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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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poderosos do Espírito Santo que nos levam a "abundar em esperança pela virtude do<br />

Espírito Santo" (Rm 15.13). 3 Dessa maneira, o Espírito Santo que nos batiza e nos dá a<br />

sua plenitude é "o penhor [primeira prestação] da nossa herança" (Ef 1.14). Paulo também<br />

nos mostra que a nossa esperança não é incerta; é tão segura quanto qualquer coisa que já<br />

possuímos. O único motivo por que a promessa da nossa ressurreição, do nosso corpo<br />

glorificado, do nosso reinar com Cristo, e do nosso futuro eterno é chamada "esperança" é<br />

porque ainda não os alcançamos (Rm 8.24,25). 4 Essa esperança, porém, nunca nos<br />

decepcionará, nem nos envergonhará por termos confiado nela, porque ela é mantida viva<br />

e demonstrada como verdadeira pelo amor de Deus que o Espírito Santo derramou em<br />

nosso coração (Rm 5.5). 5 O fato de Ele ter enviado o seu Filho para morrer por nós é a<br />

demonstração suprema desse amor, e assegura-nos que esse mesmo amor fornecerá tudo<br />

quanto é necessário para nos acompanhar até chegarmos à glória eterna (Jo 3.16; Rm<br />

5.8-10; 8.18,19).<br />

Paulo declara enfaticamente que, sem Cristo, as pessoas não têm esperança (Ef 2.12);<br />

isto é: não têm o tipo de esperança a que a Bíblia se refere. Muitas outras religiões têm um<br />

conceito cíclico da História, como se tudo se repetisse, não oferecendo nenhum alvo<br />

futuro. O Hinduísmo busca cessar qualquer desejo pela vida a fim de sair da roda do<br />

nascimento, da morte e da reencarnação. Alguns gregos e romanos buscavam no passado<br />

leis que governassem aquilo que consideravam ser a repetição eterna da História, e os<br />

resultados eram usualmente pessimistas. Quando, portanto, as pessoas se interessavam<br />

pelo futuro, na maioria dos casos tratava-se do futuro imediato, que procuravam<br />

influenciar ou evitar mediante a astrologia, a quiromancia e várias práticas do ocultismo<br />

ou da adoração pagã. Muitos daqueles que se voltam contra a Bíblia hoje, abraçam vãs<br />

esperanças no progresso evolucionário ou nos sonhos comunistas. 6<br />

A Bíblia rejeita, como falsas, todas essas expectativas, pois vazias, sem sentido,<br />

degradantes, vilificantes. Os crentes têm uma melhor esperança, em e através de Cristo,<br />

que é pessoalmente a nossa esperança (Cl 1.27; 1 Tm 1.1). A Bíblia apresenta um<br />

conceito da História que é basicamente linear, que espera no presente e num futuro<br />

glorioso. A Epístola aos Hebreus conclama os que "pomos o nosso refúgio em reter a<br />

esperança proposta" a ficarmos grandemente encorajados: "retenhamos firmes a<br />

confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu" (Hb 6.18; 10.23).<br />

Conforme diz Paul Minear, essa esperança não é nenhuma "possibilidade vaga do<br />

futuro". 7 Desde o princípio, Deus tinha em mente as últimas coisas. E verdade que a<br />

Bíblia centraliza a sua atenção na primeira vinda de Cristo, que levou a efeito a salvação,<br />

e fez com que o futuro irrompesse no presente de forma promissora. Mas a Segunda<br />

Vinda de Cristo, que introduzirá a consumação do plano de Deus e da glória da qual<br />

compartilharemos, também está sempre em mira.<br />

Os profetas do Antigo Testamento anteviam os últimos dias sem indicarem quando<br />

exatamente ocorreriam. Seu propósito não era satisfazer a curiosidade das pessoas, mas<br />

focalizar o propósito de Deus e usar as profecias como incentivo para obedecer à vontade<br />

de Deus no tempo presente. Isaías, por exemplo, contava a respeito de um tempo em que<br />

o monte da casa de Deus seria exaltado "e concorrerão a ele todas as nações. E virão<br />

muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR... para que nos ensine o que<br />

concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas" (Is 2.2,3).<br />

Então Deus traria juízo e paz. Essa verdade levava à convocação: "Vinde, ó casa de<br />

Jacó, e andemos na luz do SENHOR" (Is 2.5). Sofonias também usou o julgamento futuro<br />

para incentivar as atitudes certas no presente: "Buscai o SENHOR... buscai a justiça,<br />

buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do SENHOR" (Sf 2.3).<br />

De modo semelhante, o Novo Testamento emprega a esperança da Segunda Vinda de<br />

Cristo como motivação. "Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a<br />

ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se<br />

a si mesmo, como também ele é puro" (1 Jo 3.2,3).

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