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304 Introdução à Teoria Geral <strong>da</strong> Administração· IDALBERTO CHIAVENATO<br />

ambiente de forma que esse fique adequado às capaci<strong>da</strong>des<br />

delas. 45 A primeira alternativa é a<strong>da</strong>ptativa,<br />

enquanto a segun<strong>da</strong> constitui um processo político<br />

de influenciar ou negociar com o ambiente externo<br />

em vez de reagir ao mesmo. O mercado recebe o<br />

nome de ambiente, como uma arena aberta para<br />

abrir a organização a uma gama muito mais ampla<br />

de agentes e forças. A estratégia organizacional é a<br />

maneira delibera<strong>da</strong> de fazer manobras no sentido<br />

de administrar suas trocas e relações com os diversos<br />

interesses afetados por suas ações.<br />

Para os estruturalistas existem estratégias de competição<br />

e de cooperação: 46<br />

a. Competição. É uma forma de rivali<strong>da</strong>de entre<br />

duas ou mais organizações frente à mediação<br />

de terceiro grupo. No caso de organizações<br />

industriais, o terceiro grupo pode ser o<br />

comprador, o fornecedor ou outros. A competição<br />

é um complexo sistema de relações e<br />

envolve a disputa por recursos (como clientes<br />

ou compradores ou ain<strong>da</strong> membros potenciais).<br />

A competição é um processo pelo qual<br />

a escolha do objetivo pela organização é controla<strong>da</strong>,<br />

em parte, pelo ambiente. Daí, a necessi<strong>da</strong>de<br />

de disputa devido à rivali<strong>da</strong>de pelos<br />

mesmos recursos. A competição nem sempre<br />

envolve interação direta entre as partes<br />

rIVaIS.<br />

b. Ajuste ou negociação. É uma estratégia que<br />

busca negociações para um acordo quanto à<br />

troca de bens ou serviços entre duas ou mais<br />

organizações. Mesmo quando as expectativas<br />

são estáveis, a organização não pode supor a<br />

continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s relações com fornecedores,<br />

distribuidores, operários, clientes etc. O ajuste<br />

é a negociação quanto a uma decisão sobre<br />

o comportamento futuro que seja satisfatório<br />

para os envolvidos. O ajustamento periódico<br />

de relações ocorre nos acordos coletivos sindicais,<br />

nas negociações com fornecedores ou<br />

com compradores etc. Ao contrário <strong>da</strong> competição,<br />

o ajuste envolve interação direta com<br />

outras organizações do ambiente e não com um<br />

terceiro partido. O ajuste invade e permeia o<br />

processo real de decisão.<br />

c. Cooptação ou coopção. É um processo para<br />

absorver novos elementos estranhos na liderança<br />

ou no esquema de toma<strong>da</strong> de decisão de<br />

uma organização, como um recurso para impedir<br />

ameaças externas à sua estabili<strong>da</strong>de ou<br />

existênciaY Por meio de cooptação, a organização<br />

traz para dentro de si elementos vindos<br />

de outras organizações potencialmente ameaçadoras<br />

para compartilhar seu processo político<br />

de toma<strong>da</strong> de decisões e afastar possíveis retaliações.<br />

A cooptação é a aceitação de representantes<br />

de outras organizações (como bancos<br />

credores ou instituições financeiras) pelo grupo<br />

dirigente de uma organização. Aju<strong>da</strong> na integração<br />

de partes heterogêneas de uma socie<strong>da</strong>decomplexa<br />

e limita a arbitrarie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> organização<br />

na escolhá dos seus objetivos.<br />

d. Coalizão. Refere-se à combinação de duas ou<br />

mais organizações para alcançar um objetivo<br />

comum. Trata-se de uma forma extrema de condicionamento<br />

ambiental dos objetivos de uma<br />

organização. Duas ou mais organizações agem<br />

como uma só em relação a determinados objetivos,<br />

principalmente quando há necessi<strong>da</strong>de<br />

de mais apoio ou recursos que não são possíveis<br />

para ca<strong>da</strong> organização isola<strong>da</strong>mente. A<br />

coalizão exige o compromisso de decisão conjunta<br />

de ativi<strong>da</strong>des futuras e, assim, limita decisões<br />

arbitrárias ou unilaterais. É uma forma<br />

de controle social.<br />

Ao contrário <strong>da</strong> competição, as outras três estratégias<br />

- ajuste, cooptação e coalizão - são subtipos<br />

<strong>da</strong> estratégia cooperativa. As estratégias cooperativas<br />

requerem a interação direta entre as organizações<br />

do ambiente.<br />

Assim, para os estruturalistas, a estratégia é função<br />

<strong>da</strong> política organizacional: 48<br />

a. As organizações são coalizões de vários indivíduos<br />

e grupos de interesse.<br />

b. Existem diferenças duradouras entre os membros<br />

de coalizões em termos de valores, crenças,<br />

informações, interesses e percepções <strong>da</strong><br />

reali<strong>da</strong>de.

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