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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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terão algum tipo de corpo, e serão julgados segundo as suas obras (pelos registros divinos,<br />

que sem dúvida incluem sua rejeição a Cristo e sua obediência a Satanás, bem como seus<br />

outros pecados, públicos e particular). O Livro da Vida também estará aberto nessa<br />

ocasião, provavelmente como evidência de que seus nomes não constam dele.<br />

A Bíblia fala doutros julgamentos, mas sem oferecer pormenores da ocasião ou do<br />

local. Paulo menciona que os santos (todos os verdadeiros crentes, pois estão dedicados à<br />

adoração e serviço do Senhor) julgarão o mundo e os anjos, e contrasta esse fato com esta<br />

vida (1 Co 6.2,3). Isso pode acontecer durante o Milênio.<br />

Alguns entendem que Mateus 25.31-46, onde se fala sobre a separação dos justos e<br />

injustos "uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas" (v. 32), é um julgamento<br />

especial das nações no início do Milênio. E um julgamento de obras, que<br />

reconhece que o que é feito ou deixa de ser feito para o próximo, é feito ou deixa de ser<br />

feito para o próprio Cristo. Seja o que for que fizermos, devemos fazer como para o<br />

Senhor. A palavra "nações" 102 significa povos, e não estados nacionais. Os atos são feitos<br />

por indivíduos que se importam com os irmãos (e irmãs) de Cristo, ou que os<br />

negligenciam. 103 Os resultados são uma herança para os bem-aventurados, e o fogo eterno<br />

para os demais, fogo este preparado para o diabo e seus anjos. Logo, o estado final, e não<br />

o Milênio, está em vista nesse quadro. James Oliver Buswell faz uma sugestão<br />

interessante. Posto que a cena é "de vasta perspectiva cósmica" é possível que Jesus tenha<br />

colocado o seu tribunal e o Grande Trono Branco num só quadro, visando a lição, sem<br />

indicar a diferença cronológica entre os dois. 104<br />

O ESTADO FINAL DOS ÍMPIOS<br />

A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que vai além de toda<br />

a imaginação. São as "trevas exteriores", onde haverá choro e ranger de dentes por causa<br />

da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30; Rm 2.8,9; Jd<br />

13). É uma "fornalha de fogo" (Mt 13.42,50), onde o fogo pela sua natureza é<br />

inextinguível (Mc 9.43; Jd 7). Causa perda eterna, ou destruição perpétua (2 Ts 1.9), e "a<br />

fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre" (Ap 14.11; cf. 20.10). 105 Jesus usou a<br />

palavra Gehenna como o termo aplicável a isso.<br />

Gehenna é um nome aramaico do Vale de Hinom, uma ravina estreita que vai do oeste<br />

ao sul de Jerusalém. Durante o declínio do reino de Judá, os judeus apóstatas ofereciam<br />

seus filhos ali como sacrifício ao deus amonita Moloque, através do fogo (2 Rs 23.10; Jr<br />

7.31). Por isso, os judeus nos tempos do Novo Testamento fizeram deste um depósito de<br />

lixo municipal, e aí sempre havia fogo ardendo. E Jesus fez alusão figurada a ele como o<br />

lugar do juízo final, o lago de fogo. 106 Ali, as chamas de enxofre demonstravam quão<br />

desagradável o fogo será. As trevas também indicam que os ímpios estarão excluídos da<br />

luz de Deus. A fé, esperança e amor que sempre permanecem para nós (1 Co 13.13) faltarão<br />

eternamente naquele ambiente. 107 O "repouso" do qual desfrutaremos nunca estará à<br />

disposição deles, e nem a alegria e paz que nosso Senhor dá àqueles que creem. Será,<br />

também, um lugar de solidão, excluído da comunhão com Deus. E a amargura e o ranger<br />

dos dentes, bem como sua natureza caída e imutável, impedirá a comunhão uns com os<br />

outros. 108<br />

Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14),<br />

pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15), será o único lugar<br />

onde a morte existirá. 109 E então que a vitória de Cristo sobre a morte, como o salário do<br />

pecado, será final e plenamente consumada (1 Co 15.26). Mas nos novos céus e terra não<br />

haverá mais morte (Ap 21.4).

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