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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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achava que conseguiria sentir as coisas, quer fosse um espírito desencarnado, quer não. O<br />

"sono", portanto, pode aplicar-se somente ao corpo. 37 Outros supõem que a pessoa, depois<br />

da morte, não cessa de existir, mas fica num estado de letargia. Certamente, nem Lázaro,<br />

nem Abraão, nem o rico estavam inconscientes, ou em estado de letargia. Sabiam o que<br />

estava acontecendo, e Lázaro estava sendo "consolado" (Lc 16.25).<br />

Os católicos romanos ensinam que todos, menos alguns santos e mártires especiais, 38<br />

precisam passar pelo purgatório (uma condição mais do que um local) a fim de serem<br />

preparados para entrar no céu. 39 Agostinho introduziu essa ideia no século IV, mas a<br />

palavra "purgatório" não foi usada a não ser no século XII. E essa doutrina não foi<br />

elaborada completamente a não ser no Concílio de Trento no século XVI. 40 A doutrina do<br />

purgatório revelou ser lucrativa para a Igreja Católica Romana, mas dava a aparência de<br />

que Deus estaria demonstrando favoritismo aos ricos, cujos parentes não teriam<br />

dificuldade em pagar as missas exigidas para tirá-los rapidamente do purgatório.<br />

Alguns católicos também conjecturaram que existe uma condição chamada Limbo<br />

para os nenés não batizados, e outra para os santos do Antigo Testamento, onde sofriam<br />

castigos temporários até à morte de Jesus. Então, a alma de Jesus desceu até este último<br />

Limbo "a fim de lhes dar a visão beatifica de Deus", e desde a sua ascensão têm estado no<br />

céu. Limbo (para as criancinhas) "agora é geralmente rejeitado", preferindo-se a ideia de<br />

que as criancinhas e os severamente retardados receberão, depois da morte, a oferta<br />

divina da vida eterna, e que terão a possibilidade de aceitá-la ou rejeitá-la. 41<br />

O espiritismo ensina que médiuns conseguem comunicar-se com os mortos, e que os<br />

espíritos dos mortos permanecem perto da terra. G. W. Butterworth explica: "Há uma<br />

insistência quase universal, indicando que o mundo supraterrestre é composto de sete ou<br />

oito esferas, sendo cada uma um pouco mais alta do que a esfera anterior". 42 Isso contraria<br />

a garantia de que, na morte, o crente está "presente com o Senhor".<br />

Várias religiões orientais, por causa do seu conceito cíclico da História, ensinam a<br />

reencarnação. Na morte, a pessoa recebe uma nova identidade, e nasce noutra vida como<br />

animal, um ser humano, ou até mesmo um deus. Sustentam que as ações da pessoa geram<br />

uma força, karma, que exige a transmigração das almas e determina o destino da pessoa<br />

na próxima existência. 43 A Bíblia, todavia, deixa claro que agora é o dia da salvação (2<br />

Co 6.2). Não podemos salvar-nos mediante as nossas boas obras. Deus tem<br />

providenciado por meio de Jesus Cristo a salvação total que expia os nossos pecados, e<br />

cancela a nossa culpa. Não precisamos doutra vida para cuidar dos pecados e enganos<br />

desta vida, ou de quaisquer supostas existências anteriores. Além disso: "E como aos<br />

homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também<br />

Cristo, oferecen-do-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,<br />

sem pecado, aos que o esperam para a salvação [inclusive a plenitude das bênçãos da<br />

nossa herança]" (Hb 9.27,28).<br />

Fica claro, também, que quando Moisés e Elias apareceram no monte da<br />

Transfiguração, ainda eram Moisés e Elias. Jesus Cristo também manteve a sua<br />

identidade depois da sua morte e ressurreição, e "este mesmo Jesus", e não alguma<br />

reencarnação, voltará à terra (At 1.11).<br />

Os TEMPOS DO FIM<br />

Os seguidores de Jesus que o viram subir ao céu receberam a garantia da sua volta (At<br />

1.11). Quando, então, o Evangelho veio aos gentios "em poder e no Espírito Santro, e em<br />

muita certeza", muitas pessoas "dos ídolos se converteram a Deus, para servir ao Deus<br />

vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber,<br />

Jesus, que nos livra da ira futura" (1 Ts 1.5,9,10). Embora muitos sofressem a<br />

perseguição, acreditavam que "se sofrermos, também com ele reinaremos" (2 Tm 2.12).

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