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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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própria natureza de Deus. E o amor inabalável, concedido livre e gratuitamente. O amor é<br />

o âmago em cada um desses textos bíblicos (Rm 12.9-21; 1 Co 13; Ef 4.25 -5.2).<br />

Realmente, o amor é o princípio ético, a força motivadora e a metodologia correta para<br />

todos os ministérios. 43 Sem o amor, há pouco benefício ao próximo e nenhum para quem<br />

exerce o dom. Os desentendimentos surgem, e a Igreja fica dividida; as pessoas saem<br />

magoadas. O amor forma o alicerce para o ministério com os dons e o contexto em que<br />

estes devem ser recebidos e entendidos.<br />

Gozo<br />

A palavra grega chara, que traduzimos por "gozo" ou "alegria", inclui a ideia de um<br />

deleite ativo. Paulo fala em regozijar-se na verdade (1 Co 13.6). O termo também está<br />

estreitamente ligado à esperança. Paulo fala em regozijar-se na esperança (Rm 12.12). E a<br />

expectativa positiva de que Deus está operando na vida dos nossos irmãos na fé, uma<br />

celebração da nossa futura vitória total em Cristo. A alegria é o âmago da adoração. Os<br />

deveres pesados são transformados em deleite, o ministério é elevado a um plano mais<br />

alto e a operação dos dons torna-se cintilante com essa alegria.<br />

PAZ<br />

A palavra grega eirênê inclui a ideia de harmonia, saúde, integridade e bem-estar.<br />

Em nossos relacionamentos, devemos viver em paz com todos (Rm 12.18); no exercício<br />

dos dons, Deus não é um Deus de desordem, mas de paz (1 Co 14.33); e, na assembleia,<br />

devemos esforçar-nos por manter a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4.3). A paz<br />

é condição fundamental para progredirmos na união, para acolhermos os ministérios de<br />

outras pessoas e para aprendermos, ainda que através dos fracassos. O exercício dos dons<br />

deve levar à maior união e paz. Reconhecemos a necessidade que temos uns dos outros,<br />

sabemos que as bênçãos divinas fluem através das outras pessoas, pois nenhum dom é<br />

exercido numa manifestação perfeita, e todos cometemos enganos. Por isso, é<br />

fundamental aprendermos a tratar com ternura uns aos outros e a buscar o sumo bem de<br />

todos.<br />

LONGANIMIDADE<br />

A palavra grega makrothumia refere-se à paciência que temos com nosso próximo.<br />

Ser longânime é tolerar a má conduta dos outros contra nós, sem nunca buscar vingança.<br />

Dentro em breve, os cristãos em Roma passariam por perseguições. Sob tensão e<br />

sofrimento, os cristãos podem vir a ter menos paciência uns com os outros, de modo que<br />

Paulo conclama: "Sede pacientes na tribulação" (Rm 12.12). Ao ensinar sobre os dons,<br />

Paulo inicia tratando da paciência com as pessoas e termina com a paciência nas<br />

circunstâncias (1 Co 13.4, 7). Para nós, que formamos a Igreja, leva tempo<br />

amadurecermos através de todas as diferenças que provêm das nossas culturas, níveis<br />

educacionais e personalidades. Por isso, Paulo nos conclama a ser completamente<br />

humildes e mansos, "com longanimidade" (Ef 4.2).<br />

Para um ministério pleno no Espírito, precisamos aprender juntos e juntamente<br />

cometer enganos, crescer, perdoar e confrontar-nos com amor, sem qualquer atitude de<br />

crítica. Tudo isso, só com paciência! Sempre que o poder de Deus é manifesto é<br />

importante olharmos para Ele, e não para nossas próprias insuficiências. Assim, não<br />

agiremos precipitadamente nem iremos a extremos prejudiciais à Igreja.<br />

BENIGNIDADE<br />

A palavra grega chrêstotês nos faz lembrar Cristo, o exemplo supremo da<br />

benignidade. Paciência e benignidade estão juntas na primeira linha da descrição do amor<br />

de Deus (1 Co 13.4). Paulo nos conclama a seguir o exemplo de Cristo, a sermos benignos

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