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382 Introdução à Teoria Geral <strong>da</strong> Administração· IDALBERTO CHIAVENATO<br />

8. O DO é uma resposta às mu<strong>da</strong>nças. É um esforço<br />

educacional complexo, destinado a mu<strong>da</strong>r<br />

atitudes, valores, comportamentos e estrutura<br />

<strong>da</strong> organização, de tal maneira que<br />

essa possa se a<strong>da</strong>ptar às deman<strong>da</strong>s ambientais,<br />

caracteriza<strong>da</strong>s por novas tecnologias, novos<br />

mercados, novos problemas e desafios. O DO<br />

é uma metodologia que indica e orienta a maneira<br />

pela qual a organização se ajusta ao imperativo<br />

<strong>da</strong> rápi<strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça. A quali<strong>da</strong>de mais<br />

importante <strong>da</strong> organização é a sua sensibili<strong>da</strong>de:<br />

a capaci<strong>da</strong>de para mu<strong>da</strong>r frente às mu<strong>da</strong>nças<br />

de estímulos ou situações. A organização<br />

sensível e flexível tem a capaci<strong>da</strong>de de realocar<br />

e redistribuir seus recursos de forma a otimizar<br />

a realização <strong>da</strong> sua tarefa, pois ela é um<br />

subsistema em um ambiente que consiste em<br />

muitos outros sistemas, todos dinamicamente<br />

interdependentes."24<br />

b. As características do DO<br />

A definição do DO pressupõe certas características,<br />

como: 25<br />

1. Focalização na organização como um todo. O<br />

DO envolve a organização como um todo<br />

para que a mu<strong>da</strong>nça possa ocorrer efetivamente.<br />

A organização necessita de to<strong>da</strong>s as<br />

suas partes trabalhando em conjunto para resolver<br />

os problemas e as oportuni<strong>da</strong>des que<br />

surgem.<br />

2. Orientação sistêmica. O DO está voltado para<br />

as interações entre as partes <strong>da</strong> organização<br />

que se influenciaram reciprocamente, para as<br />

relações de trabalho entre as pessoas, bem<br />

como para a estrutura e os processos organizacionais.<br />

O objetivo do DO é fazer to<strong>da</strong>s essas<br />

partes trabalharem juntas com eficácia. A<br />

ênfase é em como as partes se relacionam entre<br />

si e não em ca<strong>da</strong> uma dessas partes toma<strong>da</strong><br />

isola<strong>da</strong>mente.<br />

3. Agente de mu<strong>da</strong>nça. O DO utiliza agentes de<br />

mu<strong>da</strong>nça, que são as pessoas que desempenham<br />

o papel de estimular, orientar e coordenar<br />

a mu<strong>da</strong>nça dentro de um grupo ou organização.<br />

O agente principal de mu<strong>da</strong>nça pode<br />

ser um consultor de fora <strong>da</strong> empresa, para que<br />

opere independentemente e sem vinculações<br />

com a hierarquia ou políticas <strong>da</strong> empresa. O<br />

executivo principal de Recursos Humanos<br />

(RH) costuma ser o agente de mu<strong>da</strong>nça inhouse<br />

que coordena o programa com a diretoria<br />

e o agente de mu<strong>da</strong>nça externo, resultando<br />

uma relação de três-vias envolvendo o executivo<br />

de RH, a diretoria e o consultor. Em alguns<br />

casos, a organização tem o seu consultor<br />

in-house. Existem ain<strong>da</strong> organizações que têm<br />

um departamento de DO para detectar e conduzir<br />

as mu<strong>da</strong>nças necessárias para aumentar<br />

a competitivi<strong>da</strong>de organizacional. O administrador<br />

está se tornando um poderoso agente<br />

de mu<strong>da</strong>nça dentro <strong>da</strong>s organizações. O seu<br />

novo papel está exigindo a aprendizagem de<br />

habili<strong>da</strong>des de diagnóstico <strong>da</strong> situação e de implementação<br />

<strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça.<br />

4. Solução de problemas. O DO enfatiza a solução<br />

de problemas e não apenas os discute teoricamente.<br />

Focaliza os problemas reais e não<br />

os artificiais. Para isso utiliza a pesquisa-ação,<br />

ou seja, a melhoria organizacional por meio<br />

<strong>da</strong> pesquisa e do diagnóstico dos problemas e<br />

<strong>da</strong> ação necessária para resolvê-los.<br />

5. Aprendizagem experiencial. Os participantes<br />

aprendem pela experiência no ambiente de<br />

treinamento os tipos de problemas com que se<br />

defrontam no trabalho. Os participantes discutem<br />

e analisam sua própria experiência imediata<br />

e aprendem com ela. Essa abor<strong>da</strong>gem<br />

produz mais mu<strong>da</strong>nça de comportamento do<br />

que a tradicional leitura e discussão de casos,<br />

na qual as pessoas falam sobre idéias e conceitos<br />

abstratos. A <strong>teoria</strong> é necessária e desejável,<br />

mas o teste final está na situação real. O DO<br />

aju<strong>da</strong> a aprender com a própria experiência, a<br />

solidificar ou recongelar novas aprendizagens<br />

e a responder perguntas que ron<strong>da</strong>m a cabeça<br />

<strong>da</strong>s pessoas.<br />

6. Processos de grupo e desenvolvimento de equipes.<br />

O DO repousa sobre processos grupais,<br />

como discussões em grupo, confrontações,<br />

conflitos intergrupais e procedimentos para<br />

cooperação. Há um esforço para desenvolver

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