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A dieta da mente David Perlmutter

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chegaram a conclusões semelhantes. Um dos primeiros estudos a efetiva<strong>mente</strong><br />

comparar a diferença em quanti<strong>da</strong>de de gordura entre um cérebro com<br />

Alzheimer e um cérebro saudável foi publicado em 1998.3 Nesse estudo post<br />

mortem, pesquisadores holandeses concluíram que os pacientes de Alzheimer<br />

tinham uma redução significativa na quanti<strong>da</strong>de de gordura no fluido<br />

cerebroespinhal, sobretudo colesterol e ácidos graxos livres, se comparados ao<br />

grupo de controle. Isso ocorria independente<strong>mente</strong> <strong>da</strong> presença do gene<br />

defeituoso nos pacientes de Alzheimer, conhecido como “ APOE4”, que<br />

pre​dispõe à do​en​ça.<br />

Em 2007, o jornal Neu​ro​logy publicou um estudo que examinou mais de 8<br />

mil participantes de 65 anos ou mais, com funções cerebrais total<strong>mente</strong><br />

normais, e acompanhou-os por quatro anos. Durante esse período,<br />

aproxima<strong>da</strong><strong>mente</strong> 280 deles desenvolveram alguma forma de demência (a<br />

maioria foi diagnostica<strong>da</strong> com Alzheimer).4 Os pesquisadores queriam<br />

identificar padrões nos hábitos alimentares, observando especial<strong>mente</strong> o nível<br />

de consumo de peixe, que contém grandes quanti<strong>da</strong>des de gorduras ômega 3<br />

saudáveis para o cérebro e o coração. Em quem nunca consumiu peixe, o risco<br />

de demência e Alzheimer no período de acompanhamento de quatro anos foi<br />

37% maior. Em quem consumia peixe diaria<strong>mente</strong>, o risco dessas doenças caiu<br />

44%. O uso regular de manteiga não causou alteração significativa no risco de<br />

demência ou Alzheimer, mas aqueles que consumiam regular<strong>mente</strong> óleos ricos<br />

em ômega 3, como os óleos de oliva, de linhaça e de noz, tinham 60% menos<br />

probabili<strong>da</strong>de de desenvolver demência, se comparados àqueles que não<br />

consumiam regular<strong>mente</strong> esses óleos. Os pesquisadores também concluíram que<br />

aqueles que ingeriam regular<strong>mente</strong> óleos ricos em ômega 6 — típicos na <strong>dieta</strong><br />

americana —, mas não peixes nem óleos ricos em ômega 3, tinham duas vezes<br />

mais risco de desenvolver demência do que aqueles que não consumiam óleos<br />

ricos em ômega 6 (veja o quadro a seguir para uma explicação mais detalha<strong>da</strong> a<br />

res​pei​to des​sas gor​du​ras).<br />

Convém notar que o relatório mostrou que o consumo de óleos ômega 3,<br />

na ver<strong>da</strong>de, contrabalançou o efeito negativo dos óleos ômega 6, e advertiu para<br />

o risco de consumir óleos ômega 6 na ausência de ômega 3. Considero os<br />

re​sul​ta​dos bas​tan​te es​pan​to​sos e in​for​ma​ti​vos.<br />

SÃO TAN​TOS ÔME​GAS:

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