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116 Introdução à Teoria Geral <strong>da</strong> Administração· IDALBERTO CHIAVENATO<br />

o advento <strong>da</strong> Teoria <strong>da</strong>s Relações Humanas trouxe<br />

uma nova linguagem que passou a dominar o repertório<br />

administrativo: fala-se agora em motivação,<br />

liderança, comunicação, organização informal, dinâmica<br />

de grupo etc. Os conceitos clássicos de autori<strong>da</strong>de,<br />

hierarquia, racionalização do trabalho, departamentalização,<br />

princípios gerais de Administração<br />

etc. passam a ser contestados ou deixados de<br />

lado. Subitamente, explora-se o reverso <strong>da</strong> me<strong>da</strong>lha.<br />

O engenheiro e o técnico cedem lugar ao psicólogo<br />

e ao sociólogo. O método e a máquina perdem<br />

a primazia em favor <strong>da</strong> dinâmica de grupo. A felici<strong>da</strong>de<br />

humana passa a ser vista sob um ângulo diferente,<br />

pois o homo economicus cede o lugar para o<br />

homem social. Essa revolução na Administração<br />

ocorreu nos prenúncios <strong>da</strong> Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial,<br />

ressaltando o caráter democrático <strong>da</strong> Administração.<br />

A ênfase nas tarefas e na estrutura é substituí<strong>da</strong><br />

pela ênfase nas pessoas.<br />

Com a Teoria <strong>da</strong>s Relações Humanas, surge<br />

uma nova concepção sobre a natureza do homem:<br />

o homem social, que se baseia nos seguintes aspectos:<br />

1. Os trabalhadores são criaturas sociais complexas,<br />

dotados de sentimentos, desejos e temores.<br />

O comportamento no trabalho - como<br />

o comportamento em qualquer lugar - é<br />

uma conseqüência de muitos fatores motivacionais.<br />

2. As pessoas são motiva<strong>da</strong>s por necessi<strong>da</strong>des<br />

humanas e alcançam suas satisfações por meio<br />

dos grupos sociais com que interagem. Dificul<strong>da</strong>des<br />

em participar e em se relacionar com<br />

o grupo provocam elevação <strong>da</strong> rotativi<strong>da</strong>de<br />

de pessoal (turnover), abaixamento do moral,<br />

fadiga psicológica, redução dos níveis de desempenho<br />

etc.<br />

3. O comportamento dos grupos sociais é influenciado<br />

pelo estilo de supervisão e liderança.<br />

O supervisor eficaz é aquele que possui habili<strong>da</strong>de<br />

para influenciar seus subordinados, obtendo<br />

leal<strong>da</strong>de, padrões elevados de desempenho<br />

e alto compromisso com os objetivos <strong>da</strong><br />

organização.<br />

4. As normas sociais do grupo funcionam como<br />

mecanismos reguladores do comportamento<br />

dos membros. Os níveis de produção são controlados<br />

informalmente pelas normas do grupo.<br />

Esse controle social adota tanto sanções<br />

positivas (estímulos, aceitação social etc.) como<br />

negativas (gozações, esfriamento por parte<br />

do grupo, sanções simbólicas etc.).<br />

A Influência <strong>da</strong> Motivaçãô Humana<br />

A motivação procura explícar por que as pessoas se<br />

comportam. A Administração Científica baseava-se<br />

na concepção do homo economicus, segundo a qual<br />

o comportamento do homem é motivado exclusivamente<br />

pela busca do dinheiro e pelas recompensas<br />

salariais e materiais do trabalho. To<strong>da</strong> a Abor<strong>da</strong>gem<br />

Clássica <strong>da</strong> Administração se alicerçava nessa estreita<br />

<strong>teoria</strong> <strong>da</strong> motivação. 1<br />

A Experiência de Hawthorne teve o mérito de<br />

demonstrar que a recompensa salarial - mesmo<br />

quando efetua<strong>da</strong> em bases justas ou generosas - não<br />

é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador<br />

dentro <strong>da</strong> situação de trabalho. 2 Elton Mayo e equipe<br />

propuseram uma nova <strong>teoria</strong> <strong>da</strong> motivação antagônica<br />

à do homo economicus: o ser humano é motivado,<br />

não por estímulos salariais e econômicos,<br />

mas por recompensas sociais e simbólicas.<br />

~ DICAS<br />

O/paradoxo do trabalhador americano<br />

A partir dessa época, as empresas americanasto·<br />

maram consciência de um terrível paradoxo: "o trabalhador<br />

americano vem sendo valorizado, quer penível<br />

de educação, quer por seu salário;<br />

tempo, vão se degra<strong>da</strong>ndo as suas IUlIGO>FlK<br />

pela intensificação <strong>da</strong> automação e por uma<br />

zação detalha<strong>da</strong> e precisa. As conseqüências<br />

duplas: no plano individual, o desestímulo à IJ'\"'UUIIvi<strong>da</strong>de<br />

devido à crise de motivações e o sul:>ennptecapital<br />

humano; no plano político, o mal-é$ltSI'<br />

talvez a revolta de amanhã". 3 A I Arma tt~íj;(<br />

R~fªçlões nUfllélnas deu forte ênfase à IrnlluerlCI~<br />

comportamento

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