A dieta da mente David Perlmutter
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Expliquei a Nancy que ele ia ter de parar de ingerir glúten. E para aju<strong>da</strong>r a<br />
recompor um intestino saudável, depois de tanta exposição aos antibióticos,<br />
precisávamos adicionar algumas bactérias benéficas, os probióticos, a seu<br />
regime. Por fim, a gordura ômega 3 DHA foi acrescenta<strong>da</strong> à lista.<br />
Um roteiro de cinema não teria um desfecho melhor. Depois de duas<br />
semanas e meia, os pais de Stuart receberam um telefonema do professor <strong>da</strong><br />
pré-escola, agradecendo a eles por terem começado a medicá-lo, pois ele tinha<br />
apresentado uma “forte melhora” em suas maneiras. Os pais observaram que ele<br />
se acalmou, passou a interagir mais e a dormir melhor. Mas sua transformação<br />
não se devia a medicamentos. Foi pura<strong>mente</strong> graças à <strong>dieta</strong> que ele foi capaz de<br />
ter “forte melhora” na atitude e na saúde.<br />
Eu recebi um bilhete, dois anos e meio depois, dizendo: “Ele entrou no<br />
ensino básico como o aluno mais novo <strong>da</strong> classe. Tem brilhado tanto em<br />
leitura quanto em matemática e não prevemos mais nenhum problema em<br />
relação à hiperativi<strong>da</strong>de. Ele está crescendo tão rápido que já é um dos garotos<br />
mais altos <strong>da</strong> turma”.<br />
O transtorno de déficit de atenção e hiperativi<strong>da</strong>de (TDAH) é um dos<br />
diagnósticos mais equentes nos consultórios pediátricos. Os pais de crianças<br />
hiperativas são levados a crer que seus filhos têm alguma forma de uma doença<br />
que limitará a capaci<strong>da</strong>de de aprendizado. Frequente<strong>mente</strong>, o establishment<br />
médico convence os pais de que os medicamentos são a solução mais rápi<strong>da</strong>.<br />
To<strong>da</strong> a noção de que o TDAH é uma doença específica, rapi<strong>da</strong><strong>mente</strong> remedia<strong>da</strong><br />
por uma pílula, é convincente, mas alarmante. Em várias escolas americanas, até<br />
25% dos alunos recebem regular<strong>mente</strong> medicação poderosa e modificadora <strong>da</strong><br />
mente cujas consequências de longo prazo nunca foram estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s!<br />
Embora a Associação Pediátrica Americana afirme em seu Manual<br />
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais que 3% a 7% <strong>da</strong>s crianças em<br />
i<strong>da</strong>de escolar soem de TDAH, pesquisas estimaram índices mais altos em<br />
amostragens em comuni<strong>da</strong>des específicas, e <strong>da</strong>dos de pesquisas com os pais,<br />
reunidos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), apresentam um<br />
quadro diferente.1 Segundo os novos <strong>da</strong>dos do CDC, divulgados em março de<br />
2013, cerca de um em ca<strong>da</strong> cinco meninos americanos em i<strong>da</strong>de de cursar o<br />
ensino médio e 11% <strong>da</strong>s crianças em i<strong>da</strong>de escolar em geral tiveram um<br />
diagnóstico de TDAH. Isso se traduz numa estimativa de 6,4 milhões de jovens<br />
entre os quatro e os dezessete anos, o que representa um aumento de 16% desde<br />
2007 e de 53% na última déca<strong>da</strong>.2 Como publicado pelo The New York Times,<br />
“cerca de dois terços dos atual<strong>mente</strong> diagnosticados recebem receitas de<br />
estimulantes, como Ritalina e Adderall, que podem melhorar drastica<strong>mente</strong> a<br />
vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>queles que têm TDAH, mas também podem viciar, provocar ansie<strong>da</strong>de e,