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278<br />

Introdução à Teoria Geral <strong>da</strong> Administração· IDALBERTO CHIAVENATO<br />

4. A organização se aproxima do sistema fechado,<br />

com requisitos mínimos de mu<strong>da</strong>nça do<br />

meio. 58<br />

Perrow 59 chama a <strong>teoria</strong> burocrática de visão<br />

"instrumental" <strong>da</strong>s organizações: essas são vistas<br />

como arranjos conscientes e racionais dos meios<br />

para alcançar fins particulares. Para Perrow a burocratização<br />

envolve:<br />

1. Especialização.<br />

2. Necessi<strong>da</strong>de de controlar as influências dos<br />

fatores externos sobre os componentes internos<br />

<strong>da</strong> organização.<br />

3. Um ambiente externo imutável e estável.<br />

2. Mecanicismo e as limitações<br />

<strong>da</strong> "Teoria <strong>da</strong> Máquina"<br />

A Teoria Tradicional- cujos três modelos clássicos<br />

são os de Taylor (Administração Científica), Fayol<br />

(Teoria Clássica) e de Weber (Modelo Burocrático)<br />

- focalizou as estruturas internas, abor<strong>da</strong>ndo os<br />

problemas organizacionais em termos de sistemas<br />

fechados. O termo "<strong>teoria</strong> <strong>da</strong> máquina" (proposto<br />

por Worthy em 1950) é aplicável aos três modelos<br />

que abor<strong>da</strong>m a organização, embora constituí<strong>da</strong><br />

por pessoas, como uma máquina construí<strong>da</strong> para<br />

cumprir uma tarefa. Katz e Kahn explicam que alguns<br />

dos conceitos explícitos ou implícitos <strong>da</strong> <strong>teoria</strong><br />

<strong>da</strong> máquina são: 6o<br />

1. Especialização <strong>da</strong>s tarefas, para obter eficiência<br />

com a subdivisão <strong>da</strong>s operações em seus<br />

elementos básicos.<br />

2. Padronização do desempenho <strong>da</strong> função para<br />

garantir ausência de erros.<br />

3. Ulli<strong>da</strong>de de comando e centralização <strong>da</strong> toma<strong>da</strong><br />

de decisão. A organização não é necessariamente<br />

autodirigi<strong>da</strong>, embora concebi<strong>da</strong> como<br />

uma máquina. Para manter a coordenação do<br />

todo, as decisões devem ser centraliza<strong>da</strong>s em<br />

um só comando e deve haver uni<strong>da</strong>de de comando<br />

atrayés <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de de homem<br />

para homem dentro <strong>da</strong> cadeia escalar. Além<br />

disso, a amplitude de controle é limita<strong>da</strong> como<br />

reforço <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de comando.<br />

4. Uniformi<strong>da</strong>de de práticas institucionaliza<strong>da</strong>s,<br />

além <strong>da</strong> padronização <strong>da</strong>s tarefas. As maneiras<br />

de li<strong>da</strong>r com o pessoal são uniformes.<br />

5. Não duplicação de função a fim de se garantir<br />

a centralização.<br />

Katz e Kahn 61 salientam as fraquezas <strong>da</strong> <strong>teoria</strong> <strong>da</strong><br />

máquina, a saber:<br />

1. Pouca importância do intercâmbio do sistema<br />

com seu ambiente e as influências do meio,<br />

em constante mu<strong>da</strong>nça e exigindo modificação<br />

constante <strong>da</strong> organização.<br />

2. Limitação no intercâmbio com o ambiente. As<br />

entra<strong>da</strong>s restringem-se a matérias-primas e<br />

mão-de-obra, omitindo-se os valores e necessi<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong>s pessoas e o apoio social <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de<br />

e do público. As saí<strong>da</strong>s se restringem<br />

ao produto físico que a organização coloca no<br />

ambiente.<br />

3. Pouca atenção aos subsistemas <strong>da</strong> organização,<br />

com sua dinâmica e intercâmbio dentro<br />

<strong>da</strong> organização.<br />

4. Negligência quanto à organização informal.<br />

5. Concepção <strong>da</strong> organização como um arranjo<br />

rígido e estático de órgãos.<br />

Em suma, o modelo weberiano é mecanicista e<br />

tem mais em comum com os teóricos <strong>da</strong> gerência<br />

administrativa (como Fayol) do que com os autores<br />

posteriores a partir do modelo burocrático. 62<br />

3. Conservantismo <strong>da</strong> burocracia<br />

Bennis aponta as seguintes críticas à burocracia:<br />

1. A burocracia não considera o crescimento<br />

pessoal e o desenvolvimento <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong>s pessoas.<br />

2. Ela leva à conformi<strong>da</strong>de e ao conformismo<br />

<strong>da</strong>s pessoas.<br />

3. Ela não considera a organização informal.<br />

4. Seu sistema rígido de controle e de autori<strong>da</strong>de<br />

está ultrapassado.

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