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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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eclesiástico muitas vezes diferem grandemente entre os vários grupos, mas têm em<br />

comum a forma que identifica o sistema episcopal.<br />

A forma presbiteriana de constituição eclesiástica deriva seu nome do cargo e função<br />

bíblicos do presbuteros ("presbítero" ou "ancião"). Este sistema de governo tem um<br />

controle menos centralizado que o modelo episcopal: confia na liderança de<br />

representação. Cristo é reconhecido como o Cabeça da Igreja (em última análise) e os<br />

escolhidos (usualmente por eleição) para ser seus representantes diante da igreja lideram<br />

nas atividades normais da vida cristã (adoração, doutrina, administração etc).<br />

Assim como na forma episcopal, a aplicação do sistema presbiteriano varia de<br />

denominação para denominação. Todavia o modelo normalmente consiste em pelo<br />

menos quatro níveis. O primeiro (de baixo para cima) é a igreja local, governada pelo<br />

"concílio", que consiste em "anciãos governantes" (ou diáconos) e "anciãos ensinantes"<br />

(ou ministros). O segundo nível (para cima) de autoridade é o presbitério, que consiste em<br />

anciãos governantes e ensinantes de determinado distrito geográfico. Num plano ainda<br />

mais alto, temos o sínodo e, finalmente, na posição suprema de autoridade chegamos à<br />

Assembleia Geral (ou Supremo Concílio). , Da mesma forma, os níveis são dirigidos por<br />

líderes (clérigos e leigos) que agem como representantes dos membros, por estes eleitos, e<br />

são responsáveis pela orientação espiritual e pragmática. Embora não haja nenhuma forte<br />

autoridade centralizada, como no sistema episcopal, as igrejas que compõem o sistema<br />

presbiteriano têm um forte vínculo de comunhão e uma tradição de doutrina e prática<br />

comuns. Entre as igrejas que adotam esta forma de constituição eclesiástica estão as<br />

presbiterianas e as reformadas e alguns grupos pentecostais, inclusive, em grande<br />

medida, as Assembleias de Deus (a respeito das quais ainda forneceremos mais dados).<br />

A terceira forma de governo eclesiástico é o sistema congregacional. Conforme<br />

sugere o nome, seu enfoque de autoridade recai sobre o corpo local de crentes. Entre os<br />

três tipos principais de constituição eclesiástica, é o sistema congregacional que mais<br />

controle coloca nas mãos dos leigos e mais se aproxima da pura democracia. A<br />

congregação local é considerada autônoma nas suas tomadas de decisões, sendo que<br />

nenhuma pessoa ou organização tem autoridade sobre ela, a não ser Cristo, o verdadeiro<br />

Cabeça da Igreja. Não sugerimos com isso que as igrejas congregacionais ajam em total<br />

isolamento ou sejam indiferentes às crenças e costumes das igrejas irmãs. As igrejas<br />

congregacionais da mesma convicção teológica desfrutam normalmente de fortes laços<br />

de comunhão, e não raro esforçam-se para cooperar entre si nos programas de maior<br />

escala, como as missões ou a educação (conforme se vê, por exemplo, dentro da<br />

Convenção Batista do Sul dos EUA). Ao mesmo tempo, apesar do forte senso de união e<br />

coesão quanto ao propósito e ministério globais, a associação dessas igrejas é voluntária,<br />

e não obrigatória. E sua estrutura tem mais elasticidade que a presbiteriana ou,<br />

especialmente, mais que a episcopal. Entre as igrejas que operam segundo o modelo<br />

congregacional estão a maioria das associações batistas, a Igreja Congregacional e muitas<br />

igrejas contidas no amplo espectro dos movimentos eclesiásticos independentes.<br />

Os seguidores de qualquer um dos três principais sistemas de governo acreditam no<br />

apoio do Novo Testamento à sua forma de constituição eclesiástica. Por exemplo, uma

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