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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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CAPÍTULO QUATRO<br />

O Deus Único e Verdadeiro<br />

Russell E. Joyner<br />

Muitas teologias sistemáticas do passado tentaram classificar os atributos morais e a<br />

natureza de Deus. O Supremo Ser, porém, não se revelou simplesmente para<br />

transmitir-nos conhecimentos teóricos a respeito de si mesmo. Pelo contrário: a revelação<br />

que Ele fez de si mesmo está vinculada a um desafio pessoal, a uma confrontação e a<br />

oportunidade de o homem reagir positivamente a essa revelação. Isso fica evidente<br />

quando o Senhor se encontra com Adão, com Abraão, com Jacó, com Moisés, com Isaías,<br />

com Maria, com Pedro, com Natanael e com Marta. Juntamente com estas e muitas outras<br />

testemunhas (ver Hb 12.1), podemos testificar que estudamos a fim de conhecê-lo<br />

experimentalmente, e não somente para saber a respeito dEle. "Celebrai com júbilo ao<br />

SENHOR, todos os moradores da terra. Servi ao SENHOR com alegria e apresentai-vos a<br />

ele com canto. Sabei que o SENHOR é Deus" (SI 100.1-3). Todos os textos bíblicos que<br />

examinarmos devem ser estudados com um coração disposto à adoração, ao serviço e à<br />

obediência ao Único e Verdadeiro Deus.<br />

Nossa maneira de compreender a Deus não deve basear-se em pressuposições a<br />

respeito dEle, ou em como gostaríamos que Ele fosse. Pelo contrário: devemos crer no<br />

Deus que existe, e que optou por se revelar a nós através das Escrituras. O ser humano<br />

tende a criar falsos deuses, nos quais é fácil crer; deuses que se conformam com o modo<br />

de viver e com a natureza pecaminosa do homem (Rm 1.21-25). Essa é uma das<br />

características das falsas religiões. Alguns cristãos até mesmo caem na armadilha de se<br />

desconsiderar a auto-, revelação divina para desenvolver um conceito de Deus que está<br />

mais de acordo com as suas fantasias pessoais do que com a Bíblia, que é a nossa fonte<br />

única de pesquisa, que nos permite saber que Deus existe e como Ele é.<br />

A EXISTÊNCIA DE DEUS<br />

A Bíblia não procura oferecer-nos qualquer prova racional quanto à existência de<br />

Deus. 1 Pelo contrário: ela já começa tomando a sua existência como pressuposição básica:<br />

"No princípio, Deus"(Gn 1.1). Deus existe! Ele é o ponto de partida. Por toda a Bíblia,<br />

há evidências substanciais em favor de sua existência. Se de um lado "disseram os néscios<br />

no seu coração: Não há Deus" (SI 14.1); por outro: "os céus manifestam a glória de Deus,<br />

e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (SI 19.1). Deus se tornou conhecido<br />

mediante o seu ato de criar e de sustentar tudo quanto existe. Ele dá vida, alento (At<br />

17.24-28), alimento e alegria (At 14.17). Essas ações são acompanhadas por palavras que<br />

interpretam o seu significado e relevância, fornecendo um registro que explica sua<br />

presença e propósito. Deus também revela a sua existência através do ministério dos<br />

profetas, sacerdotes, reis e servos fiéis. Finalmente, Deus se revelou claramente a nós<br />

mediante o Filho e por intermédio do Espírito Santo que em nós habita.<br />

Os que, entre nós, acreditam que Deus haja se revelado nas Escrituras, descrevem a<br />

Deidade única e verdadeira tendo como base sua auto-revelação. Vivemos, todavia, num<br />

mundo que, via de regra, não aceita esse conceito da Bíblia como fonte primária de<br />

informação. E são muitas as pessoas que preferem confiar na engenhosidade e percepção<br />

humanas para lograrem alcançar uma descrição particular da Deidade. Para<br />

acompanharmos os passos do apóstolo Paulo na obra de se conduzir a humanidade das

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