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Teologia Sistemática - Stanley Horton

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por Cristo e para Ele quando "mandou, e logo foram criados" (SI 148.5; ver também Cl<br />

1.16-17; 1 Pe 3.22). E posto que os anjos "nem casam, nem são dados em casamento" (Mt<br />

22.30), formam um grupo completo, que não necessita de reprodução.<br />

Como seres criados, são perpétuos, mas não eternos. Somente Deus tem a<br />

"imortalidade" (1 Tm 6.16) no sentido de não ter começo nem fim. Os anjos tiveram um<br />

começo, mas não terão fim, pois estarão presentes nos tempos eternos e na Nova<br />

Jerusalém (Hb 12.22; Ap 21.9, 12).<br />

Os anjos têm uma natureza incomparável; são superiores aos seres humanos (SI 8.5),<br />

mas inferiores ao Jesus encarnado (Hb 1.6). A Bíblia ressalta os seguintes fatos a respeito<br />

deles:<br />

1. Os anjos são reais, mas nem sempre visíveis (Hb 12.22). Embora Deus<br />

ocasionalmente lhes conceda a visibilidade (Gn 19.1-22), são espíritos (SI 104-4; Hb 1.7,<br />

14). Nos tempos bíblicos, seres humanos experimentavam às vezes os efeitos da presença<br />

de um anjo, mas não viam ninguém (Nm 22.21-35). Às vezes, viam o anjo (Gn 19.1-22;<br />

Jz 2.1-4; 6.11-22; 13.3-21; Mt 1.20-25; Mc 16.5; Lc 24.4-6; At 5.19-20). 32 Além disso, os<br />

anjos podem ser vistos sem serem reconhecidos como anjos (Hb 13.2).<br />

2. Os anjos adoram, mas não devem ser adorados. "São incomparáveis entre as<br />

criaturas, mas nem por isso deixam de ser criaturas." 33 Correspondem com adoração e<br />

louvor a Deus (SI 148.2; Is 6.1-3; Lc 2.13-15; Ap 4-6-11; 5.1-14) e a Cristo (Hb 1.6).<br />

Como consequência, os cristãos não devem exaltá-los (Ap 22.8-9); os que o fazem,<br />

perdem a sua recompensa futura (Cl 2.18).<br />

3. Os anjos servem, mas não devem ser servidos. Deus os envia como agentes para<br />

ajudar os seres humanos, especialmente os fiéis (Êx 14.19; 23.23; 32.34; 33.2-3; Nm<br />

20.16; 22.22-35; Jz 6.11-22; 1 Rs 19.5-8; SI 34.7; 91.11; Is 63.9; Dn 3.28; At 12.7-12;<br />

27.23-25; Hb 13.2). Os anjos também mediam os juízos de Deus (Gn 19.22; ver também<br />

19.24; SI 35.6; At 12.23) e suas mensagens (Jz 2.1-5; Mt 1.20-24; Lc 1.11-38). 34 Mas eles<br />

nunca devem ser servidos, pois assemelham-se aos cristãos num aspecto muito<br />

importante: são também servos de Deus (Ap 22.9).<br />

4. Os anjos acompanham a revelação, mas não a substituem total ou parcialmente.<br />

Deus os emprega, mas não são o alvo da revelação divina (Hb 2.2ss.). No século I, surgiu<br />

uma heresia que se constituiu num "pretexto de humildade e culto dos anjos" (Cl .18).<br />

Envolvia dura disciplina do corpo sem nada fazer para refrear a indulgência sensual (Cl<br />

2.23 -NVI). Sua filosofia enfatizava as ideias falsas de que (a) os cristãos são inferiores na<br />

sua capacidade de abordarem pessoalmente a Deus; (b) os anjos têm capacidade superior<br />

nesse sentido; e (c) a adoração lhes é devida por causa da sua intervenção em nosso<br />

favor. 35 Paulo respondeu a essa heresia com um hino que glorifica a Cristo que é a fonte<br />

da nossa glória futura (Cl 3.1-4).<br />

5. Os anjos sabem muitas coisas, mas não tudo. O discernimento que têm foi-lhes<br />

concedido por Deus; não é inato nem infinito. Sua sabedoria talvez seja vasta (2 Sm<br />

14.20), mas seus conhecimentos, limitados: Não sabem o dia da segunda vinda de nosso<br />

Senhor (Mt 24-36) nem a plena magnitude da salvação dos seres humanos (1 Pe 1.12).<br />

6. O poder angelical é superior, mas não supremo. Deus simplesmente lhes empresta o<br />

seu poder, pois eles são os seus agentes especiais. Os anjos, portanto, são "maiores em<br />

força e poder" do que nós (2Pe 2.11). Como "magníficos em poder, que cumpris as suas<br />

ordens," (SI 103.20) "anjos poderosos" mediarão os juízos finais de Deus contra o pecado<br />

(2 Ts 1.7; Ap 5.2, 11; 7.1-3; 8.2-13; 9.1-15; 10.1-11; 14.6-12, 15-20; 15.1-8; 16.1-12;<br />

17.1-3, 7; 18.1-2, 21; 19.17-18). Os anjos são frequentemente usados em poderosos<br />

livramentos (Dn 3.28; 6.22; At 12.7-11) e curas (Jo 5.4). 3 6 E um anjo sozinho lançará o<br />

principal e mais poderoso inimigo dos cristãos no abismo, e o trancará ali durante mil<br />

anos (Ap 20.1-3).

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