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zen e a arte da manutenção de motocicletas

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mas acontece que ela reage. Só que à sua ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira personali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

aquela que realmente sente, raciocina e age, apesar <strong>de</strong> qualquer<br />

imagem falsa e incha<strong>da</strong> que possa ser projeta<strong>da</strong> pelo seu ego.<br />

Tais falsas imagens são esvazia<strong>da</strong>s tão rápi<strong>da</strong> e completamente que<br />

na certa você logo vai <strong>de</strong>sanimar se o seu brio provém do ego, e não<br />

<strong>da</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Caso você não consiga cultivar a modéstia com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou<br />

singeleza, a saí<strong>da</strong> é fingir que se é mo<strong>de</strong>sto do mesmo jeito. Se<br />

você simplesmente fingir que não é muito bom, então seu brio aumentará<br />

quando os fatos provarem que essa suposição é correta.<br />

Desse modo, você po<strong>de</strong>rá prosseguir até que os fatos provem que a<br />

suposição é incorreta.<br />

A ansie<strong>da</strong><strong>de</strong>, a outra cila<strong>da</strong> para o brio, correspon<strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente<br />

ao oposto do egocentrismo. Você tem tanta certeza <strong>de</strong><br />

que vai fazer tudo errado que fica com medo até <strong>de</strong> começar. Muitas<br />

vezes é esta, e não a “preguiça”, a razão pela qual você acha difícil<br />

pegar no trabalho. A cila<strong>da</strong> <strong>da</strong> ansie<strong>da</strong><strong>de</strong>, proveniente do excesso<br />

<strong>de</strong> motivação, po<strong>de</strong> causar to<strong>da</strong> espécie <strong>de</strong> erros por preocupação<br />

exagera<strong>da</strong>. Você conserta coisas que não precisam ser conserta<strong>da</strong>s<br />

e procura aborrecimentos imaginários. Tira conclusões incríveis e<br />

faz todo tipo <strong>de</strong> besteira com a máquina, por causa do seu nervosismo.<br />

Estes erros, quando feitos, ten<strong>de</strong>m a confirmar sua <strong>de</strong>preciação<br />

<strong>de</strong> si mesmo. Isto o leva á cometer mais erros, que levam ao<br />

aumento <strong>da</strong> <strong>de</strong>preciação, gerando um círculo vicioso.<br />

A melhor maneira <strong>de</strong> romper esse círculo, na minha opinião,<br />

é colocar to<strong>da</strong>s as idéias no papel. Leia todos os livros e revistas<br />

que pu<strong>de</strong>r sobre o assunto. Sua ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> torna isso mais fácil,<br />

e quanto mais você ler, mais se acalmará. Você <strong>de</strong>ve lembrar que<br />

está querendo obter paz <strong>de</strong> espírito, e não apenas consertar uma<br />

máquina.<br />

No começo <strong>de</strong> um conserto, você po<strong>de</strong> listar tudo em pequenas<br />

tiras <strong>de</strong> papel que serão coloca<strong>da</strong>s numa seqüência a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>.<br />

Você verá que vai organizar e reorganizar essa seqüência muitas<br />

vezes, à medi<strong>da</strong> que mais idéias lhe forem ocorrendo. O tempo,<br />

utilizado <strong>de</strong>sta forma, geralmente compensa <strong>de</strong> sobra o tempo que<br />

você ia per<strong>de</strong>r com a máquina, e evita que você faça coisas apressa<strong>da</strong>s<br />

que criarão problemas mais tar<strong>de</strong>.<br />

Você po<strong>de</strong> reduzir um pouco sua ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> enfrentando o<br />

fato <strong>de</strong> que não existe mecânico no mundo que não estrague um<br />

serviço <strong>de</strong> vez em quando. A principal diferença entre você e os<br />

mecânicos profissionais é que quando eles erram, você não fica sa-<br />

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