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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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São "santos", isto é: dedicados a Deus e à sua vontade. Porque a sua ressurreição é<br />

semelhante à ressurreição de Cristo, nunca mais morrerão. A "segunda morte" (o lago de<br />

fogo) não terá, portanto, nenhum poder sobre eles.<br />

SATANÁS É SOLTO<br />

O Apocalipse não oferece nenhum pormenor do Milênio, provavelmente porque as<br />

profecias anteriores já sejam suficientes. Depois dos mil anos, Satanás será solto, provavelmente<br />

para levar a uma vindicação final da justiça de Deus. Isto é: embora as pessoas<br />

tenham experienciado o governo maravilhoso de Cristo, parece que seguirão a Satanás na<br />

primeira oportunidade que se lhes ofereça. 100 Assim fica demonstrado que, com ou sem<br />

conhecimento de como é o reino de Cristo, o inconversos se rebelam. Na sua justiça, Deus<br />

nada mais poderá fazer senão separá-los eternamente das suas bênçãos. Satanás, o grande<br />

enganador, também engana a si mesmo, a ponto de acreditar que ainda conseguirá<br />

derrotar a Deus. Mas sua derradeira tentativa fracassará. Nunca mais haverá rebelião<br />

contra Deus e o seu amor.<br />

OS JULGAMENTOS<br />

Na Bíblia inteira, Deus é visto como justo Juiz. Ele pronunciou juízos, nos tempos<br />

antigos, contra Israel e também contra as nações. No fim desta era, Ele continuará sendo o<br />

justo Juiz, só que esse juízo será realizado através do Filho, pois "o Pai a ninguém julga,<br />

mas deu ao Filho todo o juízo, para que todos honrem o Filho, como honram o Pai" (Jo<br />

5.22,23; cf. 2 Tm 4.8).<br />

O arrebatamento não é nenhuma "fuga". Os crentes estarão para sempre com o<br />

Senhor. Mas todos, sem exceção, estarão sujeitos ao juízo quando comparecerem na sua<br />

presença (Rm 14.10-12; 1 Co 3.12-15; 2 Co 5.10). O tribunal, ou trono (gr. bêma, Rm<br />

14.10) de Deus, é também chamado o tribunal de Cristo (2 Co 5.10). Ali cada um receberá<br />

"segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem [gr. agathon, "espiritual e<br />

moralmente bom ou útil aos olhos de Deus"] ou mal [gr. pbaulos, "sem valor, iníquo;<br />

inclusive egoísmo, inveja, e preguiça"] (2 Co 5.10). 101 Nada ficará oculto (Rm 2.16).<br />

Tudo será julgado: nossas palavras, nossos atos, nossos motivos, nossas atitudes e nosso<br />

caráter (Mt 5.22;12.36,37; Mc 4.22; Rm 2.541,16; Ef 6.8; 1 Co 3.13; 4.5; 13.3). De tudo,<br />

isso, nossos motivos (especialmente o amor) e nossa fidelidade parecem ser da maior<br />

importância (Mt 25.21,23; Lc 12.43; 1 Co 13.3; Cl 3.23,24; Hb 6.10). Poderão fazer a<br />

diferença entre nossas ações serem consideradas "ouro, prata, pedras preciosas" ou<br />

"madeira, feno, palha" (1 Co 3.12).<br />

Esse julgamento inclui a possibilidade ou de "perda" (1 Co 3.15) ou de "galardão"<br />

(Rm 2.10; 1 Co 3.12-14; Fp 3.14; 2 Tm 4-8; 2 Jo 8). Devemos permanecer "nele [Cristo],<br />

para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por<br />

ele na sua vinda" (1 Jo 2.28). Doutra forma, corremos o perigo de serem queimadas todas<br />

as nossas obras (1 Co 3.13-15). Somente aqueles que corresponderem com amor e fé à<br />

graça, às capacidades e às responsabilidades que Deus lhes tiver dado, ouvirão Jesus<br />

dizer: "Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei;<br />

entra no gozo do teu senhor" (Mt 25.21,23). Embora não sejamos salvos pelas nossas<br />

obras, fomos "criados em Cristo Jesus para as boas obras" (Ef 2.10). Assim como nos diz<br />

Romanos 1.7, o justo juízo de Deus dará a vida eterna "aos que, com perseverança em<br />

fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção".<br />

Depois de Satanás ter sido lançado no lago de fogo, aparece um enorme trono branco<br />

- branco porque irradia a santidade, majestade e glória de Deus (Ap 20.11). Em pé diante<br />

dele há os mortos, "grandes e pequenos", ou seja: independentemente da sua condição na<br />

terra. (Esse número não, inclui aqueles mencionados em Ap 20.4, pois estes já estão<br />

ressuscitados com novos corpos imortais que não poderão morrer nem sequer entrar em<br />

decadência). Foram ressuscitados para o julgamento. Posto que a ressurreição é corpórea,

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