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teoria-geral-da-administracao

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PARTE IX • Abor<strong>da</strong>gem Contingencial <strong>da</strong> Administração 499<br />

um sistema fechado, hermético e monolítico.<br />

A ênfase na divisão racional do trabalho, na<br />

hierarquia de autori<strong>da</strong>de, na imposição de regras,<br />

e a disciplina rígi<strong>da</strong> e a busca de um caráter<br />

racional, legal, impessoal e formal para o<br />

alcance <strong>da</strong> máxima eficiência conduziram a<br />

uma estrutura organizacional calca<strong>da</strong> na padronização<br />

do desempenho humano e na rotinização<br />

<strong>da</strong>s tarefas para evitar a varie<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

decisões individuais. Com o diagnóstico <strong>da</strong>s<br />

disfunções burocráticas e dos conflitos, inicia-se<br />

a crítica à organização burocrática e a<br />

revisão do modelo weberiano. Também o modelo<br />

descrito por Weber não cogitara a interação<br />

<strong>da</strong> organização com o ambiente.<br />

4. Os estudos sobre a interação organização-ambiente<br />

e a concepção <strong>da</strong> organização como um<br />

sistema aberto têm início com a Teoria Estruturalista.<br />

A socie<strong>da</strong>de de organizações aproxima-se<br />

do conceito de um sistema de sistemas e<br />

de uma macroabor<strong>da</strong>gem inter e extra-organizacional.<br />

Além do mais, o conceito de organização<br />

e do homem são ampliados e redimensionados<br />

em uma tentativa de integração<br />

entre as abor<strong>da</strong>gens clássica e humanística a<br />

partir de uma moldura forneci<strong>da</strong> pela Teoria<br />

<strong>da</strong> Burocracia. Dentro de uma visualização<br />

eclética e crítica, os estruturalistas desenvolvem<br />

análises comparativas <strong>da</strong>s organizações<br />

e formulam tipologias para facilitar a localização<br />

de características e objetivos organizacionais,<br />

em uma abor<strong>da</strong>gem explicativa e<br />

descritiva.<br />

5. A Teoria Neoclássica marca um retorno aos<br />

postulados clássicos atualizados e realinhados<br />

em uma perspectiva de inovação e a<strong>da</strong>ptação<br />

à mu<strong>da</strong>nça. É um enfoque novo, utilizando<br />

velhos conceitos de uma <strong>teoria</strong> que, sem dúvi<strong>da</strong><br />

alguma, é a única que até aqui apresenta<br />

um caráter universalista, fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> em<br />

princípios que podem ser universalmente<br />

aplicados. Ao mesmo tempo em que realça a<br />

Administração como um conjunto de processos<br />

básicos (escola operacional), de aplicação<br />

de várias funções (escola funcional), de acordo<br />

com princípios fun<strong>da</strong>mentais e universais,<br />

também os objetivos são realçados (Administração<br />

por Objetivos). Levanta-se aqui o problema<br />

<strong>da</strong> eficiência no processo e <strong>da</strong> eficácia<br />

nos resultados em relação aos objetivos. A<br />

abor<strong>da</strong>gem torna a ser normativa e prescritiva,<br />

embora em certos aspectos a preocupação<br />

seja explicativa e descritiva.<br />

6. A Teoria Comportamental- a partir <strong>da</strong> herança<br />

deixa<strong>da</strong> pela Teoria <strong>da</strong>s Relações Humanas<br />

- ampliou os conceitos de comportamento social<br />

para o comportamento organizacional.<br />

Passou a comparar o estilo tradicional de<br />

Administração com o moderno estilo baseado<br />

na compreensão dos conceitos comportamentais<br />

e motivacionais. A organização é estu<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

sob o prisma de um sistema de trocas de alicientes<br />

e contribuições dentro de uma complexa<br />

trama de decisões. É com o movimento do<br />

Desenvolvimento Organizacional (DO) que o<br />

impacto <strong>da</strong> interação entre a organização e o<br />

mutável e dinâmico ambiente que a circun<strong>da</strong><br />

toma impulso em direção a uma abor<strong>da</strong>gem de<br />

sistema aberto. Enfatiza-se a necessi<strong>da</strong>de de<br />

flexibilização <strong>da</strong>s organizações e sua a<strong>da</strong>ptabili<strong>da</strong>de<br />

às mu<strong>da</strong>nças ambientais como imperativo<br />

de sobrevivência e de crescimento. Para<br />

que uma organização mude e se a<strong>da</strong>pte dinamicamente<br />

é necessário mu<strong>da</strong>r não somente a<br />

sua estrutura formal mas, principalmente, o<br />

comportamento dos participantes e suas relações<br />

interpessoais. Apesar <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem descritiva<br />

e explicativa, alguns autores do DO<br />

aproximam-se levemente <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem normativa<br />

e prescritiva. Até aqui, a preocupação<br />

está centra<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> dentro <strong>da</strong>s organizações,<br />

muito embora se cogite o ambiente.<br />

7. É com a Teoria de Sistemas que surge a preocupação<br />

com a construção de modelos abertos<br />

que interagem dinamicamente com o ambiente<br />

e cujos subsistemas denotam uma complexa interação<br />

interna e externa. Os subsistemas que<br />

formam uma organização são interconectados<br />

e inter-relacionados, enquanto o supra-sistema<br />

ambiental interage com os subsistemas e com a<br />

organização como um todo. Os sistemas vivos<br />

- sejam indivíduos ou organizações - são anali-

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