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A dieta da mente David Perlmutter

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30%), a produção de BDNF pelo cérebro dá um salto e ocorrem fortes<br />

melhorias na memória e em outras funções cognitivas. Mas uma coisa é ler<br />

sobre pesquisas experimentais envolvendo camundongos num ambiente<br />

controlado; outra, bem diferente, é fazer recomen<strong>da</strong>ções às pessoas com base em<br />

pesquisas com animais. Feliz<strong>mente</strong>, agora já dispomos de amplos estudos com<br />

humanos que demonstram o efeito poderoso de uma redução na ingestão<br />

calórica sobre as funções cerebrais. Muitos desses estudos foram publicados em<br />

al​gu​mas <strong>da</strong>s mais res​pei​ta​<strong>da</strong>s re​vis​tas de me​di​ci​na.8<br />

Em janeiro de 2009, por exemplo, a Proceedings of the Na​ti​o​nal Academy of<br />

Sci​en​ce publicou um estudo em que pesquisadores alemães compararam dois<br />

grupos de indivíduos idosos. Um deles reduziu as calorias em 30% e o outro<br />

foi autorizado a comer o que bem entendesse. Os pesquisadores queriam<br />

verificar se era possível medir a diferença nas funções cerebrais entre os dois<br />

grupos. Ao final dos três meses de estudo, aqueles que tinham liber<strong>da</strong>de de<br />

comer sem restrições soeram um declínio pequeno, mas clara<strong>mente</strong> definido<br />

no funcionamento <strong>da</strong> memória, enquanto no grupo com a <strong>dieta</strong> de redução<br />

calórica a memória até melhorou, e de maneira acentua<strong>da</strong>. Cientes de que as<br />

atuais abor<strong>da</strong>gens farmacêuticas em relação à saúde cerebral são muito<br />

limita<strong>da</strong>s, os autores concluíram: “As presentes descobertas podem aju<strong>da</strong>r a<br />

desenvolver novas estratégias de prevenção e tratamento para manter a saúde<br />

cog​ni​ti​va em i<strong>da</strong>​de avan​ça​<strong>da</strong>”.9<br />

Evidências adicionais que sustentam o papel <strong>da</strong> restrição calórica no<br />

fortalecimento do cérebro e na maior resistência às doenças degenerativas vêm<br />

do dr. Mark P. Mattson, do Instituto Nacional para o Envelhecimento, que<br />

afir​mou:<br />

Dados epidemiológicos sugerem que indivíduos com baixa ingestão de<br />

calorias podem ter uma redução no risco de derrames e desordens<br />

neurodegenerativas. Há uma forte correlação entre o consumo alimentar<br />

per capita e o risco de mal de Alzheimer e derrames. Dados de estudos<br />

caso-controle de base populacional mostraram que os indivíduos com a<br />

menor ingestão diária de calorias tiveram os menores riscos de mal de<br />

Alz​hei​mer e de Parkin​son.10<br />

Mattson estava se referindo a um estudo longitudinal prospectivo, de base<br />

populacional, com famílias nigerianas em que alguns membros se mu<strong>da</strong>ram<br />

para os Es​ta​dos Uni​dos. Esse es​tu​do es​pe​cí​fi​co con​ta uma his​tó​ria di​fe​ren​te para<br />

aqueles que acreditam que o Alzheimer é algo que você tem no próprio DNA.

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