22.04.2017 Views

A dieta da mente David Perlmutter

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Em um estudo particular<strong>mente</strong> grande publicado em 2007, pesquisadores<br />

suecos avaliaram, uma vez mais, 14 mil pacientes de doença celíaca e<br />

compararam-nos a mais de 66 mil pessoas saudáveis como grupo de<br />

con​tro​le.34 Eles queriam descobrir qual o risco de ficar depressivo quando se<br />

tem doença celíaca, assim como o risco de ter doença celíaca quando se tem<br />

depressão. Observou-se que os pacientes com doença celíaca tinham um risco de<br />

depressão 80% mais elevado, e que o risco de se ter um diagnóstico de doença<br />

celíaca em indivíduos com depressão aumentava 230%. Em 2011, outro estudo<br />

sueco mostrou que o risco de suicídio entre pessoas com doença celíaca<br />

aumentava 55%.35 E outro estudo, feito por uma equipe de pesquisadores<br />

italianos, concluiu que a doença celíaca aumenta o risco de uma depressão<br />

gra​ve em in​crí​veis 270%.36<br />

Hoje em dia, encontra-se depressão em na<strong>da</strong> menos que 52% dos<br />

indivíduos sensíveis ao glúten.37 Adolescentes com sensibili<strong>da</strong>de ao glúten<br />

também se veem diante de taxas mais altas de depressão; aqueles com doença<br />

celíaca são particular<strong>mente</strong> vulneráveis, com um risco de depressão de 31%<br />

(ape​nas 7% dos ado​les​cen​tes sau​dá​veis cor​rem ris​co se​me​lhan​te).38<br />

Uma pergunta se impõe: como a depressão pode ter a ver com um<br />

intestino maltratado? Quando o revestimento intestinal é ferido pela doença<br />

celíaca, ele se torna ineficaz na absorção de nutrientes essenciais, muitos dos<br />

quais mantêm o cérebro saudável, como o zinco, o triptofano e as vitaminas do<br />

complexo B. Além disso, esses nutrientes são ingredientes necessários para a<br />

produção de substâncias químicas neurológicas, como a serotonina. A grande<br />

maioria dos hormônios e <strong>da</strong>s substâncias químicas que causam bem-estar<br />

também é produzi<strong>da</strong> na região dos intestinos, por aquilo que os cientistas<br />

passaram a chamar de “segundo cérebro”.39 As células nervosas no seu<br />

intestino não apenas regulam músculos, células imunes e hormônios, mas<br />

também fabricam cerca de 80% a 90% <strong>da</strong> serotonina do corpo. Na ver<strong>da</strong>de, seu<br />

cérebro intestinal fabrica mais serotonina que o cérebro que fica dentro do seu<br />

crâ​nio.<br />

Algumas <strong>da</strong>s deficiências nutricionais mais cruciais que foram<br />

relaciona<strong>da</strong>s à depressão incluem a vitamina D e o zinco. Você já conhece a<br />

importância <strong>da</strong> vitamina D em vários processos psicológicos, inclusive a<br />

regulagem do humor. O zinco, <strong>da</strong> mesma forma, é um curinga <strong>da</strong> mecânica do<br />

corpo. Além de aju<strong>da</strong>r o sistema imunológico e manter a memória aguça<strong>da</strong>, o<br />

zinco é exigido na produção e no uso desses neurotransmissores bons para o<br />

humor. Isso aju<strong>da</strong> a explicar por que se tem constatado que os suplementos de<br />

zinco melhoram os efeitos dos antidepressivos em pessoas com depressão<br />

grave (a propósito: um estudo de 2009 mostrou que em pessoas nas quais os

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!