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A dieta da mente David Perlmutter

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expressão e mais de 70% dos genes que têm influência direta em nossa saúde e<br />

lon​ge​vi​<strong>da</strong>​de.<br />

Este capítulo explica como podemos melhorar a expressão de nossos<br />

“genes saudáveis” ao mesmo tempo em que desligamos os genes que<br />

desencadeiam eventos negativos, como os processos inflamatórios e a produção<br />

de radicais livres. Os genes que causam essas duas coisas soem forte<br />

influência <strong>da</strong>s escolhas alimentares de gorduras e carboidratos, e essa<br />

informação dá ain<strong>da</strong> mais força às recomen<strong>da</strong>ções que serão feitas nos<br />

pró​xi​mos ca​pí​tu​los.<br />

A HIS​TÓ​RIA DA NEU​RO​GÊ​NE​SE<br />

Será que ca<strong>da</strong> dose de bebi<strong>da</strong> alcoólica que você toma real<strong>mente</strong> mata<br />

milhares de células cerebrais? Ocorre que nós não morremos com o mesmo<br />

número de neurônios com que nascemos, tampouco com aqueles que se<br />

desenvolvem na primeira infância. Nós desenvolvemos neurônios ao longo de<br />

to<strong>da</strong> a nossa vi<strong>da</strong>. Também podemos fortalecer os circuitos cerebrais existentes<br />

e criar conexões novas e complexas, com novas células cerebrais. Eu tive sorte<br />

de participar dessa descoberta, que pôs abaixo gerações de ideias preconcebi<strong>da</strong>s<br />

na neurociência, embora muitos ain<strong>da</strong> pensem de outra forma. Durante meus<br />

anos de facul<strong>da</strong>de tive a oportuni<strong>da</strong>de de explorar o cérebro usando uma<br />

tecnologia que estava apenas no princípio. Foi no início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1970,<br />

quando os suíços começaram a criar microscópios que podiam ser usados por<br />

neurocirurgiões realizando procedimentos cerebrais delicados. Quando essa<br />

tecnologia estava evoluindo e cirurgiões americanos estavam ansiosos para<br />

adotar essa nova abor<strong>da</strong>gem à cirurgia cerebral, um problema logo se tornou<br />

cla​ro.<br />

Embora aprender a usar o microscópio funcional fosse relativa<strong>mente</strong> fácil,<br />

os neurocirurgiões rapi<strong>da</strong><strong>mente</strong> se deram conta de que ficavam meio perdidos,<br />

em relação à compreensão <strong>da</strong> anatomia do cérebro, a partir dessa nova<br />

perspectiva microscópica. Eu tinha dezenove anos e estava apenas começando o<br />

terceiro ano de facul<strong>da</strong>de quando recebi uma ligação do dr. Albert Rhoton,<br />

chefe do Departamento de Cirurgia Neurológica no Hospital Universitário<br />

Shands, em Gainesville, Flóri<strong>da</strong>. O dr. Rhoton era um pioneiro na expansão do<br />

uso do microscópio funcional nos Estados Unidos e queria elaborar o primeiro<br />

texto sobre a anatomia do cérebro tal como era vista pelo microscópio. Ele me<br />

convidou a passar o verão seguinte estu<strong>da</strong>ndo e mapeando o cérebro, e foi a

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