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CAPíTULO 17' Teoria de Sistemas<br />

491<br />

ser perito em totali<strong>da</strong>de e não apenas um coordenador<br />

<strong>geral</strong> de diversas áreas.<br />

5. O "homem funcional"<br />

A Teoria de Sistemas utiliza o conceito do "homem<br />

funcional" em contraste com o conceito do "homo<br />

economicus" <strong>da</strong> Teoria Clássica, do "homem social"<br />

<strong>da</strong> Teoria <strong>da</strong>s Relações Humanas, do "homem<br />

organizacional" <strong>da</strong> Teoria Estruturalista e do "homem<br />

administrativo" <strong>da</strong> Teoria Behaviorista. O indivíduo<br />

comporta-se em um papel dentro <strong>da</strong>s organizações,<br />

inter-relacionando-se com os demais indivíduos<br />

como um sistema aberto. Nas suas ações em<br />

um conjunto de papéis, o "homem funcional" mantém<br />

expectativas quanto ao papel dos demais participantes<br />

e procura enviar aos outros as suas expectativas<br />

de papel. Essa interação altera ou reforça o<br />

papel. As organizações são sistemas de papéis, nas<br />

quais as pessoas desempenham papéis.<br />

6. Uma nova abor<strong>da</strong>gem organizacional<br />

A perspectiva sistêmica trouxe uma nova maneira<br />

de ver as coisas. Não somente em termos de abrangência,<br />

mas principalmente quanto ao enfoque. O<br />

enfoque do todo e <strong>da</strong>s partes, do dentro e do fora,<br />

do total e <strong>da</strong> especialização, <strong>da</strong> integração interna e<br />

<strong>da</strong> a<strong>da</strong>ptação externa, <strong>da</strong> eficiência e <strong>da</strong> eficácia. A<br />

visão gestáltica e global <strong>da</strong>s coisas, privilegiando a<br />

totali<strong>da</strong>de e as suas partes componentes, sem desprezar<br />

o que chamamos de emergente sistêmico: as<br />

proprie<strong>da</strong>des do todo que não aparecem em nenhuma<br />

de suas partes. A visão do bosque e não de ca<strong>da</strong><br />

árvore apenas. A visão <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de e não de ca<strong>da</strong> prédio.<br />

A visão <strong>da</strong> organização e não apenas de ca<strong>da</strong><br />

uma de suas partes. Nessa nOva abor<strong>da</strong>gem organizacional,<br />

o importante é ver o todo e não ca<strong>da</strong> parte<br />

isola<strong>da</strong>mente para enxergar o emergente sistêmico.<br />

É esse emergente sistêmico que faz com que a água<br />

seja totalmente diferente dos elementos que a constituem,<br />

o hidrogênio e o oxigênio.<br />

7. Ordem e desordem<br />

A principal deficiência que se constata na noção de<br />

sistemas abertos é o conceito de equilíbrio. O mesmo<br />

conceito perseguido pelos autores estruturalistas<br />

e comportamentais. O ciclo contínuo e ininterrupto<br />

de funcionamento de um sistema cibernético<br />

(em que a entra<strong>da</strong> leva ao processamento, que leva à<br />

saí<strong>da</strong>, que leva à retroação e que leva à homeostasia)<br />

tem como produto final o equilíbrio. Ou melhor, a<br />

busca e a manutenção do estado de equilíbrio. Modernamente<br />

- e ao contrário do que se costumava<br />

acreditar - percebe-se que na natureza as situações<br />

de equilíbrio constituem exceção e não regra <strong>geral</strong>.<br />

Nos novos tempos, os atributos como estabili<strong>da</strong>de,<br />

permanência e equilíbrio são aqueles que menos<br />

existem nos aspectos sociais, econômicos, culturais,<br />

políticos etç. Essa parece ser a falha maior de um<br />

modelo de descrição <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de que procura compreendê-la<br />

como estando sempre em equilíbrio ou<br />

retornando sempre ao equilíbrio após ter sido afeta<strong>da</strong><br />

por alguma perturbação, ruído ou mu<strong>da</strong>nça. 41<br />

Modernamente, predomina o conceito de que to<strong>da</strong><br />

organização é caracteriza<strong>da</strong> simultaneamente por ordem<br />

e desordem. Ordem, na medi<strong>da</strong> em que congrega<br />

repetição, regulari<strong>da</strong>de e redundância e é capaz de<br />

auto-regulação para a preservação <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong>de. E<br />

desordem, pois é também produtora de eventos, perturbações,<br />

desvios e ruídos que conduzem à instabili<strong>da</strong>de<br />

e à mu<strong>da</strong>nça. Essa desordem pode ser de natureza<br />

objetiva (relaciona<strong>da</strong> com os próprios eventos, desvios<br />

e ruídos efetivamente produzidos) ou subjetiva<br />

(relaciona<strong>da</strong> com a incerteza quanto ao futuro).<br />

• VOLTANDO AO CASO INTRODUTÓRIO<br />

A MASTERPEÇAS<br />

Maria Amália pretende construir um modelo de organização<br />

integrado, convergente e sólido que possa funcionar<br />

de maneira harmônica e sinergística, com o<br />

máximo de rendimento e o mínimo de per<strong>da</strong>s. Para<br />

construir esse modelo a MasterPeças precisa de um<br />

íntimo inter-relacionamento entre seu sistema social e<br />

tecnológico graças a um sistema gerencial adequado.<br />

Como você poderia aju<strong>da</strong>r Maria Amália

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