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A dieta da mente David Perlmutter

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antidepressivos não faziam efeito, o início do uso de suplementos com zinco<br />

levou a uma melhora importante).40 O dr. James M. Greenblatt, que eu<br />

mencionei anterior<strong>mente</strong>, escreveu muitos textos sobre esse tema. Ele, como eu,<br />

examina vários pacientes em quem os antidepressivos acassaram, mas quando<br />

eles param de ingerir alimentos contendo glúten seus sintomas psicológicos se<br />

resolvem. Em outro artigo para a revista Psychology To<strong>da</strong>y , ele escreveu: “A<br />

do​en​ça ce​lí​a​ca não di​ag​nos​ti​ca​<strong>da</strong> pode exa​cer​bar os sin​to​mas de de​pres​são ou até<br />

ser sua causa subjacente. Pacientes com depressão devem ser submetidos a<br />

testes de deficiência nutricional. Quem sabe se a doença celíaca é o diagnóstico<br />

correto, e não depressão?”.41 Muitos médicos ignoram deficiências<br />

nutricionais e nem sequer lhes ocorre pedir testes de sensibili<strong>da</strong>de ao glúten<br />

porque eles estão muito acostumados (e à vontade) com a prescrição de<br />

me​di​ca​men​tos. Esta é a ver​<strong>da</strong>​de.<br />

É importante observar que um elemento comum em muitos desses<br />

estudos é o espaço de tempo necessário para que as transformações no cérebro<br />

ocorram. Como é o caso com outros transtornos de comportamento, como o<br />

TDAH e o transtorno de ansie<strong>da</strong>de, pelo menos três meses podem transcorrer<br />

até que o indivíduo sinta uma sensação completa de alívio. É crucial perseverar<br />

quando se entra numa <strong>dieta</strong> sem glúten. Não perca as esperanças caso não haja<br />

melhora significativa imediata, mas tenha em <strong>mente</strong> que é provável que você<br />

vivencie uma melhora drástica, sob diversos aspectos. Certa vez eu cuidei de<br />

um trei​na​dor de tê​nis pro​fis​si​o​nal, que a de​pres​são dei​xa​ra in​ca​pa​ci​ta​do. Ele não<br />

melhorava, apesar do emprego de múltiplos medicamentos antidepressivos<br />

receitados por outros médicos. Quando eu diagnostiquei sua sensibili<strong>da</strong>de ao<br />

glúten e ele adotou uma <strong>dieta</strong> sem esse produto, tudo se transformou. Não<br />

apenas evaporaram-se seus sintomas depressivos, mas ele retornou ao<br />

de​sem​pe​nho má​xi​mo nas qua​dras.<br />

A ES​TA​BI​LI​DA​DE MEN​TAL ATRA​VÉS DA DI​E​TA<br />

Não há dúvi<strong>da</strong> de que todo o debate sobre a relação insidiosa do glúten<br />

com transtornos psicológicos comuns suscita questões sobre o papel do glúten<br />

em pratica<strong>mente</strong> todos os males que envolvem a <strong>mente</strong>, <strong>da</strong> desordem mental<br />

mais comum nos Estados Unidos — a ansie<strong>da</strong>de, que afeta aproxima<strong>da</strong><strong>mente</strong> 40<br />

milhões de adultos — a problemas complexos, como a esquizoenia e o<br />

trans​tor​no bi​po​lar.<br />

O que dizem, então, os cientistas sobre o glúten e as doenças mentais que

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