho que quando os Sutherlands forem embora, eu e<br />

Chris vamos escalar as montanhas até chegarmos ao local <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

esse vento vem. Creio que está na hora do Chris ter uma visão panorâmica<br />

<strong>de</strong>sta região.<br />

─ Vocês po<strong>de</strong>m começar a subir <strong>da</strong>qui ─ sugere DeWeese ─ e<br />

seguir em direção ao <strong>de</strong>sfila<strong>de</strong>iro. Há um trecho <strong>de</strong> 120 quilômetros<br />

sem estra<strong>da</strong>s.<br />

─ Então é <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vamos começar ─ <strong>de</strong>cido.<br />

No meu quarto, no an<strong>da</strong>r <strong>de</strong> cima, fico satisfeito ao ver aquele<br />

acolchoado grosso outra vez. Agora está bem frio, vou precisar<br />

<strong>de</strong>le. Dispo-me rapi<strong>da</strong>mente e me enfio <strong>de</strong>baixo do acolchoado, lá<br />

no fundo, até encontrar um lugar bem quentinho, e reflito durante<br />

muito tempo sobre os campos <strong>de</strong> neve, os ventos e Cristóvão Colombo.<br />

173

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!