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teoria-geral-da-administracao

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CAPíTULO 12 • Teoria Estruturalista <strong>da</strong> Administração 307<br />

vos <strong>da</strong> organização: administram meios para a<br />

ativi<strong>da</strong>de principal, que é desempenha<strong>da</strong> pelos<br />

especialistas. Os especialistas têm a principal<br />

autori<strong>da</strong>de, enquanto os administradores têm a autori<strong>da</strong>de<br />

secundária de corpo de auxiliares. A<br />

decisão final fica nas mãos dos especialistas, enquanto<br />

os administradores aconselham.<br />

b. Organizações não-especializa<strong>da</strong>s. São as organizações<br />

de proprie<strong>da</strong>de e administração particulares<br />

e os principais meios são a produção e a<br />

ven<strong>da</strong>. Os especialistas estão subordinados à autori<strong>da</strong>de<br />

dos administradores, pois estes sintonizam<br />

melhor os objetivos <strong>da</strong> organização relacionados<br />

com o lucro. Os administradores têm a<br />

principal autori<strong>da</strong>de (hierarquia), enquanto os<br />

especialistas tratam dos meios e ativi<strong>da</strong>des secundárias.<br />

Enquanto os administradores formam<br />

a hierarquia, os especialistas formam o<br />

corpo de auxiliares que aplica o conhecimento.<br />

c. Organizações de serviços. São as organizações<br />

que exercem pequeno controle sobre a produção,<br />

pois estão à mercê dos especialistas. Esses<br />

recebem recursos, instrumentos e meios <strong>da</strong> organização<br />

para desenvolver o seu trabalho, porém<br />

nem são empregados <strong>da</strong> organização, nem<br />

estão sob o seu controle. Podem receber algum<br />

controle administrativo a respeito dos projetos<br />

realizados, do ritmo de trabalho e do público a<br />

que se dirige o produto ou o serviço <strong>da</strong> organização<br />

(como o caso dos professores de uma<br />

universi<strong>da</strong>de). Os especialistas sentem que perdem<br />

seu tempo com trabalho administrativo,<br />

que é depreciado nesse tipo de organização.<br />

2. Dilemas <strong>da</strong> organização segundo<br />

Blau e Scott<br />

Para Blau e Scotr5 7 há uma relação de mútua dependência<br />

entre conflito e mu<strong>da</strong>nça, pois as mu<strong>da</strong>nças<br />

precipitam conflitos e os conflitos geram inovações.<br />

Os conflitos, mesmo ocultos ou reprimidos pela rigidez<br />

burocrática, tornam-se a fonte inevitável <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça<br />

organizacional. Conflitos entre funcionários<br />

e clientes levam ao aparecimento de novas práticas e<br />

técnicas que aju<strong>da</strong>m a resolver esses conflitos e a reduzir<br />

temporariamente as tensões. Porém, as inovações<br />

utiliza<strong>da</strong>s para resolver um conflito criam outros.<br />

As inovações na organização ou a melhoria <strong>da</strong>s<br />

condições de trabalho dos empregados afetam, interferem<br />

e prejudicam outras inovações e melhorias já<br />

obti<strong>da</strong>s e levam a uma dinâmica dialética entre a organização<br />

formal e a organização informal.<br />

Enquanto o conflito representa um choque de interesses<br />

antagônicos, o dilema representa uma situação<br />

frente a dois interesses inconciliáveis entre<br />

si: o atendimento de um dos interesses impede o<br />

atendimento do outro. A Figura 12.6 permite uma<br />

idéia <strong>da</strong> diferença entre conflito e dilema.<br />

As organizações se confrontam com dilemas, isto<br />

é, com escolhas entre alternativas nas quais algum<br />

objetivo terá de ser sacrificado no interesse de um<br />

outro. Os conceitos de conflito e de dilema permitem<br />

a compreensão dos processos de mu<strong>da</strong>nça gerados<br />

internamente na organização. A mu<strong>da</strong>nça e o<br />

ajustamento ocorrem sempre que novas situações<br />

exijam, novos problemas surjam e novas soluções<br />

devam ser cria<strong>da</strong>s. Daí a inovação. Os problemas<br />

são endêmicos e atuam como condição interna e<br />

contínua de mu<strong>da</strong>nça dentro do sistema.<br />

Segundo Blau e Scott, há três dilemas básicos na<br />

organização formal: 58<br />

a. Dilema entre coordenação e comunicação livre.<br />

Para desempenhar suas funções, as organizações<br />

exigem uma coordenação eficiente e<br />

uma eficaz solução dos problemas administrativos.<br />

A coordenação - seja interdepartamen-<br />

CONFUTO<br />

DILEMA<br />

Figura 12.6. A diferença entre conflito e dilema.<br />

_:

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