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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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vivamos juntamente com ele. Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos<br />

outros" ( l T s 5.9-11).<br />

Esses versículos de encorajamento referem-se à promessa já dada na mesma epístola<br />

de que "o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a<br />

trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os<br />

que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o<br />

Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos<br />

outros com estas palavras" (1 Ts 4-16-18).<br />

Somente a ressurreição dos que morreram "em Cristo" está em mira aqui. São<br />

transformados, revestidos de imortalidade "num momento, num abrir e fechar de olhos"<br />

(1 Co 15.52; ver também vv. 53,54), transformados "para ser conforme o seu corpo<br />

glorioso" (Fp 3.21). Então, os crentes que ainda estiverem vivos serão transformados e<br />

arrebatados nos ares juntamente com aqueles, num só corpo. A única exigência tanto para<br />

os mortos e, obviamente para os crentes que estiverem vivos, é que estejam "em Cristo",<br />

ou seja: num relacionamento de fé e de fidelidade nEle.<br />

"Arrebatados" (gr. harpagêsometha) 12 refere-se àquilo que é frequentemente<br />

chamado "o arrebatamento". 73 "A encontrar o Senhor"" (gr. eis apantêsin tou kuríou)<br />

pode ser traduzido "para um encontro com o Senhor". "Encontro" era frequentemente<br />

usado como termo técnico para os cidadãos marcarem um encontro com reis ou generais<br />

a alguma distância fora da cidade a fim de os escoltarem de volta a esta. 74 Essa expressão<br />

forma um paralelo com o uso da palavra parousia, "presença", "vinda", do Senhor (1 Ts<br />

4.15), que tem um sentido técnico quando se refere à volta de Cristo, e se emprega mais<br />

frequentemente a respeito do Arrebatamento. 75<br />

Por outro lado, a justiça de Deus será vindicada "quando se manifestar o Senhor Jesus<br />

desde o céu, com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos<br />

que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus<br />

Cristo... quando vier para ser glorificado nos seus santos e para se fazer admirável,<br />

naquele dia, em todos os que creem" (2 Ts 1.7,8,10). Esse texto bíblico encaixa-se bem<br />

com outros tantos que demonstram que o Reino precisa ser introduzido através do juízo<br />

(Dn 2.34,35,44,45; Ap 19.11-16).<br />

A maioria dos amilenistas e pós-milenistas, ao tratarem da Segunda Vinda de Cristo,<br />

entendem que esses dois aspectos ocorrem em conexão com uma só descida do Senhor<br />

Jesus, seguida pelo Juízo Final geral. 76 Os pré-milenistas, que são historicistas,<br />

concordam, porque não vêem um período especial de grande tribulação no fim da Era da<br />

Igreja. 77 Os pré-milenistas, que são futuristas, reconhecem uma "Grande Tribulação" no<br />

fim da presente era, mas estão divididos entre pré, midi, e pós-tribulacionistas.<br />

A maioria dos pós-tribulacionistas interpretam que a ira da qual seremos livrados (1<br />

Ts 5.9) é o estado final dos ímpios, o lago de fogo. O contexto, porém, é o do Arrebatamento.<br />

Preveem que todos os crentes com vida passarão pela Grande Tribulação; alguns<br />

supõem que muitos deles serão martirizados, ao passo que outros supõem que Deus os<br />

protegerá dalguma maneira especial, talvez assim como Deus protegeu os israelitas das<br />

pragas do Egito. 78 Argumentam que o Novo Testamento não promete que os crentes<br />

escaparão das tribulações e sofrimentos. O que eles não percebem é que a Bíblia emprega<br />

a palavra "tribulação" para falar de duas coisas diferentes. Às vezes, a palavra se refere à<br />

aflição, perseguição, perturbação, pressão e angústia de coração que as circunstâncias<br />

exteriores podem trazer ao cristão que está servindo ao Senhor num mundo que rejeita a<br />

Cristo. A mesma palavra é usada nesse sentido por Paulo quando fala que "nossa leve e<br />

momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente" (2 Co<br />

4-17). Mas os juízos da Grande Tribulação não estão na mesma categoria. São a ira de<br />

Deus (Ap 6.16; 15.1,7; 16.1).<br />

Os midi-tribulacionistas usualmente entendem que a primeira parte da Grande<br />

Tribulação será pacífica, enquanto o Anticristo estiver estabelecendo o seu domínio. A

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