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A dieta da mente David Perlmutter

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quando outros estudos apresentavam conclusões mais pareci<strong>da</strong>s com o<br />

pensamento reinante (isto é, que a gordura causa problemas cardíacos), sem<br />

mencionar mais atraentes para a indústria farmacêutica, esses estudos tendem a<br />

ser mais publicados. A reali<strong>da</strong>de é que gorduras satura<strong>da</strong>s nos fazem bem. Nas<br />

palavras do dr. Michael Gurr, autor do livro Lipid Biochemistry: An Introduction<br />

[Bioquímica do lipídio: Uma introdução]: “Qualquer que seja a causa <strong>da</strong>s<br />

doenças cardíacas, elas não se devem primordial<strong>mente</strong> a um consumo elevado<br />

de áci​dos gra​xos sa​tu​ra​dos”.15<br />

Em um relatório posterior do American Journal of Clinical Nutrition, um painel<br />

de pesquisadores de vários países, respeitados na área de nutrição, afirmou<br />

clara<strong>mente</strong>: “Atual<strong>mente</strong> não há relação clara entre a ingestão de ácidos graxos e<br />

esses eventos [obesi<strong>da</strong>de, doenças cardiovasculares, incidência de câncer e<br />

osteoporose]”. Os pesquisadores prosseguiram afirmando que as pesquisas<br />

devem ser volta<strong>da</strong>s para “as interações biológicas entre a resistência à insulina,<br />

refleti<strong>da</strong> pela obesi<strong>da</strong>de e pela inativi<strong>da</strong>de física, e a quali<strong>da</strong>de e a quanti<strong>da</strong>de de<br />

car​boi​dra​tos”.16<br />

Antes de observarmos outros estudos que mostram os benefícios <strong>da</strong><br />

gor​du​ra, prin​ci​pal​men​te os ali​men​tos chei​os de co​les​te​rol, va​mos pen​sar até que<br />

ponto rejeitamos exata<strong>mente</strong> aquelas comi<strong>da</strong>s que podem manter nossos<br />

cé​re​bros sau​dá​veis e abas​te​ci​dos para uma vi<strong>da</strong> lon​ga e vi​bran​te. Isso exi​gi​rá um<br />

pequeno desvio pela relação entre a gordura alimentar e a saúde cardíaca, mas a<br />

his​tó​ria tem re​la​ção di​re​ta com a saú​de do cé​re​bro.<br />

UMA PE​QUE​NA HIS​TÓ​RIA<br />

Se você for como a maioria, em algum momento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> já comeu mais<br />

margarina que manteiga, teve a sensação de estar abusando quando limpou um<br />

prato de bife, ovos e queijo, e girou em torno de produtos com os dizeres<br />

“baixa gordura”, “sem gordura” ou “sem colesterol”. Não é culpa sua ter feito<br />

essas escolhas. Todos nós integramos uma socie<strong>da</strong>de que confia em<br />

“especialistas” para nos dizer o que é bom e o que é ruim. Nas últimas<br />

gerações, passamos por eventos históricos em nossa compreensão <strong>da</strong> saúde<br />

humana, assim como descobertas espetaculares a respeito <strong>da</strong>quilo que nos deixa<br />

doentes e sujeitos a doenças. Na ver<strong>da</strong>de, a vira<strong>da</strong> do século XX marcou o<br />

início de uma enorme transformação na vi<strong>da</strong> americana devido aos avanços na<br />

tec​no​lo​gia e na me​di​ci​na. No es​pa​ço de pou​cas dé​ca​<strong>da</strong>s, ge​ne​ra​li​zou-se o aces​so a<br />

antibióticos, vacinas e serviços públicos de saúde. Desapareceram, ou pelo

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