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teoria-geral-da-administracao

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CAPíTULO 12 • Teoria Estruturalista <strong>da</strong> Administração. 3<br />

89<br />

]<br />

cia obti<strong>da</strong> na decisão contribuirá para a busca de soluções<br />

de novos problemas, tornando o desenvolvimento<br />

organizacional um processo essencialmente<br />

contínuo e dialético.<br />

3. Conflitos entre linha e assessoria ("staff")<br />

A estrutura linha-staff é caracteriza<strong>da</strong> por confrontos<br />

entre o pessoal de linha que detém autori<strong>da</strong>de linear<br />

e o pessoal de assessoria qu'e possui autori<strong>da</strong>de<br />

de "stafr. Como precisam conviver entre si, em<br />

uma dependência mútua, surgem conflitos entre linha<br />

e assessoria,60 em função de três aspectos: 61<br />

a. Ambição e comportamento individualista dos<br />

altos funcionários de linha.<br />

b. Oferta de serviços do staff para poder justificar<br />

a sua existência.<br />

c. Quando a promoção para posições mais altas<br />

<strong>da</strong> assessoria depende <strong>da</strong> aprovação de funcionários<br />

de linha ou vice-versa.<br />

Os conflitos envolvem aspectos positivos e negativos,<br />

embora as possibili<strong>da</strong>des negativas e destrutivas<br />

do conflito - tanto interno como externo - sejam<br />

m\lis visíveis. Não há melhor maneira de comprometer<br />

a saúde de uma organização do que promover<br />

um conflito interno. Também o conflito externo,<br />

provocado por forças que vêm de fora <strong>da</strong> organização<br />

pode exercer pressão fortemente desintegradora.<br />

To<strong>da</strong>via, o conflito pode apresentar potenciali<strong>da</strong>des<br />

positivas, permitindo o fortalecimento<br />

<strong>da</strong> coesão grupal e <strong>da</strong> organização informal, bem<br />

como o sentimento de pertencer à organização.<br />

EXER.CíCIO<br />

o conflito de gerações<br />

Durante déca<strong>da</strong>s a fio, Ivan Meneses dirigiu a sua em·<br />

presa com mãos de ferro. Agora, já idoso e com problemas<br />

de saúde, pretende preparar seus dois filhos<br />

como futuros sucessores na direção do negócio. Sabe<br />

que terá problemas pela frente. Seus filhos têm outrá<br />

mentali<strong>da</strong>de sobre como tocar a empresa em sua ma·<br />

neira liberal de pensar e agir. Enquanto Ivan é autocrático<br />

e impositivo, os seus filhos são extremamente democráticos<br />

e liberais. Se você fosse o consultor <strong>da</strong><br />

empresa o que faria nessa situação<br />

I<br />

Sátiras à Organização<br />

Os estruturalistas abor<strong>da</strong>m a organização sob um<br />

ponto de vista eminentemente crítico. Contudo,<br />

surgiram livros de cunho humorístico, pitoresco e<br />

irreverente que expõem à sátira o paradoxo e o aparente<br />

absurdo de alguns aspectos tradicionalmente<br />

aceitos dentro <strong>da</strong>s organizações. Demonstram o ridículo<br />

de certos princípios dogmáticos, utilizam<br />

afirmações jocosas e absolutas, exemplos perfuntórios<br />

e, sobretudo, demonstram uma visão apocalíptica<br />

<strong>da</strong> irreparável entropia <strong>da</strong>s organizações. 62 Apesar<br />

de não proporem qualquer tipo de solução, esses<br />

autores satíricos - <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem do nonsense ­<br />

apontam falhas e incongruências no processo aparentemente<br />

racional <strong>da</strong> organização. Seu sucesso literário<br />

tende a popularizar uma visão crítica, áci<strong>da</strong><br />

e negativa do funcionamento <strong>da</strong>s organizações. Obviamente,<br />

pecam pelo exagero. Incluímos tais autores<br />

na abor<strong>da</strong>gem estruturalista devido à dificul<strong>da</strong>de de<br />

enquadrá-los adequa<strong>da</strong>mente na <strong>teoria</strong> administrativa.<br />

Na reali<strong>da</strong>de, tais autores somente têm em comum<br />

a crítica acerba e contundente à organização,<br />

aspecto que notamos em quase todos os autores es-<br />

. truturalistas. Foi apenas esse traço comum que nos<br />

levou a colocá-los neste capítulo, como a menos<br />

pior <strong>da</strong>s colocações.<br />

1. Lei de Parkinson<br />

Northcote Parkinson publicou um livro no qual faz<br />

uma análise irreverente e implacável <strong>da</strong> administração<br />

burocrática. 63 Sua tese fun<strong>da</strong>mental é a lei do<br />

trabalho, também conheci<strong>da</strong> como "lei de Parkinson":64<br />

o trabalho aumenta a fim de preencher o<br />

tempo disponível para sua execução. Essa lei procura<br />

demonstrar que "um trabalho sempre se prolonga<br />

de maneira a tomar todo o tempo que para ele se<br />

tem disponível". Em outros termos, "quanto mais<br />

tempo se tem para fazer uma coisa, tanto mais tempo<br />

se leva para fazê-la". Se o trabalho é elástico em<br />

relação à necessi<strong>da</strong>de de tempo para a sua execução,<br />

e se pouca relação existe entre o trabalho a ser<br />

executado e a quanti<strong>da</strong>de de pessoas necessárias<br />

para sua execução, então a falta de uma tarefa real

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