22.04.2017 Views

A dieta da mente David Perlmutter

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

fisiológicas, <strong>da</strong> fome ao sexo. Mas talvez essa descoberta tenha demorado tanto<br />

por​que a lep​ti​na foi iden​ti​fi​ca​<strong>da</strong> num lo​cal im​pro​vá​vel: as cé​lu​las adi​po​sas.<br />

Antes, mencionei que se acreditava que as células adiposas apenas<br />

guar<strong>da</strong>vam para os dias de chuva calorias desnecessárias. Mas agora se sabe que<br />

o tecido adiposo participa de nossa fisiologia tanto quanto outros órgãos<br />

“vitais”, graças a hormônios residentes, como a leptina, que controla se<br />

acabaremos ou não com barrigas salientes e cérebros pequenos. Antes de tudo,<br />

um esclarecimento rápido: a função <strong>da</strong> leptina no corpo, como a de todo<br />

hormônio, é extrema<strong>mente</strong> complexa. Todo o sistema hormonal, na ver<strong>da</strong>de, é<br />

extraordinaria<strong>mente</strong> intrincado. Há um número incontável de inter-relações.<br />

Descrever to<strong>da</strong>s vai além do escopo deste livro. Vou simplificar e revelar<br />

apenas o que você precisa saber para assumir o controle de seus hormônios, em<br />

be​ne​fí​cio do cé​re​bro.<br />

A leptina é, no nível mais básico, uma ferramenta primitiva de<br />

sobrevivência. Está liga<strong>da</strong> de forma singular à coordenação de nossas respostas<br />

metabólica, hormonal e comportamental à fome. Assim sendo, tem um<br />

poderoso efeito em nossas emoções e nosso comportamento. A leptina é uma<br />

espécie de guardião, e ao compreender esse hormônio você saberá como regular<br />

o restante de seu sistema hormonal. Ao fazê-lo, poderá cui<strong>da</strong>r de sua saúde de<br />

ma​nei​ras ini​ma​gi​ná​veis.<br />

Embora a leptina seja encontra<strong>da</strong> nas células adiposas, isso não é<br />

necessaria<strong>mente</strong> ruim. Em excesso, é bem ver<strong>da</strong>de, causa problemas, sobretudo<br />

doenças degenerativas e uma vi<strong>da</strong> mais curta. Mas níveis saudáveis de leptina<br />

fazem o contrário — previnem a maior parte <strong>da</strong>s doenças do envelhecimento e<br />

aumentam a longevi<strong>da</strong>de. Quanto mais se majora a sensibili<strong>da</strong>de a esse<br />

hormônio crucial, mais saudável se é. Por “sensibili<strong>da</strong>de” entendo a forma<br />

como os receptores desse hormônio reconhecem e usam a leptina para realizar<br />

diversas operações. Nora T. Gedgau<strong>da</strong>s, uma terapeuta nutricional reconheci<strong>da</strong>,<br />

define a leptina de maneira sucinta no livro Primal Body, Primal Mind [Corpo<br />

pri​mor​di​al, men​te pri​mor​di​al]:<br />

A leptina controla, essencial<strong>mente</strong>, o metabolismo dos mamíferos. A<br />

maioria <strong>da</strong>s pessoas acha que esse papel cabe à tireoide, mas na ver<strong>da</strong>de a<br />

leptina controla a tireoide, que regula a taxa de metabolismo. A leptina<br />

supervisiona to<strong>da</strong>s as reservas de energia. A leptina decide nos deixar com<br />

fome e armazenar ou queimar gordura. A leptina organiza nossas reações<br />

inflamatórias e controla até o despertar simpático versus o<br />

parassimpático no sistema nervoso. Se qualquer parte do seu sistema

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!