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A dieta da mente David Perlmutter

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Mais adiante, ela concluiu: “Obriga<strong>da</strong>, mais uma vez, por ter encontrado o que<br />

parece ser a solução para muitos anos de soimento”. Eu bem que gostaria que<br />

ela tivesse recuperado os anos perdidos, mas pelo menos eu pude lhe oferecer<br />

um fu​tu​ro sem dor.<br />

Outra mulher que veio se consultar comigo com um conjunto de sintomas<br />

completa<strong>mente</strong> diferente, mas uma história de soimento longa e pareci<strong>da</strong>, foi<br />

Lauren. Com apenas trinta anos de i<strong>da</strong>de, ela me disse sem rodeios, na primeira<br />

consulta, que estava “com problemas mentais”. Lauren descreveu em detalhes os<br />

doze anos anteriores, que ela definiu como uma constante desci<strong>da</strong> ladeira<br />

abaixo. Ela me contou como sua juventude foi estressante, desde que perdeu a<br />

mãe e a avó, ain<strong>da</strong> muito nova. Quando entrou na facul<strong>da</strong>de, foi várias vezes<br />

interna<strong>da</strong> como “maníaca”. Durante esse período, vivia episódios em que se<br />

tornava alta<strong>mente</strong> verborrágica e megalomaníaca. Então comia em excesso,<br />

ganhava muito peso, mergulhava em depressão grave e pensamentos suici<strong>da</strong>s.<br />

Pouco tempo antes ela começara a tomar lítio, medicamento usado para tratar<br />

transtornos bipolares. Na família havia histórico de doenças mentais; uma irmã<br />

era esquizoênica e o pai era bipolar. Além desse relato dramático de seus<br />

problemas mentais, o restante do histórico médico de Lauren não era digno de<br />

nota. Ela não tinha problemas intestinais, alergias alimentares nem qualquer <strong>da</strong>s<br />

quei​xas co​muns as​so​ci​a​<strong>da</strong>s à sen​si​bi​li​<strong>da</strong>​de ao glú​ten.<br />

Fui em ente e solicitei um exame de sensibili<strong>da</strong>de ao glúten.<br />

Encontramos níveis muito elevados em seis marcadores importantes. Na<br />

ver<strong>da</strong>de, vários dos marcadores estavam acima do dobro do normal. Dois<br />

meses depois de indicar a Lauren uma <strong>dieta</strong> sem glúten, ela me escreveu uma<br />

carta que refletia o que eu vinha escutando de tantos pacientes que cortaram o<br />

glú​ten e ti​ve​ram re​sul​ta​dos im​pres​si​o​nan​tes. Ela afir​ma​va:<br />

Desde que cortei o glúten, minha vi<strong>da</strong> deu uma guina<strong>da</strong> de 180 graus. A<br />

primeira mu<strong>da</strong>nça que me vem à <strong>mente</strong>, e a mais importante, é o humor.<br />

Quando eu ingeria glúten, lutava contra a depressão. Eu me deparava o<br />

tempo todo com uma “nuvem negra sobre minha cabeça”. Agora que não<br />

como glúten, não me sinto mais deprimi<strong>da</strong>. A única vez que comi um<br />

pouco, por engano, me senti mal no dia seguinte. Outras mu<strong>da</strong>nças que<br />

notei incluem sentir mais energia e conseguir me concentrar por períodos<br />

mais longos. Meus pensamentos estão mais aguçados do que nunca.<br />

Consigo tomar decisões e chegar a conclusões lógicas e seguras como<br />

nun​ca an​tes. Tam​bém me li​vrei do com​por​ta​men​to ob​ses​si​vo-com​pul​si​vo.

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