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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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CAPÍTULO SEIS<br />

Seres Espirituais Criados<br />

Carolyn Denise Baker Frank D. Macchia<br />

ANJOS<br />

Embora os anjos sejam mencionados em muitos trechos da Bíblia, principalmente no<br />

Novo Testamento, muitos são os que concordam com Tim Unsworth: "Parece difícil<br />

definir especificamente os anjos". 1 Nem por isso o estudo desses seres criados deixará de<br />

trazer-nos benefícios espirituais.<br />

Uma das razões por que é "difícil definir especificamente os anjos" é que a<br />

angelologia não se constitui no enfoque primário das Escrituras. Os contextos angelicais<br />

sempre têm Deus, ou Cristo, como seu ponto central (Is 6.1-3; Ap 4.7-11). A maioria dos<br />

aparecimentos de anjos é fugaz, sem ser provocada nem predita. Tais manifestações<br />

confirmam verdades, mas nunca as produzem por si mesmas. "Quando os anjos são<br />

mencionados, é sempre para informar-nos mais a respeito de Deus, o que Ele faz, e como<br />

o faz" 2 - bem como o que Ele requer.<br />

A ênfase primária da Bíblia, portanto, é o Salvador, e não os seus servos; o Deus dos<br />

anjos, e não os anjos de Deus. Anjos podem ser escolhidos como método ocasional para<br />

revelação, mas nunca se constitutem na mensagem. O estudo dos anjos, contudo, pode ser<br />

um desafio ao coração bem eomo ao intelecto. Embora sejam mencionados várias vezes<br />

tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, "na maior parte das vezes, podemos dizer<br />

com toda a franqueza, não nos dizem respeito. Nossa responsabilidade é aprender a amar<br />

a Deus e ao próximo. A caridade. A santidade. Aí, sim, temos o trabalho vitalício e que<br />

nos é bem definido." 3<br />

A velha pergunta escolástica que, na verdade, não passa de exercício de lógica:<br />

Quantos anjos conseguem dançar na cabeça de um alfinete? é irrelevante, pois não<br />

transforma o caráter humano. 4 Não obstante, a angelologia pode encorajar as virtudes<br />

cristãs como estas:<br />

1. A humildade. Os anjos são seres que, apesar de habitarem junto ao trono de Deus,<br />

servem continuamente aos salvos de maneira invisível e, às vezes, imperceptivelmente.<br />

São o mais puro exemplo de serviço humilde; buscam somente a glória de Deus e o bem<br />

dos fiéis. Eles são uma lição prática de como deve e pode ser o serviço cristão.<br />

2. Confiança, segurança, e serenidade. Nos tempos de desespero, Deus coloca esses<br />

seres poderosos para ajudar os mais fracos entre os crentes. Por isso, a tranquilidade e a<br />

confiança têm de caracterizar o viver cristão.<br />

3. Responsabilidade cristã. Tanto Deus quanto os anjos estão presenciando as ações<br />

mais ímpias dos cristãos (1 Co 4.9). Que motivação para o crente comportar-se de modo<br />

digno!<br />

4. Otimismo sadio. Desafiando o próprio maligno, os bons anjos escolheram - e<br />

continuam a escolher - servir ao santo propósito de Deus. Seu exemplo, pois, torna<br />

plausível o serviço dedicado a um Deus perfeito neste universo imperfeito. No futuro, os<br />

anjos serão os instrumentos do afastamento definitivo de todos os ímpios (Mt 13.41-42,<br />

49-50. Esse fato encoraja-nos a perseverar em meio a todas as situações da vida.<br />

5. Um conceito cristão do próprio eu. Homens e mulheres foram criados "pouco<br />

menor... do que os anjos" (SI 8.5). Mesmo assim, em Cristo, a humanidade redimida é<br />

elevada muito acima desses magníficos servos de Deus (Ef 1.3-12).

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