18.01.2015 Views

teoria-geral-da-administracao

teoria-geral-da-administracao

teoria-geral-da-administracao

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

98 Introdução à Teoria Geral <strong>da</strong> Administração' IDALBERTO CHIAVENATO<br />

COM A ABORDAGEM HUMANÍSTICA, A TEORIA<br />

Administrativa passa por uma revolução conceitual:<br />

a transferência <strong>da</strong> ênfase antes coloca<strong>da</strong> na tarefa<br />

(pela Administração Científica) e na estrutura organizacional<br />

(pela Teoria Clássica) para a ênfase nas<br />

pessoas que trabalham ou que participam nas organizações.<br />

A Abor<strong>da</strong>gem Humanística faz com que a<br />

preocupação com a máquina e com o método de<br />

trabalho e a preocupação com a organização formal<br />

e os princípios de Administração ce<strong>da</strong>m priori<strong>da</strong>de<br />

para a preocupação com as pessoas e os grupos sociais<br />

- dos aspectos técnicos e formais para os aspectos<br />

psicológicos e sociológicos.<br />

A Abor<strong>da</strong>gem Humanística ocorre com o aparecimento<br />

<strong>da</strong> Teoria <strong>da</strong>s Relações Humanas, nos Estados<br />

Unidos, a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1930. Ela surgiu<br />

graças ao desenvolvimento <strong>da</strong>s ciências sociais, nota<strong>da</strong>mente<br />

a Psicologia e, em particular, a Psicologia<br />

do Trabalho. Esta passou por duas etapas em seu<br />

desenvolvimento:<br />

a. A análise do trabalho e a a<strong>da</strong>ptação do trabalhador<br />

ao trabalho. Nesta primeira etapa, domina<br />

o aspecto meramente produtivo. O objetivo<br />

<strong>da</strong> Psicologia do Trabalho - ou Psicologia<br />

Industrial- era a análise <strong>da</strong>s características humanas<br />

que ca<strong>da</strong> tarefa exige do seu executante<br />

e a seleção científica dos empregados basea<strong>da</strong><br />

nessas características por meio de testes psicológicos.<br />

Os temas predominantes são a seleção<br />

de pessoal, orientação profissional, treinamento<br />

e métodos de aprendizagem, fisiologia do<br />

trabalho e estudo dos acidentes e <strong>da</strong> fadiga.<br />

b. A a<strong>da</strong>ptação do trabalho ao trabalhador. Nesta<br />

etapa, a Psicologia Industrial está volta<strong>da</strong><br />

para os aspectos individuais e sociais do trabalho,<br />

que predominam sobre os aspectos produtivos.<br />

Pelo menos em <strong>teoria</strong>. Os temas predominantes<br />

são o estudo <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de do<br />

trabalhador e do gerente, a motivação e os incentivos<br />

do trabalho, a liderança, as comunicações<br />

e as relações interpessoais e SOCIaIS<br />

dentro <strong>da</strong> organização.<br />

A Psicologia Industrial contribuiu para demonstrar<br />

a parciali<strong>da</strong>de dos princípios de Administração<br />

adotados pela Teoria Clássica. Além do<br />

mais, as modificações ocorri<strong>da</strong>s no panorama social,<br />

econômico, político, tecnológico vieram trazer<br />

novas variáveis para o estudo <strong>da</strong> Administração.<br />

Com a grande depressão econômica que atormentou<br />

o mundo todo por volta de 1929, a busca<br />

<strong>da</strong> eficiência nas organizações passou a ser intensifica<strong>da</strong>.<br />

Essa crise mundial provocou indiretamente<br />

uma reelaboração de conceitos e uma reavaliação<br />

dos princípios clássicos de Administração<br />

até então aceitos, apesar de seu caráter dogmático<br />

e prescritivo.<br />

A abor<strong>da</strong>gem humanística <strong>da</strong> Administração começou<br />

no segundo período de Taylor, mas apenas a<br />

partir de 1930 é que recebeu enorme aceitação nos<br />

Estados Unidos, devido às suas características democráticas.<br />

Sua divulgação fora dos Estados Unidos<br />

somente ocorreu bem depois do final <strong>da</strong> Segun<strong>da</strong><br />

Guerra Mundial.<br />

Teorias Transitivas<br />

Já em meio à Teoria Clássica e antecipando-se à<br />

Teoria <strong>da</strong>s Relações Humanas, surgiram autores<br />

que - apesar de defenderem os princípios clássicos ­<br />

iniciaram um trabalho pioneiro de revisão, de crítica<br />

e de reformulação <strong>da</strong>s bases <strong>da</strong> <strong>teoria</strong> administrativa.<br />

Embora, a rigor não houvessem consoli<strong>da</strong>do<br />

uma corrente e não dispusessem de uma conexão<br />

teórica, alguns autores podem ser colocados nessa<br />

zona de transição entre o classicismo e o humanismo<br />

na Administração, tais como:<br />

1. Hugo Munsterberg (1863-1916). Foi o introdutor<br />

<strong>da</strong> psicologia aplica<strong>da</strong> nas organizações<br />

e do uso de testes de seleção de pessoal.I<br />

2. Ordway Tead (1860-1933). Foi o pioneiro a<br />

tratar <strong>da</strong> liderança democrática na administração.<br />

2<br />

3. Mary Parker Follett (1868-1933). Introduziu<br />

a corrente psicológica na Administração. 3 Rejeita<br />

qualquer fórmula universal ou única e introduz<br />

a lei <strong>da</strong> situação: é a situação concreta<br />

que deve determinar o que é certo e o que é<br />

errado. To<strong>da</strong> decisão é um momento de um

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!