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A dieta da mente David Perlmutter

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Além do impacto direto <strong>da</strong>s estatinas no colesterol, elas têm um efeito<br />

indireto no fornecimento de ácidos graxos e antioxi<strong>da</strong>ntes. Não apenas elas<br />

reduzem a quanti<strong>da</strong>de de colesterol conti<strong>da</strong> nas partículas de LDL, mas reduzem<br />

o número total de partículas LDL propria<strong>mente</strong> ditas. Portanto, além de<br />

diminuir o colesterol, limitam o estoque disponível para o cérebro tanto de<br />

ácidos graxos quanto de antioxi<strong>da</strong>ntes, que também são carregados pelas<br />

par​tí​cu​las LDL. O funcionamento correto do cérebro depende de to<strong>da</strong>s essas três<br />

subs​tân​ci​as.31<br />

Outra maneira pela qual as estatinas podem contribuir para o Alzheimer,<br />

descrita de forma maravilhosa pela dra. Seneff,32 é paralisando a capaci<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong>s células de produzir a coenzima Q10, uma substância similar às vitaminas<br />

encontra<strong>da</strong> em todo o corpo. A coenzima desempenha um papel importante<br />

como antioxi<strong>da</strong>nte e na produção de energia para as células. Como ela possui o<br />

mesmo processo metabólico do colesterol, sua síntese é prejudica<strong>da</strong> pelas<br />

estatinas, e o corpo e o cérebro ficam privados dela. Alguns dos efeitos<br />

colaterais observados depois do uso de estatinas, como cansaço, fôlego curto,<br />

problemas motores e de equilíbrio, dores musculares, aqueza e atrofia, estão<br />

relacionados à per<strong>da</strong> <strong>da</strong> CoQ10 nos músculos e a uma redução <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de de<br />

produzir energia. No limite, quem tem reações fortes à estatina soe <strong>da</strong>nos<br />

sérios nos músculos esqueléticos. Uma deficiência de CoQ10 também tem sido<br />

relaciona<strong>da</strong> à insuficiência cardíaca, à hipertensão e ao Parkinson. Considerando<br />

todos esses efeitos, fica fácil compreender por que a CoQ10 foi proposta como<br />

tra​ta​men​to para o Alz​hei​mer.<br />

Por fim, as estatinas podem ter um efeito indireto sobre a vitamina D. O<br />

corpo produz vitamina D a partir do colesterol na pele, com a exposição aos<br />

raios ultravioleta do sol. Na ver<strong>da</strong>de, se você observar a fórmula química <strong>da</strong><br />

vitamina D, terá dificul<strong>da</strong>de em distingui-la <strong>da</strong> fórmula do colesterol; elas<br />

parecem idênticas. “Quando os níveis de LDL são mantidos baixos<br />

artificial<strong>mente</strong>”, escreve a dra. Seneff, “o corpo não consegue repor uma<br />

quanti<strong>da</strong>de adequa<strong>da</strong> de colesterol para repor o estoque na pele, depois que ele<br />

foi gasto. Isso leva a uma deficiência de vitamina D, problema generalizado nos<br />

Estados Unidos.”33 A deficiência de vitamina D não acarreta apenas um risco<br />

maior de ossos acos e moles e, no limite, de raquitismo; está associa<strong>da</strong> a<br />

muitas condições que elevam o risco de demência, entre elas o diabetes, a<br />

de​pres​são e do​en​ças car​di​o​vas​cu​la​res.<br />

Os benefícios <strong>da</strong>s estatinas são questionáveis. Estudos importantes não<br />

conseguiram mostrar de que maneira elas protegem o corpo <strong>da</strong>s doenças.<br />

Embora diversos estudos de fato mostrem os efeitos positivos que as estatinas<br />

têm na redução <strong>da</strong>s taxas de mortali<strong>da</strong>de de pessoas com doenças arteriais

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