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A dieta da mente David Perlmutter

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azão: mais do que nunca, hoje entendemos o valor do sono do ponto de vista<br />

ci​en​tí​fi​co. Es​tu​dos la​bo​ra​to​ri​ais e clí​ni​cos mos​tra​ram que pra​ti​ca​men​te to​dos os<br />

sistemas do corpo são influenciados pela quali<strong>da</strong>de e pela quanti<strong>da</strong>de do nosso<br />

sono, especial<strong>mente</strong> o cérebro.1 Entre os benefícios comprovados: o sono pode<br />

determinar quanto comemos, a veloci<strong>da</strong>de do nosso metabolismo, o quanto<br />

engor<strong>da</strong>mos ou emagrecemos, se conseguimos combater infecções, o quanto<br />

somos criativos e cheios de ideias, se li<strong>da</strong>mos bem com o estresse e com que<br />

veloci<strong>da</strong>de processamos informações e aprendemos coisas novas.2 Um sono<br />

adequado, o que para a maioria de nós significa pelo menos sete boas horas,<br />

também influencia nossos genes. No início de 2013, cientistas ingleses<br />

descobriram que uma semana de privação de sono alterava o funcionamento de<br />

711 genes, incluindo alguns que afetam o estresse, os processos inflamatórios, a<br />

imuni<strong>da</strong>de e o metabolismo.3 Tudo que afeta negativa<strong>mente</strong> essas importantes<br />

funções do organismo afeta o cérebro. Dependemos desses genes para produzir<br />

um fornecimento constante de proteínas que substituam ou reparem tecidos<br />

<strong>da</strong>nificados, e se eles param de funcionar depois de apenas uma semana de sono<br />

ruim, isso nos diz muito a respeito do poder do sono. Embora possamos não<br />

perceber os efeitos colaterais <strong>da</strong> falta de sono no nível genético, com certeza<br />

vivenciamos os demais sintomas <strong>da</strong> privação de sono crônica: confusão mental,<br />

per<strong>da</strong> de memória, baixa imuni<strong>da</strong>de, obesi<strong>da</strong>de, doenças cardiovasculares,<br />

diabetes e depressão. To<strong>da</strong>s essas condições estão intima<strong>mente</strong> liga<strong>da</strong>s ao<br />

cé​re​bro.<br />

Também foi só recente<strong>mente</strong> que passamos a aceitar o fato de que poucos,<br />

dentre nós, dormem o suficiente para sustentar as reais necessi<strong>da</strong>des do corpo.<br />

Cerca de 10% dos americanos soem de insônia crônica, enquanto na<strong>da</strong> menos<br />

que 25% de nós relatam não dormir o suficiente com alguma equência.4 E<br />

além <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de dormir o bastante, os cientistas agora se concentram na<br />

qua​li​<strong>da</strong>​de do sono, ou seja, sua capaci<strong>da</strong>de de restaurar o cérebro. É melhor ter<br />

um sono profundo de seis horas ou um sono ruim de oito? Pode parecer fácil<br />

responder a essas perguntas. Mas os cientistas ain<strong>da</strong> estão tentando desfazer o<br />

mistério do sono e de como ele afeta homens e mulheres de maneiras<br />

diferentes. No momento em que escrevo este capítulo, fico sabendo de um novo<br />

estudo a respeito dos “surpreendentes efeitos” do sono sobre o apetite:<br />

aparente<strong>mente</strong>, os hormônios influenciados pela privação do sono são<br />

diferentes no homem e na mulher.5 Embora as consequências sejam as<br />

mesmas para ambos os sexos — uma tendência a comer demais — o gatilho<br />

subjacente <strong>da</strong> fome não é o mesmo nos dois. No homem, a falta de sono<br />

suficiente leva a níveis elevados de gre​li​na, um hormônio que estimula o<br />

apetite. Nas mulheres, em compensação, os níveis de grelina não são

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