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A dieta da mente David Perlmutter

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loqueado e não se consomem alimentos liberadores de exorfina, algumas<br />

pes​so​as so​frem de uma abs​ti​nên​cia per​cep​tí​vel e de​sa​gra​dá​vel.20<br />

Considerando tudo o que foi dito, causa alguma surpresa que a indústria<br />

alimentícia tente enfiar a maior quanti<strong>da</strong>de possível de glúten em seus<br />

produtos? E causa alguma surpresa encontrar tanta gente vicia<strong>da</strong> nos alimentos<br />

repletos de glúten de hoje em dia — insuflando as chamas não apenas dos<br />

processos inflamatórios, mas <strong>da</strong> epidemia de obesi<strong>da</strong>de? Acredito que não. A<br />

maioria de nós conhece e aceita o fato de que o açúcar e o álcool possam ter<br />

proprie<strong>da</strong>des que causam boas sensações, que nos induzem a voltar a consumilos.<br />

Mas alimentos que contêm glúten? Seu pão de forma integral e seus cereais<br />

instantâneos? É surpreendente a ideia de que o glúten possa mu<strong>da</strong>r nossa<br />

bioquímica, chegando até o centro de prazer e vício do nosso cérebro.<br />

Surpreendente e assustadora. Significa que temos de repensar a forma como<br />

clas​si​fi​ca​mos es​ses ali​men​tos, caso se​jam re​al​men​te os agen​tes mo​di​fi​ca​do​res de<br />

nos​sas men​tes, como pro​va a ci​ên​cia.<br />

Quando vejo as pessoas devorando carboidratos repletos de glúten, é como<br />

assisti-los derramando um coquetel de gasolina em si mesmas. O glúten é o<br />

fumo <strong>da</strong> nossa geração. Não apenas a sensibili<strong>da</strong>de ao glúten é muito maior do<br />

que percebemos — causando <strong>da</strong>nos em potencial, em algum grau, sem que<br />

saibamos —, mas o glúten se esconde onde menos se suspeita. Está em nossos<br />

molhos, condimentos e bebi<strong>da</strong>s; e até nos cosméticos, sorvetes e cremes para as<br />

mãos. Está escondido em sabonetes, adoçantes e produtos com soja. Está<br />

presente em nossos suplementos alimentares e produtos farmacêuticos mais<br />

conhecidos. A expressão “NÃO CONTÉM GLÚTEN” está se tornando tão vaga e<br />

desprovi<strong>da</strong> de sentido quanto “orgânico” e “100% natural”. Para mim, não é<br />

mais um mistério por que se livrar do glúten pode ter um impacto tão<br />

po​si​ti​vo em nos​so cor​po.<br />

Pela maior parte dos últimos 2,6 milhões de anos, a <strong>dieta</strong> de nossos<br />

ancestrais consistiu em carne de caça, vegetais <strong>da</strong> estação e utos selvagens<br />

ocasionais. Como vimos no capítulo anterior, hoje a <strong>dieta</strong> <strong>da</strong> maior parte <strong>da</strong>s<br />

pessoas é basea<strong>da</strong> em grãos e carboidratos, a maioria deles contendo glúten. Mas<br />

mesmo deixando de lado o fator glúten, devo observar que uma <strong>da</strong>s principais<br />

razões pelas quais ingerir tantos grãos e carboidratos pode ser tão <strong>da</strong>noso é que<br />

eles elevam o açúcar no sangue a níveis que outros alimentos, como carnes,<br />

pei​xes, aves e ve​ge​tais, não fa​zem.<br />

Níveis elevados de açúcar no sangue, lembre-se, produzem insulina<br />

eleva<strong>da</strong>, que é libera<strong>da</strong> pelo pâncreas para que as células possam absorver o

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