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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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Igreja invisível, mas não a ponto de desconsiderar ou menosprezar a importância da<br />

organização da Igreja visível. Sugere que, embora haja distinções entre a Igreja visível e a<br />

invisível, é importante adotarmos uma abordagem abrangente, de maneira que<br />

procuremos deixar as duas serem tão idênticas quanto possível. "Assim como nenhum<br />

crente verdadeiro deve estar fora da comunhão, devemos também diligenciar a fim de<br />

garantirmos que somente crentes verdadeiros estejam dentro da comunhão". 23<br />

"Seria impossível entender a natureza e o caráter verdadeiros da Igreja (local ou<br />

universal, visível ou invisível) sem reconhecer que ela, desde o seu início, tem recebido<br />

poder e orientação do Espírito Santo. Pode-se perceber esse fato pelo que Lucas deixou<br />

registrado em Atos dos Apóstolos: o início e desenvolvimento da Igreja, as três primeiras<br />

décadas da sua existência. As epístolas posteriores do Novo Testamento e a continuação<br />

da história da Igreja dão ainda mais ênfase ao papel vital do Espírito Santo na sua<br />

trajetória. Imediatamente antes da ascensão, Jesus declarou aos seus discípulos: "Mas<br />

recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas<br />

tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (At 1.8).<br />

Com referência ao ministério do Espírito, que viria dentro em breve a revesti-los de<br />

poder, Jesus antecipara aos seus seguidores que estes fariam coisas ainda maiores que as<br />

que o viam fazer (Jo 14.12). A promessa foi confirmada a partir do derramamento<br />

incomparável do Espírito Santo, no dia de Pentecostes.<br />

O leitor de Atos dos Apóstolos fica maravilhado, não somente diante da grande<br />

aceitação inicial dos primeiros dons, profecia e exortação, exteriorizados pelo apóstolo<br />

Pedro - cheio do Espírito Santo - quando cerca de três mil pessoas foram salvas, mas<br />

também diante da continuada aceitação por aqueles que foram alcançados pelo ministério<br />

de uma Igreja revestida do poder do Espírito Santo e por Ele equipada (ver At 2.47;<br />

4.4,29-33; 5.12-16 etc). No tocante à mensagem de Pedro no dia de Pentecostes, certo<br />

estudioso evangélico (não-pentecostal) declara: "Realmente não podemos explicar os<br />

resultados do sermão de Pedro simplesmente pela perícia com que foi preparado e<br />

pregado. A razão do seu sucesso acha-se no poder do Espírito Santo". Semelhantemente,<br />

o mesmo estudioso declara que a continuada eficácia dos crentes primitivos descrita em<br />

Atos dos Apóstolos não pode ser explicada em termos de capacidade e esforço próprios:<br />

"Não eram pessoas incomuns. Os resultados eram uma consequência do ministério do<br />

Espírito Santo". 24<br />

O Espírito Santo continuava a fortalecer e orientar a Igreja após a era<br />

neotestamentária. Contrariamente à opinião popular em alguns arraiais não-pentecostais,<br />

os dons e manifestações do Espírito Santo nãc/cessaram no fim da era apostólica, mas<br />

continuaram nos séculos que se seguiam ao período do Novo Testamento. 25 Conforme<br />

observado numa seção anterior, há poucas dúvidas de que, à medida que a Igreja se<br />

expandia, alcançava existência jurídica e aceitação e se tornava cada vez mais formal e<br />

institucionalizada, seu senso de dependência imediata da orientação e capacitação do<br />

Espírito começou a desvanecer. Vários movimentos reavivalistas, no entanto,<br />

proporcionam evidências históricas de que a posição de destaque do Espírito não foi totalmente<br />

esquecida ou desconsiderada.<br />

A Igreja moderna, especialmente os membros alistados entre as centenas de milhões<br />

de crentes pentecostais existentes no mundo inteiro, jamais devem perder de vista a<br />

importância bíblica e teológica de continuar prestando atenção e obediência à soberana<br />

atuação do Espírito de Deus. Suas ações são manifestas, não somente em demonstrações<br />

incomuns de poder miraculoso como também de maneira normativa, cuja orientação e<br />

assistência é às vezes quase imperceptível (cf. 1 Rs 19.11,12). A Igreja hodierna precisa<br />

manter-se receptiva e submissa à direção e suave orientação do Espírito Santo. Somente<br />

assim o cristianismo contemporâneo poderá proclamar afinidade com a Igreja do Novo<br />

V

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