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&08 Introdução à Teoria Geral <strong>da</strong> Administração· IDALBERTO CHIAVENATO<br />

3. A responsabili<strong>da</strong>de social melhora a imagem<br />

pública <strong>da</strong> organização.<br />

4. A responsabili<strong>da</strong>de social aumenta a viabili<strong>da</strong>de<br />

dos negócios. Os negócios existem porque<br />

proporcionam benefícios sociais.<br />

5. É necessário evitar ou se antecipar à regulação<br />

governamental ou intervenções externas para<br />

sanar a omissão <strong>da</strong>s organizações.<br />

6. As leis não podem ser defini<strong>da</strong>s para to<strong>da</strong>s as<br />

circunstâncias. As organizações devem assumir<br />

responsabili<strong>da</strong>de para manter uma socie<strong>da</strong>de<br />

ordeira, justa e legal.<br />

7. As normas sócio-culturais exigem responsabili<strong>da</strong>de<br />

social.<br />

8. A responsabili<strong>da</strong>de social é do interesse de todos<br />

os parceiros <strong>da</strong> organização e não de apenas<br />

alguns deles.<br />

9. A socie<strong>da</strong>de deve oferecer às organizações a<br />

oportuni<strong>da</strong>de de resolver problemas sociais<br />

que o governo não tem condições de resolver.<br />

10. Como as organizações são dota<strong>da</strong>s de recursos<br />

financeiros e humanos, elas são as instituições<br />

mais adequa<strong>da</strong>s para resolver problemas sociais.<br />

11. Prevenir problemas é melhor do que curá-los<br />

posteriormente. Muitas organizações se antecipam<br />

a certos problemas antes que se tornem<br />

malOres.<br />

Abor<strong>da</strong>gens quanto<br />

à responsabili<strong>da</strong>de social<br />

Há diferentes abor<strong>da</strong>gens quanto à responsabili<strong>da</strong>de<br />

social. Afinal, to<strong>da</strong> organização produz alguma<br />

influência no seu ambiente. Essa influência<br />

pode ser positiva - quando a organização beneficia<br />

o ambiente com suas decisões e ações - ou negativa<br />

- quando traz problemas ou prejuízos ao<br />

ambiente.<br />

Somente há pouco tempo, as organizações começaram<br />

a se preocupar com suas obrigações sociais.<br />

Essa preocupação crescente não foi espontânea,<br />

mas provoca<strong>da</strong> por movimentos ecológicos e de defesa<br />

do consumidor que põem em foco o relacionamento<br />

entre organização e socie<strong>da</strong>de. Duas posições<br />

antagônicas surgem dessa preocupação:<br />

1. Modelo shareholder. É a posição contrária à<br />

responsabili<strong>da</strong>de social <strong>da</strong>s organizações.<br />

Ca<strong>da</strong> organização deve se preocupar em maximizar<br />

lucros, ou seja, satisfazer os seus<br />

proprietários ou acionistas. Ao maximizar<br />

lucros, a organização maximiza a riqueza e<br />

satisfação dos proprietários e acionistas, que<br />

são pessoas ou grupos com legítimos interesses<br />

na organização. À medi<strong>da</strong> que os lucros<br />

crescem, as ações <strong>da</strong> organização aumentam<br />

de valor, aumentando também a riqueza dos<br />

proprietários e acionistas. Assim, a organização<br />

não deve assumir responsabili<strong>da</strong>de social<br />

direta, mas apenas buscar a otimização<br />

do lucro dentro <strong>da</strong>s regras <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. A<br />

organização lucrativa beneficia a socie<strong>da</strong>de<br />

ao criar novos empregos, pagar salários justos<br />

que melhoram a vi<strong>da</strong> dos funcionários e<br />

melhorar as condições de trabalho, além de<br />

contribuir para o bem-estar público pagando<br />

impostos e oferecendo produtos e serviços<br />

aos clientes. A organização que concentra<br />

seus recursos em suas próprias ativi<strong>da</strong>des<br />

e não em ações SOCiaIS usa seus recursos com<br />

mais eficiência e eficácia e aumenta sua<br />

competitivi<strong>da</strong>de.<br />

2. Modelo stakeholder. É a posição favorável à<br />

responsabili<strong>da</strong>de social <strong>da</strong>s organizações,<br />

que salienta que a maior responsabili<strong>da</strong>de<br />

está na sobrevivência a longo prazo (e não<br />

apenas maximizando lucros), atendendo aos<br />

interesses dos diversos parceiros (e não apenas<br />

dos proprietários ou acionistas). A organização<br />

é a maior potência no mundo contemporâneo<br />

e tem a obrigação de assumir<br />

uma responsabili<strong>da</strong>de social correspondente.<br />

A socie<strong>da</strong>de deu esse poder às organizações<br />

e deve chamá-las para prestar contas<br />

pelo uso desse poder. Ser socialmente responsável<br />

tem o seu preço, mas as organizações<br />

podem repassar com legitimi<strong>da</strong>de esse<br />

custo aos consumidores na forma de aumento<br />

nos preços. Essa obrigação visa ao bem<br />

comum, porque quando a socie<strong>da</strong>de melhora,<br />

a organização se beneficia.

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